Cidade da Praia, 29 Jul (Inforpress) – Dados provisórios do Comércio Externo referentes ao mês de Junho de 2022 indicam um acréscimo das exportações na ordem de 40,4% e 14,7% nas importações, com o défice do balanço comercial a aumentar 13,5% face a 2021.
Conforme as estatísticas do Comércio Externo publicadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no mês de Junho as importações atingiram o montante de 7.883 mil contos, enquanto em Junho de 2021 o montante era 6.875 mil contos.
Já as exportações atingiram 416 mil contos face aos 296 mil contos de 2021, resultando numa variação positiva de 40,4%. A mesma evolução “muito positiva” foi registrada nas reexportações com os 2.194 mil contos em 2021 a passarem para 3.210 mil contos, representando um aumento de 46,3%.
Apesar dos aumentos consideráveis das exportações e das reexportações, os valores não foram suficientes para suplantar o montante das importações resultando no aumento do défice da balança comercial em 13,5%.
Entretanto, os dados apontam igualmente para o aumento da taxa de cobertura de um ponto percentual passando de 4,3 para 4,5 meses.
A nível trimestral os dados mostram que no segundo trimestre de 2022 as exportações diminuíram na ordem de 1,4% relativamente ao mesmo período de 2021, totalizando 1.275 contos.
A Europa, continuou a ser principal cliente de Cabo Verde, absorvendo cerca de (94,2%) do total das exportações cabo-verdianas, com a Espanha a liderar o ‘ranking’ dos principais clientes de Cabo Verde na zona económica europeia, seguido de Portugal e Itália.
Os produtos mais exportados por Cabo Verde foram os preparados e conservas de peixes, representando (70,9%), os vestuários se posicionam em segundo lugar com 12,7% do total e, os calçados ocupam o terceiro lugar com um peso de 6,3%.
As importações de Cabo Verde, no segundo trimestre de 2022, registaram um acréscimo de 31,2%, face ao mesmo período do ano anterior.
O continente europeu, igualmente, se afigura como principal fornecedor de Cabo Verde, com 62,3% do montante total, seguido de Ásia/Oceânia (17,6%), América (12,1%), África (6,2%) e Resto do Mundo (1,8%).
“Portugal lidera entre os fornecedores de Cabo Verde, com 41,0% do total, (2,6 p. p. inferior em relação ao mesmo período do ano anterior), seguido de Espanha, Emirados Árabes Unidos, Brasil, China e Países Baixos com respectivamente, 8,2%, 6,8%, 5,1%, 5,0% e 4,3% do total das importações”, refere o documento do INE.
Os produtos mais importados foram combustíveis com um peso de 17,5%, reactores e caldeiras com um peso de 6,0%, ferro e suas obras com um peso de 5,7%, veículos automóveis com um peso de 4,4%, e arroz com um peso de 4,0%.
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