Mogadiscio, 10 Dez (Inforpress) – Cerca de uma centena de deputados da Somália apresentaram uma moção de censura ao Presidente, Mohamed Abdullahi Farmajo, que acusam de traição por assinar acordos sem o conhecimento do parlamento.
Segundo o documento, os deputados alegam que o Presidente violou a Constituição ao assinar acordos com governos de países vizinhos sem consultar os membros do Parlamento Federal da Somália.
“Apresentámos oficialmente uma moção contra o Presidente por cometer crimes graves, incluindo traição”, disse o deputado somaliano Abdifitah Ismail à Bloomberg.
À imprensa, o vice-presidente do Parlamento, Abdiweli Muudey, referiu que a moção deve ser aprovada pelo Tribunal Constitucional – que a Somália ainda não constituiu – antes de ser debatida no parlamento.
“A moção é nula e inválida porque as alegações são inventadas e faltam provas”, disse Muudey no domingo.
“Além disso, o Tribunal Constitucional que deve promulgar a moção não está, actualmente, em funções. Como tal, a moção não tem fundamentos legais”, acrescentou o responsável.
Entre os acordos aprovados pelo Presidente Farmajo, encontra-se um que permitiu que a Etiópia utilizasse quatro portos da Somália.
De acordo com a Bloomberg, os conflitos na liderança da Somália podem condenar os esforços para renovar o país, que tem sido afectado pela violência e desordem desde o espoletar da guerra civil, em 1991.
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