Pedra Badejo, 19 Jun (Inforpress) – O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse hoje que a retoma de voos sem a obrigatoriedade dos testes da covid-19 vai ser feita com “toda atenção”, salientando que o País está a ter casos sem turistas.
O governante respondia aos jornalistas, na cidade de Pedra Badejo, após um encontro com o presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, responsáveis da Saúde e da Protecção Civil, na presença dos ministros da Saúde e da Administração Interna, para se inteirar da situação da covid-19 no concelho.
“Não se pode dizer ou passar a ideia de que os casos vêm com turistas. Cabo Verde neste momento está fechado e está a ter casos”, demonstrou.
Conforme o governante, o País vai abrir porque a economia precisa funcionar, mas mediante “todos os cuidados” e protecções necessários.
“Neste momento a maior atenção é reduzir os casos internos”, declarou, lembrando que o vírus está a circular entre as ilhas de Cabo Verde e nos concelhos.
Neste sentido, defendeu “um bom combate”, por se tratar de uma “prioridade interna”.
“Iremos fazer a abertura de uma forma programada e com a devida protecção e devidos cuidados”, garantiu.
A medida da abertura passa por protocolos observados, sem testes, mas com outras medidas de vigilância e de controlo, que possam evitar propagações.
“Os problemas que temos hoje são internos, não é problema dos turistas que chagam a Cabo Verde, até porque os voos estão encerrados”, lembrou.
Cabo Verde não vai obrigar à apresentação de testes antecipados à covid-19 para quem chega do exterior ou nos voos domésticos, cuja interdição das ligações aéreas termina em 30 de Junho, segundo determinação do Governo.
“Para além da pouca eficácia dos testes para efeitos de viagens, os custos relacionados com o planeamento, a organização e a efectivação das viagens impostos aos passageiros seriam fortemente inibidores da mobilidade e da circulação entre as ilhas e nas relações com o exterior”, refere uma resolução do Conselho de Ministros sobre o plano de desconfinamento.
O Governo sustenta a decisão com o posicionamento de diferentes organismos internacionais ligados à aviação civil, que “não recomendam a realização de testes à covid-19 como medida prévia à realização de viagem”, face à “imprevisibilidade” e ao “rácio’ de ‘falsos positivos/negativos dos mesmos”.
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