Turismo: Devidamente trabalhado o mercado africano pode ser um nicho importante e muito rentável – PR

Santa Maria, 02 Set (Inforpress) – O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, defendeu hoje a valorização da África como emissor de turistas, afirmando que, devidamente trabalhado, o mercado africano pode ser um nicho importante e muito rentável.

Ao discursar na abertura da 64ª reunião da Comissão Regional da Organização Mundial do Turismo (OMT) África, a decorrer na ilha do Sal, Jorge Carlos Fonseca defendeu uma mudança de abordagem do turismo em África e a necessidade de se explorar o turismo intra-africano.

“Trabalhamos muito para atrair europeus, asiáticos, americanos etc., e mal nenhum há nisso, mas pouco ou nada se tem feito para explorar a África enquanto continente emissor. Parece-me que, devidamente trabalhado, o mercado africano pode ser um nicho importante e muito rentável”, disse.

Jorge Carlos Fonseca enalteceu a iniciativa “Marca da África”, criada para mudar a sua imagem [a África], salientando que ela só faz sentido se ela for capaz de contribuir para que o peso do continente no turismo mundial aumente significativamente deixando, consequentemente, de estar na periferia, quer em termos de fluxos, quer em termos de receitas e rendimentos que o turismo gera.

Apesar de aliciante o desafio de mudar positivamente a imagem da África, Jorge Carlos Fonseca afirma que todos devem estar cientes de que esta mudança deverá começar em cada um dos africanos e na forma como vê e vive a África.

A intenção da OMT, segundo seu secretário-geral, Zurab Pololikashvili, é transformar a África num novo destino turístico mundial e mais atrativo.

Zurab Pololikashvili frisou que o turismo em África não é nada novo, mas sublinhou que o sector mudou, que as pessoas mudaram e a forma de viajar também mudou, pelo que defende que é preciso novas orientações, que deverão sair do encontro do Sal.

“Nada melhor do que ter ministros que sabem mais do que eu para discutirmos, para vermos como vamos planear o nosso futuro, para aumentar, desenvolver e para fazer a África uma nova tendência. Estamos a tentar transformar a África num novo destino turístico, mais atrativo. Portanto fazendo um rebranding da África”, disse.

Neste sentido, frisou que há um projecto piloto que contemplou Cabo Verde e Namíbia, com uma forte participação das empresas, projecto esse que deve continuar após essa conferência.

“Nós não temos dúvida que a solução passa pela promoção da Africa, do seu potencial, não só como um destino turístico, mas também como um destino de investimento”, disse adiantando que uma das prioridades da OMT é de promover o turismo para garantir a criação de postos trabalho não só em África como a nível mundial, espacialmente nesse contexto de crise pandémica.

A abertura do evento contou com a presença de cerca de duas centenas de participantes, entre ministros do turismo do continente africano, observadores, corpo diplomático, investidores, representantes de instituições financeiras internacionais, altos dirigentes e especialistas de sectores público e privado e demais stakeholders do turismo.

Seguido da reunião da Comissão Regional da OMT para África será realizado o II fórum Mundial sobre Investimentos Turísticos em África.

MJB/DR

Inforpress/Fim

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