Cidade da Praia, 19 Mai (Inforpress) – A sessão solene do município da Praia foi assinalada por discursos desencontrados da situação e da oposição, com o MpD a acusar a câmara municipal de estar num autêntico caos e o PAICV a elogiar o desempenho camarário.
Numa sessão marcada por sentimentos de apoio e desamparos transmitidos pela plateia durante os discursos, o líder do Grupo do MpD (oposição camarária), João Cabral, afiançou que o partido ventoinha está confiante na retoma do poder na mais importante câmara municipal do País nas próximas eleições autárquicas.
Disse que com o mandato da actual equipa camarária, a Cidade da Praia encontra-se em acelerado estado de degradação, a olho nu “por clara incompetência do presidente da câmara municipal”, Francisco Carvalho, a quem acusou de falsificar os instrumentos de gestão, designadamente, o orçamento e o plano de actividade para o ano económico de 2021.
Para Cabral, Francisco Carvalho vem-se socorrendo do regime financeiro das autarquias locais para atropelar as leis e as boas práticas democráticas, realçando que o Orçamento de 2022 foi aprovado em manifesta violação da lei, isto é, sem a aprovação da ordem do dia.
Por sua vez, ao usar da palavra, o líder do Grupo do PAICV, Aquiles Barbosa, enalteceu os trabalhos levados a cabo para o desenvolvimento do município da Praia, para transmitir “uma mensagem de paz e de esperança”, com um apelo à coesão de todas as partes para o “djunta mó” (parceria) necessário que o desenvolvimento do município impõe.
Para Aquiles Barbosa, o município da Praia, pela suas características e dinâmicas próprias de uma capital e cosmopolita, desafia as autoridades no âmbito do exercício da sua governação, a uma interacção e diálogo permanente com os diferentes segmentos da sociedade civil, bem assim com todas estruturas do poder político, rumo à construção de consensos alargados.
A concretização de tal desiderato, salientou, obriga a que os órgãos municipais assumam e exerçam, activamente, o papel de liderança que lhes é reservado na condução do processo, tendo em vista o interesse colectivo, salvaguardando o direito daqueles com menos poder de influenciar os processos de tomadas de decisão.
Enquanto isto, a presidente da Assembleia Municipal, Clara Marques, considerou ser um imperativo defender uma maior articulação entre os poderes central e local, a bem do desenvolvimento do município e de suas gentes.
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