cultura


24-04-2024 23:20

Tarrafal, 24 Abr (Inforpress) – Cláudio Sousa, jovem tarrafalense, defensor, militante, historiador, activista político e social no município, defende que os jovens cabo-verdianos e não só devem conhecer a história do Campo de Concentração para entender as raízes.

O jovem falava em entrevista à Inforpress nas vésperas da comemoração dos 50 anos da Revolução de 25 de Abril, conhecida também como Revolução dos Cravos, considerando que é preciso ter conhecimento desta parte da história para se saber como foi o sacrifício para a liberdade de Cabo verde, reforçando que essa história não abrange somente Cabo Verde, mas também outros países africanos e Portugal.

“O Campo de Concentração tem grandes histórias que deveriam ser divulgadas e preservadas, para que as novas gerações possam saber que as pessoas morreram na luta, sofreram, para que hoje fossemos livres”, disse, sublinhando que a luta deve continuar.

A prisão, segundo este jovem, “simboliza barreiras ultrapassadas” para a liberdade vivenciada hoje, sem riscos de represálias por divergências de pensamentos.

Para manter esta história viva, sugere que se poderiam ser realizadas algumas actividades, programas e projectos, junto das escolas, nomeadamente palestras, oficinas com recriação de imagens de ex-combatentes que passaram pelo Campo de Concentração para mostrar às gerações vindouras as “grandezas históricas do município do Tarrafal”.

A nível pessoal referiu que está a desenvolver um projecto junto da UNESCO, WHV – Tarrafal Freedom Camp, que tem como objectivo mostrar aos munícipes tarrafalenses e ao mundo inteiro o que é realmente Tarrafal.

“Se for analisado e valorizado bem poderia acrescentar um valor na história e transformado num espaço de referência, de pesquisa, retiro espiritual como em outros lugares do mundo, onde as pessoas vão ao  encontro  da verdade do passado”, indicou, considerando que o Campo de Concentração possui “todas as condições para ser uma grande escola internacional de promoção da liberdade”.

Conforme disse, antes foi utilizado para “proibir homens de sonhar com a liberdade”, mas que actualmente pode ser utilizado num sentido inverso, onde poderiam ser realizados intercâmbios com jovens de diferentes países, com temas diversos, para divulgar as informações em diferentes partes do mundo, acreditando que “só se pode ter paz no mundo se raça humana se unir”.

50 anos depois, Cláudio Sousa é da opinião que “ainda não se pode gritar a liberdade, porque a liberdade é um processo e a luta continua, pois, tem de se continuar no processo de educação, política, cultura, pesca, agricultura, entre outras áreas.

Aliás, em diversos aspectos considera que os cabo-verdianos “continuam presos, com muitas barreiras invisíveis”.

MC/JMV
Inforpress/Fim

24-04-2024 12:54

Porto Novo, 24 Abr (Inforpress) – Oito candidatos dos três municípios de Santo Antão participam na gala musical regional “Todo mundo canta (TMC)” que se realiza sábado, 20, na cidade do Porto Novo, numa iniciativa da Escola Municipal de Música do Porto Novo.  

O evento, que tem a parceria ainda da Câmara Municipal do Porto Novo e da empresa SVTUR Entertainment, visa escolher o representante de Santo Antão na gala nacional que terá lugar brevemente na ilha do Sal.

A Escola Municipal de Música do Porto Novo, lançada em Dezembro de 2023, realizou a sua primeira actuação em Março, com a presença de dezenas de jovens interessados a manusear diversos instrumentos musicais.

A escola municipal de música, criada em parceria com a associação luxemburguesa Smiley Kids, faz parte de uma série de projectos de cariz cultural que o executivo camarário tem em carteira, da qual se destaca ainda a criação da biblioteca municipal e a conclusão do museu nacional das romarias.

O sector cultural no município do Porto Novo receberá ao longo deste ano de 2024 um investimento de 32 mil contos, sendo de destacar a conclusão do museu das romarias, a criação da escola municipal de música e da biblioteca municipal.

JM/ZS

Inforpress/Fim

24-04-2024 10:18

São Filipe, 24 Abr (Inforpress) – A primeira edição da gala “Djarfogo na tapete brumedjo” (Ilha do Fogo no tapete vermelho), uma iniciativa da Cultura, Arte, Música e Desportos, visa premiar e reconhecer artistas e desportistas que se destacaram em 2023.

Organizado pelo “Sábado Entertainment”, representado por Joshua Cardoso e Kinzin Teixeira, o evento que acontece na noite de hoje, 24, no Centro Cultural Armand Montrond e enquadrado nas festas do dia do município e da bandeira de São Filipe vai reconhecer os artistas, desportistas e individualidades pelo trabalho realizado em 2023.

Joshua Cardoso, um dos organizadores do evento, disse que só na área da música são 17 categorias a serem premiadas e incluindo promotor de eventos, acrescentando que são premiadas individualidades ligadas ao desportos (futebol, voleibol, basquetebol, andebol e hipismo), acção social, desenvolvimento da ilha, a pintura, carnaval, num total de mais de 40 artistas, instituições, desportistas e individualidades.

A nível de música, além da atribuição do prémio carreira ao artista Augusto Mendes “Talulu” são premiadas as categorias de melhores coladeira, talaia baxu, morna, hip hop, afrobeat/afrohouse, ritmo internacional, quizomba, mas também intérpretes feminino e masculino, dj, produtor/beatmaker, videoclipe, colaborador, artista revelação, música, música popular e álbum de 2023.

Neusa de Pina com “Mininus 2000”, Joana Pires com “Djarfogo” e Jeiza Montrond com “Si bu kre bai” concorrem para melhor intérprete feminino e Nito Bazalumi “na bo tudo tem mel”, Thony “involvente” e Rubem Teixeira “Nha baixinha” estão nomeados para intérprete masculino.

As músicas “nha Mulatinha”, “vida de merca” e “dja bu kustumam” de Filipe Pereira, Cris Centeio e Dyh Martins, respectivamente estão nomeadas para música popular e “Nha baixinha”, “Riba nha pé” e “Só na amor" de Rubem Teixeira, Big Rasta e Dyh Martins para música do ano.

Para álbum do ano estão nomeados Neusa de Pina, Filipe Pereira e Joana Pires com “Mininus 2000”, “Nha Mulatinha” e “Divagar nta txiga la”, para melhor coladeira concorrem Neusa de Pina “Dixan bai”, Francisca Andrade “Boca mundo” e Joana Pires “Djarfogo” e para melhor morna Neusa de Pina “Crucificado”, Francisca Andrade “Dor di alma” e António Silva “Djarfogo nha bersu”.

Para melhor videoclip estão nomeados “Si n´sabia (Du Marthaz), “Tarde dimas” (Alcides) e “Nha baixinha” (Rubem Teixeira) e para categoria de melhor produtor concorrem Gugas Dias, Valdo Andrade e Fabulous Proshine.

Para melhor ritmo internacional concorrem Big Rasta “Riba nha pé”, Dyh Martins “Só na amor” e Bnine Pantera “Kuza sério”, enquanto para melhor talaia baxu estão nomeados os artistas Neusa de Pina, Joana Pires e Filipe Pereira com os temas “Mininus 2000”, “Camim de Lomba” e “Desabafo emigrante”, respectivamente.

Para melhor hip hop estão nomeados Vanessa, Big Rasta e Kid Key com “My drean”, “Depressão” e “Prenda III” e para melhor afrobeat/afrohouse estão nomeados Du Marthaz, Maggy Gomes e Vanessa com “Panhan bedju”, “Boka” e “Lumi na casa badju”.

Para melhor kizomba estão nomeados Dyh Martins, Eder Monteiro e Adérito de Pina com “N´ta jura”, “Ka é normal” e “Nha moreninha”, para melhor colaboração concorrem Big Rasta, Dyh Martins e Adérito de Pina com os temas “Riba nha pé”, “zona sta sabi” e “Kre kit ada”.

Para artistas revelação estão nomeados Raquel Teixeira “medo ama”, Elson Pires “dona di mi” e Putu Djey “olhar apaixonado” e para melhor dj estão nomeados Dj Maluku, dj Kriola e dj Bud Felling.

A gala vai reconhecer com atribuição de menção honrosa instituições que se destacaram na realização de projectos de acção social, no desenvolvimento da ilha, na área de promoção de eventos, desportos, cultura e artes (carnaval, pintura).

Com menção honrosa serão distinguidos 19 nas áreas de acção social, desenvolvimento, desporto, cultura e artes, promoção de eventos e outros.

Joshua Cardoso disse à Inforpress que tudo está preparado para a gala prevista para as 22:00 de hoje no Centro Cultural Armand Montrond.

JR/ZS

Inforpress/Fim

24-04-2024 10:03

Lisboa, 24 Abr (Inforpress) – O artista luso-cabo-verdiano Dino D’Santiago actua hoje, na Praça da Liberdade, em Almada, em um concerto com vários convidados para celebrar os 50 anos do 25 de Abril, a partir das 22:00 local.

Batukadeiras Madame X, Tristany, Orquestra Geração e Virgul são os artistas convidados, no espectáculo que será interrompido à meia-noite e continua depois do fogo-de-artifício, de acordo com a organização.

Para além do concerto de hoje, o município de Almada tem celebrado os 50 anos do 25 de Abril de 1974 com um vasto programa de iniciativas culturais e de lazer, por todo o concelho, como exposições, concertos, teatro, cinema, encontros, oficinas criativas, actividades desportivas e visitas.

Para as celebrações do 25 de Abril, o Presidente da República, José Maria Neves, também chega hoje a Portugal para participar nas cerimónias oficiais, a convite do seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, a ter lugar no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

O evento oficial será seguido de um jantar oficial a convite do Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio Nacional da Ajuda, na capital portuguesa.

Por sua vez, de 30 de Abril a 03 de Maio, Marcelo Rebelo de Sousa vai estar em Cabo Verde para as celebrações dos 50 anos da libertação dos presos do Campo de Concentração do Tarrafal, numa cerimónia marcada para o dia 01 de Maio.

DR/ZS

Inforpress/Fim

23-04-2024 19:21

Cidade da Praia, 23 Abr (Inforpress) - A Sociedade Cabo-Verdiana de Música (SCM) felicitou hoje os seus membros, todos os autores e aos professores de música e, em especial, pelo Dia Mundial do Direito de Autor.
 
“Aos nossos queridos membros desejamos que seja um dia de muita inspiração, para que novas e extraordinárias obras possam nascer, para enriquecer e elevar o nosso país, fazer progredir a nossa cultura, pelo que expressamos a nossa calorosa felicitação aos autores do nosso país que tudo têm feito para o seu engrandecimento”, redigiu a SCM em comunicado enviada à Inforpress.
 
O Dia Mundial do Direito de Autor foi instituído pela UNESCO, em Novembro de 1995, e é comemorado desde 1996, a 23 de Abril, com o intuito de promover as obras dos autores, que têm contribuído para o progresso da cultura, e incentivar os autores para que possam sobrevir novas inspirações.

“Todo o autor é um inspirador porque, através da criatividade de um autor, podemos transmitir vários sentimentos que promovem, muitas vezes, inspirações inovadoras”, lê-se no documento.

A SCM aproveitou a ocasião para agradecer e congratular-se com as “notáveis e preciosas” obras, expressando a sua maior estima a todos os autores do mundo inteiro pelo “magnífico” trabalho que vêm criando.

TC/JMV
Inforpress/Fim
 

23-04-2024 15:07

Cidade da Praia, 23 Abr (Inforpress) - O director-geral do Atlantic Music Expo, Gugas Veiga, já anunciou a data para a 11ª edição do mercado internacional da música, a realizar-se de 07 a 10 de Abril de 2025 com participação de artistas nacionais e internacionais.

Gugas Veiga avançou esta informação em conferência de imprensa no Palácio da Cultura, na Praia, tendo anunciado ainda que tanto o Governo como a Câmara Municipal da Praia já demonstraram interesse na renovação contratual para os próximos cinco anos.

“Temos que agradecer a Câmara Municipal da Praia pela colaboração, pelo facto de terem recebido as delegações, pela presença da guarda municipal que ajudou na segurança e na ordem pública, mas também porque o presidente já demonstrou interesse em assinar um protocolo plurianual e aumentar a verba”, confirmou, agradecendo igualmente os parceiros envolvidos.

Segundo aquele director, a 10ª edição contou com a presença de 141 artistas e músicos, sendo 65 internacionais e 76 nacionais oriundos de 14 nacionalidades divididos em 27 actuações.

O evento teve a presença de quatro delegações internacionais do Quebec, da Câmara Municipal de Águeda, Seychelles e Senegal, sendo que três fizeram encontros bilaterais com a autarquia da Praia, Ministério do Turismo, Ministério da Cultura e a Presidência da República.

O AME 2024 contou com a presença de 70 jornalistas, sendo 30 internacionais de 19 nacionalidades, 130 convidados e um staff composto por 85 pessoas a trabalhar directamente no evento.

Este ano, o número de delegados inscritos aumentou para 517 delegados de entre nacionais e internacionais, avançou Gugas Veiga.

Foram cerca de 140 ‘one a one meetings’ durante dois dias, que contou com “boa adesão” de vários artistas que inclusive, assegurou conseguirem estabelecer contactos e já firmaram compromissos para este e próximos anos.

Gugas Veiga avançou ainda que, segundo os dados do levantamento das caixas vinti4 da Sociedade Interbancária e Sistemas de Pagamento (SISP), o AME e o Kriol Jazz Festival movimentaram 1.259.790 contos, um número significativo para um investimento de 45 mil contos.

Recorda-se que 26 artistas nacionais e internacionais fizeram parte do cartaz da 10ª edição do Atlantic Music Expo, que discorreu este ano sobre o lema “Sustentabilidade artística”.

LT/ZS

Inforpress/Fim

23-04-2024 13:57

Cidade da Praia, 23 Abr (Inforpress) - Cabo Verde vai entregar, no próximo mês de Junho, o relatório da Convenção de 2005 da Unesco sobre a protecção e a promoção da diversidade das expressões culturais.

Para isto, o Instituto do Património Cultural (IPC) está a realizar, durante uma semana, na Cidade da Praia, uma conferência das partes sobre esta Convenção, no quadro do projecto "Repensando as Políticas em Prol da Criatividade e da Liberdade Artística".

Nesta conferência participam entidades públicas e privadas e a sociedade civil com o objectivo de mobilizar a sociedade cabo-verdiana em torno do processo, que antecede um ciclo de capacitação da equipa nacional de redacção do relatório que monitoriza a implementação da Convenção no país.

Em declarações à imprensa, a presidente do IPC, Ana Samira Baessa, esclareceu que Cabo Verde recebeu um financiamento da Unesco-Dacar para trabalhar com vários intervenientes na questão das políticas públicas do ponto de vista das instituições e das entidades governamentais, associações, promotores e agentes culturais.

“O objectivo é ver como tem sido as políticas em favor da criatividade e da criação artística em Cabo Verde”, precisou a responsável, avançando que todos os intervenientes terão que participar nesse processo de   composição do relatório, levando em consideração o quadro nacional das políticas implementadas no sector.

Outrossim, segundo a Ana Samira Baessa, terão que deixar indicações de quais as iniciativas que poderão ser impulsionadas para uma efectiva implementação da Convenção da diversidade cultural, assim como as acções de devem ser materializadas para empoderar o sector criativo.

Por sua vez, a directora-geral das Artes e Indústrias Criativas, Vandrea Monteiro, enalteceu a importância dessa conferência, dado que, conforme observou, quando se fala da diversidade cultural terá que se ver onde é que estão os artistas e o que o Ministério da Cultura tem feito em prol dos criadores.

“Este encontro é justamente para percebermos o que se pode fazer para os nossos fazedores da arte”, notou Vandrea Monteiro, admitindo a necessidade de criar melhores condições para os artistas.

Por isso, disse ser importante a discussão sobre formalização da classe artística e do seu estatuto, “que é o que realmente dá voz aos criadores”, que, conforme informou, conta também com o apoio da Unesco.

“Essa organização tem sido uma mão amiga na promoção da cultura e dos artistas cabo-verdianos e em vários espaços da promoção da arte”, concluiu.

Cabo Verde é um dos oito seleccionados para beneficiar deste projecto, financiado pela Unesco através da Agência Sueca de Cooperação e Desenvolvimento Internacional (SlDA), pelo que a cada quatro anos terá   que apresentar um relatório sobre a implementação da Convenção, de 2025, partilhando dados fiáveis em diversos sectores.

O país ratificou, em 2021, a Convenção de 2005 da Unesco sobre a Protecção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, instrumento que afirma o direito soberano dos Estados de formular e aplicar políticas e medidas destinadas a apoiar a criação, a produção, a distribuição e o acesso a actividades, bens e serviços culturais.

OM/ZS

Inforpress/Fim

23-04-2024 13:03

Porto Novo, 23 Abr (Inforpress) – O Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAD) pretende, em parceria com o Laboratório Experimental de Artesanato e Design do Porto Novo, formar pessoas neste município santantonense para a produção de materiais cerâmicos como produto turístico.

Com o efeito, o CNAD e o Laboratório Experimental de Artesanato e Design do Porto Novo informaram hoje que têm em preparação uma acção de formação, já a partir deste mês de Abril, para capacitar um grupo de pessoas com técnicas da cerâmica “a fim de beneficiarem das oportunidades decorrentes do turismo” em Santo Antão.

O Laboratório Experimental de Artesanato e Design do Porto Novo informou que a formação se destina a pessoas entre os 18 e 45 anos e “com habilidades para trabalhar com a cerâmica”.

Conforme a mesma fonte, o objetivo é capacitar os formandos para a produção de materiais cerâmicos como produto turístico local com base nas técnicas da cerâmica a fim de beneficiarem das oportunidades decorrentes do turismo na ilha.

JM/AA

Inforpress/Fim 

22-04-2024 18:43

Lisboa, 22 Abr (Inforpress) – A artista cabo-verdiana residente em Portugal Cremilda Medina está nomeada em três categorias nos Cabo Verde Music Awards (CVMA) 2024 e considera que as nomeações é o reconhecimento pelo trabalho “sério e com qualidade” que tem feito.

Em declarações à Inforpress, em Lisboa, reagindo às nomeações nas categorias de Coladeira do Ano, Morna no Ano e Intérprete Feminina do Ano, Cremilda Medina parabenizou todos os artistas nomeados nas 17 categorias da XIII edição dos CVMA, cuja gala de premiação acontece no dia 01 de Junho, na cidade da Praia.

“Ser reconhecida é um sinal de que o trabalho que tenho feito é sério e com qualidade, mas não sou só eu. Atrás de mim estão todos os músicos que dão tudo de si para que todas as músicas que gravo e regravo, possam ter qualidade e, acima de tudo, transmitir a essência do povo cabo-verdiano através de cada nota que tem na nossa Morna e toda essa morabeza reflecte no carinho que cada pessoa recebe”, considerou.

Cremilda Medina sublinhou, no entanto, que não trabalha para prémios, já que canta Cabo Verde com “todo amor e carinho, através da morabeza da Morna”, que é o estilo com se se identifica, por isso, recebe as nomeações para a categoria da Morna e melhor intérprete, com humildade, porque não considera que tenha “a melhor voz” e que todos que fazem esse trabalho poderiam estar nomeados.

Na categoria de Coladeira do Ano, Cremilda Medida, com a música “Temp d’Jôrge Cornitim”,  está nomeada juntamente com Assol Garcia - “Txuska” e Neuza - “Dixan Bai”.

Para Morna no Ano, com a música “Nova Aurora”, a artista está nomeada juntamente com Bertânia Almeida - “Amor Profundo” e Tibau Tavares - “Negra do Mato”, enquanto que para Intérprete Feminina do Ano, Cremilda Medina “Alô Alô São Vicente”, disputa com Assol Garcia - “Dudú”, Ceuzany - “Mindelo” e Soraia Ramos - “Nha Terra”.

“É claro que o que vem é sempre muito bem-vindo e este ano estou nomeada em cinco categorias, sendo três na CVMA e duas na IPMA nos EUA, em que os vencedores serão anunciados no dia 04 de Maio. É uma alegria enorme cada vez que sou nomeada, neste caso nos EUA, porque é além-fronteiras e quer dizer que onde está um crioulo está a ouvir Cremilda ou outro artista de Cabo Verde ou uma Morna, coladeira ou funaná, e é uma forma de divulgar e fazer publicidade para o nosso país”, frisou.

Na 12ª edição dos International Portuguese Music Awards (IPMA - Prémios Internacionais de Música Portuguesa, em português) 2024, Cremilda Medina está nomeada para as categorias “People’s Choice” e “World Music”.

A artista também revelou que já está a trabalhar no seu próximo álbum, mas sem avançar data, e que a partir de Maio e até Agosto já tem alguns concertos agendados.

DR/JMV
Inforpress/Fim

22-04-2024 10:35

São Filipe, 22 Abr (Inforpress) – A Casa das Bandeiras, institucionalizada em 2002, tem por finalidade preservar a tradicional festa da bandeira e evitar que qualquer bandeira seja enterrada, defendeu o responsável desta instituição Henrique Pires.

O “enterro da bandeira” acontece quando ninguém se disponibiliza para tomar a bandeira para festejá-la no ano seguinte a mesma será deixada na Igreja Matriz até que surja pessoas interessadas em “desenterra-la” para continuar a celebrá-la.

“A Casa da Bandeira veio para que jamais nenhuma bandeira seja enterrada”, disse Henrique Pires, indicando que a prova disso é a festa da bandeira de São Sebastião que foi assumida, há alguns anos, por esta instituição.

Este explicou que a Casa das Bandeiras não se destina apenas à celebração da bandeira de São Filipe e que está aberta para que outras bandeiras sejam festejadas neste espaço, sublinhando que a Casa das Bandeiras assumiu o compromisso para evitar o enterro de qualquer bandeira da ilha.

Com relação à festa da bandeira de São Filipe 2024 cujo festeiro é o emigrante na Noruega Carlos Brito mais conhecido por Tchisca, o responsável da Casa das Bandeiras avançou que por problemas de saúde não estará fisicamente presente e que será representado por familiares.

Apesar disso, explicou, e a pedido do festeiro, a Casa das Bandeiras vai organizar a festa com o mesmo brilho, e quiçá, ainda maior, que nos anos anteriores, honrando assim o compromisso com o festeiro.

Os preparativos estão a decorrer na normalidade e a partir de terça-feira, 23, a Casa das Bandeiras estará aberta para começar a receber as crianças dos diferentes jardins infantis existentes no município (cidade e interior) para proporcionar momento de festas às crianças, mas também de idosos dos lares Madre Tereza de Calcutá e da OMCV.

A partir da tradicional bandeira inicia-se no dia 27 com pilão e termina no dia 01 de Maio com almoço seguido de cavalhadas no Alto São Pedro.

Este ano a Casa das Bandeiras vai homenagear o antigo Presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, que no dia 29 de Abril celebra os seus 90 anos de vida.

Henrique Pires disse que o homenageado que ainda está a reagir de uma operação na sequência de uma queda não vai estar presente na actividade, mas participa através da plataforma.

Por outro lado, Henrique Pires disse que a Casa das Bandeiras já adquiriu a campa de Idalina, antiga coladeira e falecida há cerca de quatro anos e que será colocada no seu covato, no cemitério de Marcela, oferecido pela câmara municipal.

A campa encontra-se na posse dos familiares que em concertação com a Casa das Bandeiras vai definir uma data, antes ou depois das festas, para a sua colocação no referido cemitério, disse Henrique Pires, sublinhando que a Casa das Bandeiras assumiu o compromisso que tinha com Idalina.

JR/ZS

Inforpress/Fim

22-04-2024 10:05

Cidade da Praia, 22 Abr (Inforpress) - A promotora do Miss Cabo Verde Internacional (MCVI), Nereida Lobo, encorajou hoje todas as jovens interessadas a submeter as suas candidaturas para o certame deste ano, cujo prazo vai até 15 de Maio.

Em declarações à Inforpress, via e-mail, Nereida Lobo avançou que as inscrições para o evento que vai na sua segunda edição, estão abertas desde a semana passada e vão até o dia 15 de Maio.

"Encorajamos todas as interessadas a submeterem as suas inscrições o quanto antes", incentivou a responsável, sublinhando que o processo de selecção inicia imediatamente, logo após o fecho das inscrições.

Serão realizados castings presenciais nas ilhas de Santiago (Praia), São Vicente, Sal e Fogo, quanto às outras ilhas e diáspora serão realizados castings online.

As candidatas devem ser cabo-verdianas, ter entre 18 e 28 anos, estar em boa saúde física e mental, e não podem ter sido casadas ou ter filhos. É necessário estar disponível para todas as fases do concurso, são esses os requisitos fundamentais do certame, segundo Nereida Lobo.

A grande final, anunciou, vai ser realizada na capital cabo-verdiana, proporcionando um palco "vibrante" para o evento.

A vencedora terá a oportunidade de representar Cabo Verde na 62ª Edição do Miss International, uma plataforma internacional para destacar a sua beleza e talento.

Informou ainda que a edição 2023  não se concretizou devido a desafios logísticos e à necessidade de reestruturação do evento, visando garantir assim uma experiência "melhorada" para todas as participantes e o público.

O Miss Cabo Verde International é uma plataforma de empoderamento feminino, que celebra a diversidade e riqueza cultural de Cabo Verde, promovendo o desenvolvimento pessoal e liderança das suas participantes. O evento visa capacitar as mulheres a serem embaixadoras de mudança, tanto a nível nacional como internacional.

A primeira edição foi realizada no início de Setembro de 2022, na cidade da Praia, tendo como vencedora a modelo Stephany Amado que representou Cabo Verde no Miss Internacional que teve lugar em Dezembro do mesmo ano no Japão.

TC/ZS

Inforpress/Fim      

22-04-2024 9:18

Lisboa, 22 Abr (Inforpress) – O director artístico da Saaraci Colectivo Teatral, João Branco, partilhou os detalhes sobre a peça “Dona Pura e os Camaradas de Abril”, com estreia marcada para 17 de Maio no Festival Internacional Teatro do Alentejo (Portugal).

“Vai estrear no dia 17 de Maio no Festival Internacional Teatro do Alentejo, em Beja, e depois o dia 18 estará em Serpa, também no âmbito do mesmo festival. Nos dias 22 e 23 de Maio vai estar no Fitei [Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica], que é um dos principais festivais de teatro portugueses no Porto e depois vai andar por vários lugares, sendo que aqui em Lisboa será em Setembro e Cabo Verde em Novembro, no âmbito do Mindelact”, contou à Inforpress, em Lisboa.

O actor, encenador e professor de teatro indicou que a peça de teatro “Dona Pura e os Camaradas de Abril”, fruto da adaptação da obra do escritor cabo-verdiano, Germano Almeida, com o mesmo nome, é a segunda criação original do Saaraci Coletivo Teatral.

Depois do projecto que está a ser desenvolvido em Portugal desde Maio de 2023, segundo João Branco, “Saaraci” é uma homenagem à artista Luísa Queiroz e ao seu livro “Saaraci, o Último Gafanhoto do Deserto”, que também deu origem à primeira produção do colectivo.

O director ressaltou a importância de manter a identidade cabo-verdiana em todas as produções do grupo, destacando que a equipa é maioritariamente composta por artistas cabo-verdianos, no entanto, também valoriza a diversidade, como evidenciado pela participação do actor português Pedro Lamares nesta peça, cuja história se entrelaça com a cultura cabo-verdiana.

“Nós somos um grupo de teatro sediado em Portugal, mas que carrega a bandeira cabo-verdiana (...) na verdade, nós somos um grupo de teatro cabo-verdiano na diáspora, como existem grupos de música, como existem grupos de dança, como existem outros tipos, géneros de associações, ou seja, as nossas equipas são cabo-verdianas e os actores são cabo-verdianos”, enfatizou.

A música da peça é assinada por Mário Lúcio Souza, conforme o responsável, indicando que “Dona Pura e os Camaradas de Abril” é o primeiro capítulo de uma trilogia dedicada ao que João Branco denomina como “25 de Abril crioulo”, explorando as diversas formas como este evento histórico influenciou Cabo Verde e vice-versa.

Os próximos espetáculos prometem abordar esta temática de maneiras diversas, incluindo teatro-dança e teatro-música, sempre mantendo a identidade cultural cabo-verdiana como pilar central do projecto.

“E todos os espectáculos que nós fazemos e que iremos fazer no futuro têm esta identidade cultural, têm esta matriz cénica que foi gerada em Cabo Verde, onde fiz toda a minha carreira. O que eu sou enquanto homem de teatro, é de cabo-verde. Não posso, de repente, só porque atravessei o Oceano Atlântico, ser outro artista, outra pessoa e mudar a minha identidade do pé para a mão”, frisou.

A característica da trilogia é que o primeiro é um espetáculo “teatro-teatro”, com a “Dona Pura e os camaradas de Abril”, o segundo será um espectáculo de “teatro-dança”, como o nome “Cabral Corpo”, com a encenação da Sara Estrela e dramaturgia do Filinto Elísio, e o terceiro será um espectáculo de “teatro-música,” utilizando textos revolucionários de referência da época, mas trazendo-os para os diferentes crioulos de Guiné e de Cabo Verde.

DR/AA

Inforpress/Fim

21-04-2024 22:55

Assomada, 21 Abr (Inforpress) – Os participantes do 265 Creative Festival Assomada 2024 atribuíram “nota positiva” ao evento pela troca de experiência proporcionada e por permitir aos criativos que não têm tido oportunidades de exporem os seus trabalhos.

Em declarações à imprensa, Edyoung Lennon, membro da organização, explicou que o objectivo inicial era veicular uma visão macro e tentar colocar Assomada numa rota criativa a nível mundial.

O evento, conforme considerou, é uma ideia que pode inspirar outras ideias, justificando que existem vários criativos, tantos palcos, mas estes são limitados e vão quase sempre os mesmos criativos.

Daí, sublinhou, a ideia é criar espaços alternativos, não com o espírito de competição com outras infra-estruturas, mas sim criar palcos para pessoas que são realmente criativas, mas que por alguma razão o palco não chega perto de si ou vice-versa, como forma de “dar voz a todos os criativos de excelência”

O festival reuniu cerca de 100 convidados de toda a ilha de Santiago, que, segundo este membro da organização, são criativos que expressam de formas diferentes e áreas diferentes e que transmitiram uma “sinergia muito boa”.

O Espaço Poial foi um dos palcos do evento e Sílvio Brito, proprietário do local, também membro da organização e participante, explicou que o nome deste palco Orlando Pantera deve-se ao contributo que este deu a música cabo-verdiana, embora, evidenciou, existam tantos outros músicos que poderiam ser homenageados, mas na impossibilidade de homenageá-los a todos de uma vez optaram por Orlando Pantera.  

A participante Zidy Andrade, da Labuta Music, deu nota positiva ao evento que lhe permitiu mostrar o projecto, que na verdade é uma plataforma para apresentar os jovens com talento na área da música e que não têm oportunidade de exporem os seus talentos, mas também pela experiência que tiveram com os colegas das diversas áreas presentes no evento.

Crisálida Correia considerou que durante esses dias foi devolvido a Assomada o seu lugar na história da música, cultura e arte, entre outras áreas, reforçando que com o “djunta-mon” (juntar as mãos, em português) é possível criar uma “grande dinâmica” em Assomada e montar uma estrutura para o futuro.

Durante dois dias, sábado, 20 e hoje, foram realizados debates, exposições, actuações de diversos artistas, personalidades e áreas diferentes em Assomada.

MC/AA

Inforpress/Fim 

21-04-2024 12:07

Santa Maria, 21 Abr (Inforpress) - A fadista portuguesa Cuca Roseta, de regresso a Cabo Verde para continuar o tour pelas ilhas, “cantou e encantou” na noite sábado, 20, os salenses com uma simbiose de fado e morna, que não deixou o público indeferente.

Cuca Roseta subiu ao palco por volta das 21:30, para, durante uma hora de espetáculo, homenagear os grandes intérpretes de sempre do fado, ao mesmo tempo, os grandes cantores cabo-verdianos.

No final do concerto a fadista não deixou de expressar a sua satisfação pela forma “calorosa” como foi acolhida e aclamada por todos que pararam para assistir essa sua primeira actuação na ilha do Sal.

Segundo conta, foi uma “apresentação fantástica”, com a boa energia que tem recebido em todas as ilhas que tem passado.

“Realmente tenho uma grande paixão pela música e pelo povo de Cabo Verde e hoje estreamos aqui dois temas novos, uma delas uma coladeira muito rápida, mas foi muito interessante”, contou a fadista.

A mesma ressaltou que se sente sempre incentivada a vir a Cabo Verde pela forma como é recebida e consegue tocar as pessoas com o seu fado, e já agora com mornas e coladeiras.

Cuca Roseta salientou ainda que a fusão destes dois géneros musicais tem sido “bem aceite” e assim como a ela “tem tocado” a alma dos que escutam.

Assim com nas outras ilhas, a fadista tem procurado convidar artistas locais, para juntos interpretarem algumas canções, e, no Sal, não foi diferente, subindo ao palco com ela a jovem cantora Windy Brito, tendo as duas vozes “casado” de “forma impecável” em todas as interpretações juntas.

“Foi uma experiência incrível e estou muito grata pelo convite que me fez aprender com uma artista internacional. Não estava à espera que essa simbiose funcionasse tão bem e mostrasse todo o carinho que a Cuca tem por Cabo Verde”, contou Windy Brito.

Do público presente, Susana Rodrigues, uma portuguesa residente na ilha do Sal, disse sentir-se em casa, resumindo o conserto numa “simbiose perfeita”.

Depois da Ilha do Sal, e de ter passado pelas ilhas de São Vicente e de São Nicolau, Cuca Roseta segue hoje para a ilha da Boa Vista, onde irá atuar no Auditório do Centro de Artes e Cultura pelas 20h30.

NA/AA

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20-04-2024 13:26

Porto Novo, 20 Abr (Inforpress) – A câmara do Porto Novo confirmou hoje mais um grupo musical nas festas de São João 2024, em Junho, e afiançou que a “festa está garantida” com um cartaz que inclui nomes da música nacional e internacional.

“Estamos em contagem decrescente para as festas de São João 2024. O grupo musical Cordas do Sol acaba de responder positivamente ao convite da Câmara Municipal do Porto para marcar presença nas festividades”, assegurou a autarquia porto-novense.

O conjunto musical Cordas do Sol, segundo a mesma fonte, dispensa apresentações “pois, além de ser prata da casa, é actualmente um dos grupos musicais mais populares de Cabo Verde e sempre reserva um reportório composto pelos seus temas de maior sucesso”, avançou a câmara do Porto Novo.

Além dos Cordas do Sol, já garantiram ainda a presença nas festas de São João ainda os Ferro gaita, Nelson Freitas, Gil Semedo, Blaya e o Elji Beatzkilla.

Para além dos tradicionais bailes no antigo campo de futebol, o programa das festas destaca ainda o desfile dos grupos de romaria, a feira agro-pecuária de Santo Antão, a corrida de cavalos, a peregrinação da imagem do santo padroeiro e a missa solene.

Este ano, a autarquia decidiu homenagear os grupos de desfile de romarias, como forma de reconhecer o “brilho” que estes grupos vêm dando às festas de São João no concelho do Porto Novo, contribuindo “para o resgate, revitalização, salvaguarda, valorização e promoção da originalidade e autenticidade” desta manifestação popular.

JM/JMV
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20-04-2024 11:44

Espargos, 19 Abr (Inforpress)- OlLivro “As vidas de Mana Tina-Memórias de uma marinheira”, de Madalena Brito Neves, foi apresentado na tarde desta sexta feira na ilha do Sal, em homenagem aos 90 anos de Maria Valentina Brito, “a protagonista da obra”.

A obra, um romance biográfico, que carrega factos e realidades vivenciados pela “marinheira Mana Tina”, foi apresentada no Paços do Concelho do Sal, com uma sala bem composta por filhos, netos, bisnetos e amigos da homenageada.

Antes da apresentação da obra, a cargo do também escritor Francisco Tomar, o edil salense, Júlio Lopes, reconheceu o contributo de Maria Valentina para o desenvolvimento da ilha, com a entrega simbólica de um troféu.

Conforme a autora da obra, o livro é uma homenagem à mãe, “que cedo aprendeu que a vida é luta e se formou, encarando as dificuldades e moldando os dias e os lugares, que marcaram a sua vida-São Nicolau, Sal, São Vicente”.

“É um privilégio ter tido a oportunidade de acompanhar algumas histórias da mãe Mana Tina e de poder escutar. Foram muitas horas à volta da mesa, em passeios, mas sempre a ouvir as histórias das vivências daquilo que teve que enfrentar para chegar onde chegou aos 90 anos”, conta a autora.

A mesma destaca que o livro inclui um “conjunto de imagens, que acompanham a evolução da Mana Tina, no tempo e no espaço”.

Homenagens que a protagonista diz receber com “muito bom agrado”, que segundo a mesma “devem ser feitas em vida, enquanto consegue apreciá-las”.

“As vidas de Mana Tina-Memórias de uma marinheira” é a terceira obra de Madalena Neves. Em 2017 publicou o seu primeiro livro de poesia, “Flor de Basalto”, seguida de “Um poema contado” em 2022, com a chancela da editora Rosa de Porcelana. Participou na iniciativa da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) “A literatura e a cultura em tempos de pandemia”, com o texto em poesia e prosa-poética “Tempo Aberto”.

No início deste ano, lançou, em parceria com uma equipa de professoras universitárias e outros parceiros, a iniciativa “A poesia que mora na bíblia: a beleza da palavra” e pretende estrear-se, em breve, na literatura infantojuvenil, com um ciclo dedicado à valorização da riqueza e do património ambiental de Cabo Verde.

NA/JMV
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20-04-2024 11:14


Cidade da Praia, 20 Abr (Inforpress) – Os Correios de Cabo Verde (CCV), em parceria com Correios de Portugal (CTT) e de Angola, lançam no dia 25 de Abril, no Campo de Concentração do Tarrafal, um Selo Postal alusivo aos 50 Anos de 25 de Abril de 1974.
 
De acordo com informações avançadas à imprensa, a iniciativa enquadra-se no âmbito das históricas relações e interesse dos países parceiros numa emissão filatélica conjunta, alusiva aos “50 Anos da Revolução de 25 de Abril”.
 
“A liberdade de um povo é o início de um novo período cultural, sociológico e histórico de um país. Deste modo, a importância de 25 de Abril de 1974 para Portugal, assim, também para Cabo Verde, já que a ‘Revolução dos Cravos’ que culminou à 25 de Abril de 1974 em Portugal, foi a luz que precisavam os revolucionários cabo-verdianos e portugueses para a luta pela independência de Cabo Verde e queda do regime ditatorial em Portugal”, lê-se na nota de imprensa.
 
A democracia, realça a mesma nota, é um processo em construção, os marcos da sua essência jamais deverão ser esquecidos, pelo que, sublinha, mais do que apenas entender o contexto dessa data comemorativa, o 25 de Abril de 1974, deve ser lembrado como um dia para “nunca ser esquecido”.
 
Enquadrado no programa do Governo de Cabo Verde visando a comemoração dos “50 anos do 25 de Abril” o lançamento do selo postal alusivo à data a ter lugar no Campo de Concentração do Tarrafal conta com a participação dos responsáveis dos Correios de Cabo Verde, Embaixador de Portugal em Cabo Verde e ministro da Cultura e das Indústrias Criativas.
 
PC/JMV
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20-04-2024 9:52

São Filipe, 20 Abr (Inforpress) – “Enigmas da Alma”, de António Cula, é um livro “extremamente complexo e denso”, mas de fácil leitura porque o leitor identifica-se “imediatamente” com o seu conteúdo, disse Daniel Medina.

Daniel Medina que fez no final da tarde de sexta-feira, 19, a apresentação do livro de estreia de António Cula no mundo literário disse que a obra retrata as enigmas da alma do autor, mas que todos têm algumas semelhanças, alguns medos, anseios e algumas angústias por que António Cula passou, escreveu e transportou para o livro.

“Todos nós sentimos estas mesmas angústias, emoções que estão espelhadas neste livro de António Cula”, disse Daniel Medina, explicando que é de fácil leitura porque tem um trajecto da sua zona de residência onde nasceu, mas também porque fala de amores, virtudes.

Daniel Medina, que se identifica com este tipo de livro, disse que “Enigmas da Alma” de António Cula lhe chamou “muita atenção” e quando recebeu convite para fazer apresentação aceitou de imediato porque já conhecia o livro, mas também por ser uma forma de apoiar um novo escritor.

A apresentação do “Enigmas da Alma” contou ainda com intervenção do prefaciador do livro, o professor e activista cultural Fausto Rosário, e do próprio autor que além de explicar todo o processo do nascimento do seu primeiro livro, prestou homenagem à comunidade de Patim, onde nasceu, e a todas as instituições, pessoas amigas e familiares que tornaram possível o “nascimento” da “Enigmas da Alma”.

JR/JMV
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20-04-2024 9:22

Lisboa, 20 Abr (Inforpress) – O escritor cabo-verdiano Mário Lúcio Sousa apresentou ao público de Lisboa o seu mais recente trabalho literário que deu o título “O livro que me escreveu”, falando no impacto que os livros podem ter no mundo.

O livro foi apresentado na noite desta sexta-feira, 19, numa das livrarias da capital portuguesa, tendo no final do evento, em declarações exclusivas à Inforpress, Mário Lúcio Sousa revelado as inspirações por trás dessa obra editada pelas publicações Dom Quixote.

“Foi assim, repentino, eu estava a ler o ‘100 anos de solidão’ de Garcia Marques, e de repente tive esse sentimento, e se esse livro nunca existisse? Foi a partir dali que veio a ideia de escrever um livro sobre um livro tão importante que desaparece”, explicou o autor

Em “O livro que me escreveu”, Sousa partilhou a inovação que traz com a obra, ao tornar o próprio livro protagonista da trama, algo diferente de suas obras anteriores, que exploravam temas históricos.

Mário Lúcio Sousa descreveu ainda esse trabalho como “completamente aberto à imaginação e à poesia”, em que ele cria factos, revelando sua necessidade de explorar sua “imaginação fértil” e destacando a importância da poesia, do amor e do riso em sua escrita.

“Porque a poesia é que torna este mundo habitável”, enfatizou Mário Lúcio, acrescentando que o “amor é fundamental” para guiar os pensamentos e as acções humanas, enquanto o riso “distingue as pessoas dos animais”.

Quando questionado sobre a capacidade dos livros de mudar o mundo, ele respondeu com convicção.

“Se eu não acreditasse, eu estaria a ser muito ignorante, porque o livro é que mudou o mundo”, disse, argumentando que os livros são guardiões do conhecimento humano e essenciais para a compreensão da história e da humanidade.

Mário Lúcio Sousa revelou ainda que o livro será apresentado no dia 02 de Maio no Tarrafal, sua terra Natal, e 06 de Maio na cidade da Praia, aproveitando para evidenciar o interesse que a obra tem despertado e expressou sua felicidade com a receptividade do público, antecipando, por isso, entusiasmo para as próximas apresentações já agendadas.

Para além de “O livro que me escreveu” o autor tem publicado outros romances, nomeadamente “O novíssimo testamento”, “A última lua de homem grande”, “O diabo foi meu padeiro” e “Biografia do língua”.

Também é autor de “Nascimento de um mundo” (poesia) “Sob os signos da luz” (poesia), “Para nunca mais falarmos de amor” (poesia), “Os trinta dias do homem mais pobre do mundo” (ficção) e “Vidas paralelas” (ficção).

Para além de escritor, em que já recebeu vários prémios e distinções, Mário Lúcio Sousa que também desempenhou as funções de Ministro da Cultura de Cabo Verde entre 2011 e 2026, é cantor, compositor e multi-instrumentista.

DR/JMV
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19-04-2024 18:48

Ribeira Brava, 19 Abr (Inforpress) – O filme “Caminho Longe”, do realizador saonicloense José Firmino, estreia este domingo,21, no cine-teatro São José, na cidade da Ribeira Brava.

Em entrevista à Inforpress, José Firmino avançou que se trata de um filme “100% produzido” no município da Ribeira Brava e que retrata uma história de amor/decepção e emigração para São Tomé e Príncipe “baseada numa história real”.

Segundo o mesmo, a longa-metragem foi escrita, dirigida e produzida pelo próprio e foi um dos projetos selecionados no âmbito do edital “NuNaC” do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através do núcleo de Cinema e Audiovisual.

“Não estamos a falar de uma grande realização de Hollywood, mas o importante é contar uma história, e garanto que temos um filme rico culturalmente”, sublinhou.

José Firmino afirmou ainda que o filme foi gravado na cidade da Ribeira Brava e nas zonas de Preguiça e Talho e contou com a participação de um elenco de actores locais.

Apesar desta ser a primeira produção do realizador, o mesmo afirma que já tem vários anos a trabalhar na área do audiovisual, destacando a existência de “um grande arquivo em imagens sobre o Carnaval e o desporto da ilha”, para além de já ter participado de uma curta metragem juntamente com a jornalista Polaca Emilia Wojciechowska, que conta a sua história como narrador de futebol.

O filme “Caminho Longe” estreia às 19:00 de domingo no cine-teatro São José, na cidade da Ribeira Brava.

WM/JMV
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