Cidade da Praia, 17 Mar (Inforpress) – O candidato à liderança do MpD Orlando Dias posicionou-se hoje contra qualquer acto de manipulação á volta o processo eleitoral, afirmando que o GAPE não pode entrar neste caminho e nem no falseamento dos próprios estatutos do partido.
Durante uma conferência de imprensa realizada hoje na Cidade da Praia, o actual deputado e candidato à liderança do Movimento para a Democracia (MpD) alegou que as eleições internas do partido estão “manchadas por ilegalidades” e que a legalidade de todo processo é “comprovável” pela simples consulta dos estatutos que o Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral (GAPE) diz estar a cumprir.
O candidato afirmou que quanto a entrega da lista de candidatos a delegados à XII Convenção Nacional, em que o GAPE informou que receberam apenas a lista do também candidato e actual primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, “não apresentou e nem vai apresentar” qualquer lista visto que não cumpre com “o que vem disposto nos estatutos do MpD”.
No entender de Orlando Dias, esta “manipulação e mistificação” em torno da eleição dos delegados teve “terreno fértil” numa data apropriada, já que as eleições para a presidência do MpD e de delegados à Convenção Nacional deveriam ter sido marcadas em datas diferentes, “conquanto os boletins de voto sejam autónomos”.
“Em todo modo, estamos em condições de dizer que, em vários municípios, um número expressivo de apoiantes da nossa candidatura integra as listas de candidatos à Convenção nacional, sendo de todo impróprio admitir que o nosso adversário interno possa ter uma também expressiva surpresa no decurso da assembleia magna do MpD” garantiu.
Orlando Dias acusou o GAPE de “vazamento de dados” visto que, conforme referiu, vários apoiantes foram ameaçados “por telefone” numa tentativa de intimidação sugerindo que, por questão de credibilidade, deveriam investigar esta situação.
Conforme assegurou, a candidatura “vai continuar serenamente no caminho da informação e de esclarecimento”, percorrendo o País e a diáspora em contacto directo com os cabo-verdianos apresentando as suas propostas para o partido e “não se deixando desviar por episódios marginais ao Estado de Direito Democrático”.
(Fez-se a rectificação devido a imprecisões no titulo e no lead, que mudariam o teor da informação)
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