CPLP celebra 26 anos com ambição de ser cada vez mais útil para a concretização das ambições dos cidadãos

Lisboa, 17 Jul (Inforpress) – A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), criada no dia 17 de Julho de 1996, celebra hoje o 26º aniversário, com desejo de ser cada vez mais útil para a concretização das ambições dos cidadãos.

A aspiração foi manifestada pelo secretário Executivo da CPLP, Zacarias da Costa, na sua mensagem a este dia, destinada aos povos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, Estados-membros da organização.

“O nosso desejo para os próximos anos, é de que a CPLP possa ser cada vez mais útil para a concretização de sonhos e ambições dos cidadãos que representa. O actual contexto de que vivemos, viemos reforçar a importância do multilateralismo como forma de promover a partilha do conhecimento e a troca de experiências, e assim proporcionar parcerias e respostas conjuntas para fazermos face aos vários desafios que o mundo enfrenta”, afirmou.

Segundo o responsável, apesar do que já foi feito, “ao mesmo tempo, há certamente muito trabalho pela frente e expectativas que ainda não foram totalmente cumpridas”, mas garantiu que todos os dias o trabalho é para que os cidadãos dos Estados-membros se sintam “mais próximos” da organização.

Zacarias da Costas lembrou que em Julho de 2021, Angola deu início à sua presidência sob o lema “Construir e fortalecer um futuro comum e sustentável”, sublinhando que não se pode negar que o contexto actual está “profundamente marcado pela necessidade” de se recuperar a desaceleração económica provocada pela covid-19 e de se promover a necessária resiliência às alterações climáticas que se têm feito sentir de forma muito directa em vários Estados da CPLP.

“Nos últimos anos, movidos por este propósito de construção de um futuro comum e sustentável, os Estados-membros da CPLP deram passos significativos, pondo em marcha uma estratégia renovada para melhor responder aos anseios dos nossos cidadãos”, frisou, exemplificando com o acordo de mobilidade que foi ratificado, em menos de um ano, por praticamente todos os Estados-membros.

Na sua opinião, este acordo permitirá uma maior circulação do conhecimento e da inovação, dos bens e serviços culturais, e uma maior circulação no intercâmbio académico, no turismo e na cooperação económica e empresarial.

Por outro lado, indicou que os Estados-membros realizaram também a primeira reunião ministerial tripartida, “Economia, Comércio e Finanças”, e aprovaram a agenda económica estratégica para a cooperação económica 2022-2026, a par da criação do Fórum das Agências de Promoção do Comércio e do Investimento.

“Esses enormes avanços permitirão estabelecer um ambiente de negócio e as trocas comerciais nos investimentos no espaço da CPLP”, assegurou, sustentando que a CPLP alcançou o “reconhecimento considerável” da língua portuguesa, como idioma global, sendo hoje falada por 260 milhões de pessoas e com um crescimento estimado até aos 500 milhões no final do século.

Os 32 observadores associados, no entender de Zacarias das Costa, entendem a CPLP como uma plataforma linguística de aproximação com as suas diásporas, uma plataforma de negócios, de cooperação e de concertação nos mais diversos domínios.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa foi estabelecida através da Declaração Constitutiva de 17 de Julho de 1996, na Conferência de Chefes de Estado e de Governo que decorreu em Lisboa, como participação de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

O primeiro alargamento da CPLP decorreu da adesão de Timor-Leste, que se tornou o seu oitavo país-membro, em 20 de Maio de 2002, na IV Conferência de Chefes de Estado e de Governo, em Brasília. Em 2016, a Guiné Equatorial tornou-se o 9.º Estado-membro de pleno direito, através da entrega da carta de ratificação dos Estatutos da CPLP na XI Cimeira, em Brasília.

DR/JMV
Inforpress/Fim

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