Cidade da Praia, 03 Dez (Inforpress) – A representante da FAO em Cabo Verde, Ana Touza, apelou hoje à integração de todas iniciativas da economia azul num quadro único de coordenação para maximizar os recursos, promover a inclusão e reduzir as desigualdades.
A responsável falava durante o workshop de finalização do Plano Nacional de Investimento em Económica Azul (PNIEA), realizado, na Cidade da Praia, com o objectivo de identificar os projectos e investimentos alinhados com os princípios da económica azul e que deverão constar do primeiro plano.
Ana Touza reiterou o “forte engajamento” da FAO na concretização desse processo de transição de Cabo Verde para economia azul.
“Apelamos à necessidade de se promover a integração de todas as iniciativas num único quadro de coordenação para maximizar os recursos, promover a inclusão, reduzir as desigualdades e conseguir maior participação e apropriação de todas a esferas da sociedade”, disse.
Ana Touza acredita que é possível garantir a sustentabilidade, a bem de Cabo Verde e das gerações vindouras, em estrita observância do cumprimento do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentado (PEDS) e dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentado (ODS) e no estrito cumprimento da agenda 2030.
“Os oceanos e os nossos mares são fontes de oportunidades económicas, sociais, conferindo sustentabilidade ambiental ao planeta, e por isso dizemos que o futuro dos oceanos nos interpela a reflectir sobre as mudanças de nossas atitudes e comportamentos a favor do bem-estar dos nossos povos”, argumentou.
Neste particular, salientou que a Organização das Nacional para a Alimentação e Agricultura (FAO) tem como grandes objectivos estratégicos, gerir, e utilizar de forma sustentável os recursos naturais, nomeadamente, os marinhos.
No que concerne a Cabo Verde, indicou que o novo quadro de cooperação das Nações Unidas para o Desenvolvimento, abrangendo o período 2018-2022, está organizado consoante as cinco áreas principais da agenda 2030 e tem, de entre as prioridades estratégicas, a gestão sustentável dos recursos naturais e da biodiversidade e transformação económica e crescimento sustentável e inclusivo.
A FAO é parceira do Governo de Cabo Verde nesse processo de transição, cujo projecto conta com o financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento BAD.
O workshop, promovido em parceria com o Ministério da Economia Marítima que contou com representantes das câmaras municipais, do Ministério do Turismo, Indústria e Energia e dos sectores privados, recomendou a harmonização das fichas dos projectos que vão ser integrados no plano para que a implementação do PNIEA I possa ter sucesso.
Sete projectos já estão identificados para constar do plano, conforme informações avançada à Inforpress pela coordenadora do Programa da Economia Azul, Iolanda Brites.
MJB/JMV
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