Defesa de especificidades e promoção dos interesses são fundamentais na afirmação de Cabo Verde na CEDEAO – conferencista

 

 

Cidade da Praia, 28 Abr (Inforpress) – A defesa das suas especificidades e promoção dos seus interesses constituem um elemento fundamental da afirmação de Cabo Verde na CEDEAO, defendeu hoje o diplomata Fernando Wanhon, na Conferência Parlamentar Regional que decorre na Cidade da Praia.

Na sua dissertação num dos painéis, “o reforço da integração de Cabo Verde na CEDEAO”, o orador disse também que a vulnerabilidade económica, social e ambiental do arquipélago constitui também uma preocupação.

“Temos que salvaguardar os interesses da entidade nacional no processo da integração na CEDEAO que é positiva para todos os Estados-membros. Mas não podemos integrar se não conhecermos, se não viajarmos, se não tivermos a ligação marítima entre os Estados-membros”, salientou Fernando Wanhon.

Segundo o diplomata, “a nossa especificidade está desde logo limitada a nossa pertença a uma integração. Como integrar alguém, se tem dificuldade em viajar para o continente, advenientes do custo das passagens aéreas?”.

“A CEDEAO tem que ser realista, consequente nas suas afirmações. Se tem um Estado que pretende integrar na Comunidade e a sua população tem dificuldades em manter linhas aéreas frequentes e operacionais, será importante considerar mecanismos, nomeadamente subsidiação existentes em outras paragens para que isso possa ser possível”, sublinhou o conferencista.

Na opinião de Fernado Wanhon, a Comissão da CEDEAO e os seus funcionários devem preocupar-se com o facto de um dos Estados-membros, neste caso Cabo Verde, ter características distintas da maioria dos países.

“Não é pelo facto de Cabo Verde ser um pequeno país arquipelágico que as suas questões não devem ser consideradas. É importante que o nosso Governo lembre à Comissão das nossas especificidades”, realçou.

Para o conferencista, uma integração não se faz apenas pela adesão aos textos assinados, decisões saídas das cimeiras. “O que importa é a capacidade de cada um dos Estados-membros em implementar o que consta desses textos”, enfatizou.

JL/FP

Inforpress/Fim

 

 

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