Espargos, 13 Abr (Inforpress) – O ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, defendeu, durante o workshop sobre “Segurança Operacional na Aviação Civil, a necessidade de se preparar, “convenientemente”, a nível de segurança nos transportes no seu sentido mais lato.
O workshop sobre “Segurança Operacional na Aviação Civil” decorreu durante dois dias no Sal, tendo terminado esta terça-feira, 12.
O evento é seguido pela realização da 7ª reunião de BAGAIA, que teve início hoje, até sexta-feira, num dos hotéis da cidade de Santa Maria, um encontro considerado importante, onde todos da região do grupo do Acordo de Banjul se reunirão para “ajustar estratégias”, no caminho a seguir em relação à investigação de acidentes, “fortalecendo a cooperação” na sub-região.
“É preciso preparar-se, e preparar-se convenientemente, em antecipação, para o que for necessário e exigido a nível da segurança nos transportes no seu sentido mais lato”, reiterou o titular da pasta dos Transportes, sublinhando que a relevância dos sectores aéreo e marítimo em Cabo Verde tem vindo a ser “reconhecida e manifestada” pelo Governo através dos “grandes investimentos”.
“Investimentos realizados na melhoria das infra-estruturas portuárias e aeroportuárias e de navegação, bem como na construção de sistemas de regulação, supervisão, fiscalização, prevenção e de investigação de acidentes dos dois sectores que, ao mesmo tempo, garantam a segurança operacional, dinamizam o mercado e acomodam o crescente número de fluxos de passageiros e mercadorias”, esclareceu.
A título ilustrativo, no que tange ao sector aéreo, Carlos Santos mencionou que o Governo, com a companhia de bandeira e outros interessados no País, procura a consolidação do processo de reestruturação, redimensionamento e privatização da actividade internacional da TACV associada a uma estratégia ancorada no hub aéreo e comercial do Sal.
Esta estratégia deverá ser capaz de viabilizar comercialmente a empresa e de contribuir para o aumento do potencial de crescimento económico do País, sustentou o governante, declarando ao mesmo tempo que está em curso, com epicentro, nesta ilha, a criação de uma Zona Especial de Economia Aérea, contemplando o desenvolvimento de uma plataforma de redistribuição de pessoas e cargas entre os três continentes banhados pelo Atlântico.
Também, acrescentou, a criação de um sector exportador de “alto valor acrescentado”, um mercado de serviços de apoio, nomeadamente centro de manutenção de aeronaves e a operacionalização do Instituto de Aeronáutica Civil e da Indústria do Turismo, integrado na Universidade Técnica do Atlântico, a par de iniciativas legislativas para dotar o País de um novo quadro regulatório ajustado às condições actuais, às ambições de desenvolvimento do País, e às regras regulatórias internacionais da ICAO.
“Está a ser preparado um diploma que deverá regular a Obrigação de Serviço Público nos transportes aéreos domésticos, e brevemente o processo de concessão da gestão dos aeroportos de Cabo Verde a uma entidade privada será conhecido permitindo uma melhor eficácia na gestão e uma maior captação de operadores aéreos para Cabo Verde”, reforçou o titular da pasta do Turismo e Transportes.
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