Cidade da Praia, 19 Jul (Inforpress) – “Recursos humanos: o que procuram as empresas quando contratam” foi tema da quarta edição do BTalks, que hoje proporcionou mais uma oportunidade para a “troca de opiniões” entre os empresários e os quadros disponíveis no mercado do trabalho.
Recursos humanos, diz Catarina de Oliveira, da área de Comunicação e Marketing da BTOC-Cabo Verde, empresa de consultadoria, é um assunto no qual o país pretende apostar e daí a oportunidade de proporcionar liberdade às empresas e criar um “espaço de partilha informal”, juntando diversos pensamentos e pessoas, com vista a fazer “evoluir o tecido empresarial nacional”.
Instada como avalia essas iniciativas, que já vão na quarta edição, disse que tem “sido um sucesso”, já que vem reunindo empresas de diferentes sectores de actividade económica, além de constituir uma ocasião para se analisar questões atinentes ao financiamento e ao papel da mulher nas empresas nacionais.
Segundo Catarina de Oliveira, a maior preocupação é como apoiar os jovens que entram no mercado do trabalho e de que forma o Governo pode apoiar as empresas, que têm como um dos seus objectivos a “criação de valores”.
Relativamente ao “feedback” da parte dos que têm passado pelos eventos promovidos pela BTOC-Cabo Verde, assegurou que tem sido “muito positivo”.
“As pessoas têm gostado imenso e têm manifestado o desejo de continuarem”, declarou, destacando, o “mar de positividade”, graças à parceria entre a sua instituição e a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento.
Para Silvino Almeida, sócio-gerente do Hotels Solutions”, este tipo de encontros é “sempre importante”, porque permite às empresas abordarem “assuntos relevantes” de que precisa o mundo laboral cabo-verdiano.
“Em Cabo Verde, como se sabe, temos algum défice de partilha de conhecimentos e experiências, pelo que é sempre bom haver momentos desses entre os empresários e os disponíveis para o mercado”, comentou Silvino Almeida, para quem o número de quadros à procura do emprego “supera as necessidades do próprio mercado”.
Alguns jovens quadros presentes queixaram-se que, depois de terem investido nas suas formações, ficam à procura do primeiro emprego, enquanto, em muitos casos, têm sido privilegiados os que não têm qualquer qualificação.
Indagado sobre esta situação, Silvino Almeida reconheceu que o factor “laços sanguíneos” têm levado os empresários a fazer apostas “que nem sempre têm sido as “mais correctas”.
“Se queremos ter recursos humanos qualificados, temos que ir à praça onde eles existem”, recomenda Silvino Almeida, que acredita existirem casos em que empresários aproveitam dos estagiários, mas que a “situação não é generalizada”.
Por sua vez, Heitor Almeida, da “Ink Toner”, empresa ligada à informática, garante que a sua instituição tem apostado na “formação dos estagiários” e, em certos casos, estes acabam por serem recrutados.
“O que queremos é que o nosso estagiário seja hoje e o futuro”, afiançou Silvino Almeida, garantindo que aqueles que passarem pela “Ink Toner” têm uma remuneração, em que parte é também assegurada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
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