Cidade da Praia, 24 Jan (Inforpress) – A Cabo Verde Telecom (CVTelecom) vai utilizar os 300 mil contos a serem solicitados através da Bolsas de Valores na expansão da rede de fibra óptica junto das comunidades, anunciou o presidente do conselho de administração da empresa.
João Domingos Correia fez essa afirmação à Inforpress quando instado sobre a utilização do empréstimo obrigacionista de 300 mil contos, que será solicitado numa sessão extraordinária agendada para sexta-feira, 28.
“O empréstimo obrigacionista é uma opção de empresa no sentido de diversificarmos os meios de captação de financiamento para investimentos da empresa. Com este pedido vamos financiar, sobretudo, investimentos de fibras para expansão da rede junto das comunidades”, realçou.
Conforme a mesma fonte, normalmente, para os investimentos, a empresa recorre a banca, mas, precisou, para dar oportunidade a outros potenciais investidores que têm interesse em aplicar os seus recursos na CVTelecom, a empresa recorreu à Bolsa de Valores.
“Isso para que possamos diversificar e obter um financiamento a custos mais reduzidos, visto que na Bolsa de Valores os investimentos têm uma taxa de juros mais baixas”, concretizou.
Ainda segundo João Domingos Correia, este é apenas um dos projectos da empresa para 2022, já que o investimento para este ano é “muito mais e pode ser quatro vezes mais do que estamos a pedir”.
Os accionistas da CVTelecom reúnem-se em sessão extraordinária no dia 28 para a apreciação de um pedido de autorização à sociedade para a emissão de um empréstimo obrigacionista de 300 mil contos.
Para além da concessão de autorização para a emissão do empréstimo obrigacionista, nesta reunião, que será realizada exclusivamente pela via electrónica, os accionistas da CVTelecom vão ainda eleger o auditor externo e avaliar o trabalho do conselho de administração realizado em 2021.
O Grupo CVT é composto pelas empresas CVTelecom, CVMóvel e CVMultimédia.
A maioria do capital social do grupo CVTelecom é detida pelo Instituto Nacional de Previdência Social (instituto público que gere as pensões cabo-verdianas), em 57,9%, contando ainda com a estatal Aeroportos e Segurança Aérea (20%), a Sonangol Cabo Verde (5%) e o Estado de Cabo Verde (3,4%) entre os acionistas, como privados nacionais (13,7%).
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