DGTED augura que implementação do Cabo Subamarino Amílcar Cabral entre em processo de aceleração

Cidade da Praia, 12 Nov (Inforpress) – O director-geral das Telecomunicações e Economia Digital (DGTED), Aruna Handem, augurou hoje que a implementação do Cabo Submarino Amílcar Cabral entre em processo de aceleração, para que contribua para o desenvolvimento de Cabo Verde e seus países vizinhos.

Aruna Handem discursava na cerimónia de abertura do Workshop de validação do Estudo de Viabilidade para Implementação do Cabo Submarino Amílcar Cabral, promovido pela Agência Reguladora Multissectorial da Economia (ARME) em parceria com a Comissão da CEDEAO, na cidade da Praia.

Falando em nome do Governo, o DGTED agradeceu “todo o esforço” que tem sido feito pela ARME para conseguir esse estudo de viabilidade, que é, conforme referiu, o primeiro instrumento que irá permitir tomar as primeiras decisões de como é que este cabo será implementado.

Além disso, para Aruna Handem este estudo de viabilidade vai permitir saber qual é a melhor opção financeira para a implementação do Cabo Amílcar Cabral.

“Esperamos que não se vá demorar muito com a validação desse estudo”, prosseguiu o DGTED desejando que se entre num processo de aceleração, até porque, acrescentou, “não há muito tempo para se esperar para o aceleramento do processo da transformação digital, não somente de Cabo Verde”, mas também da sub-região em que o país está inserido.

Ainda no seu discurso, Aruna Handem afirmou que Cabo Verde gostaria que a sua posição geoestratégica fosse aproveitada por todos os países vizinhos, contribuindo para o seu desenvolvimento, dentro de uma política de boa vizinhança.

Conforme o DGTED, o continente africano está num “processo agressivo” da sua transformação digital, pelo que toda a comunidade em que Cabo Verde está inserida entende que a única forma de se diminuir ou eliminar a desproporcionalidade existente entre países com outros níveis de desenvolvimento digital é através da educação.

“Mas a educação requer infra-estruturas, a educação requer políticas, bons e mais cabo submarinos, a educação também requer que todos os países estejam engajados nessa mesma dinâmica”, frisou.

O Cabo-submarino Amílcar Cabral, insere-se, de acordo com Aruna Handem, num modelo que Cabo Verde quer vir a implementar para ser um hub de tecnologia.

“Mas para nós chegarmos lá, precisamos estar engajados, primeiramente, em criar infra-estruturas que dêem conforto e qualidade a esse projecto do hub tecnológico”, afirmou.

O Cabo Submarino Amílcar Cabral vai ligar Cabo Verde, Guiné-Bissau, Libéria, Guiné Conakri, Serra Leoa com possibilidade de unir também Gâmbia e Senegal.

Segundo a ARME, face à posição geoestratégica de Cabo Verde em relação os países desta região africana, e das recomendações saídas do encontro dos ministros da pasta de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC´s), que aconteceu na Praia, em Outubro de 2017, o país apresentou o projecto em pauta tendo sido acolhido com agrado no seio da comunidade da CEDEAO.

GSF/ZS

Inforpress/Fim

Facebook
Twitter
  • Galeria de Fotos