Covid-19: Itália soma 722 óbitos mas contágios abrandam e hospitalizações diminuem

Roma, 25 nov (Inforpress) – A Itália registou 722 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, um dos piores indicadores da actual segunda vaga da pandemia, divulgaram hoje as autoridades italianas, que destacaram, porém, que os contágios continuam a abrandar e as hospitalizações diminuíram.

Com a contabilização das novas vítimas mortais, o número total de mortes registadas no país desde o início da crise pandémica, em 21 de Fevereiro, sobe para 52.028, segundo o boletim informativo do Ministério da Saúde italiano.

Nas últimas 24 horas, foram recenseados 25.853 novos contágios pelo novo coronavírus no território italiano, um número inferior às quase 40 mil novas infecções que foram relatadas diariamente na semana passada.

Em termos totais, Itália contabiliza, até à data, 1.480.874 casos de pessoas que ficaram infectadas pelo novo coronavírus, de acordo com os dados fornecidos pelas autoridades italianas.

O Ministério da Saúde italiano destacou também o número de testes de diagnóstico realizados nas últimas 24 horas, um total de cerca de 230 mil.

Os dados das autoridades italianas apontam igualmente que a pressão sobre os hospitais poderá estar gradualmente a diminuir.

Dos 791.697 casos positivos que estão actualmente activos em Itália (menos 6.689 em comparação a terça-feira), a grande maioria são doentes que estão nas respectivas casas com sintomas ligeiros da doença ou estão assintomáticos.

Deste total, 38.161 estão hospitalizados, menos 232 em comparação com o dia anterior.

Apesar das hospitalizações terem diminuído, os doentes que se encontram em unidades de cuidados intensivos aumentaram, para 3.848, o que representa uma subida de 32 pacientes em relação a terça-feira.

No que diz respeito aos recuperados, o país regista um total de 637.149, um aumento de 31.819 face ao dia anterior.

Para tentar travar a progressão dos contágios, o Governo italiano decretou até 03 de Dezembro um recolher nocturno nacional obrigatório e encerrou várias actividades, como cinemas, teatros, museus, piscinas, ginásios e salas de espectáculos.

Os bares e os restaurantes também estão a fechar mais cedo.

Também dividiu as regiões italianas em três zonas – amarela, laranja e vermelha – que são definidas com base no nível de risco da pandemia. Em função da cor, são definidas mais medidas restritivas a aplicar.

Perante a evolução dos dados, as regiões do país mais afectadas, que permanecem confinadas por decreto, já começam a pensar em reduzir as limitações nos próximos dias.

É o caso do presidente regional de Piemonte (norte), Alberto Cirio, que está a antever passar do estado “vermelho” para o estado “laranja” (com menos restrições) entre os próximos dias 01 e 03 de Dezembro, uma vez que os novos contágios “diminuíram muito” naquela zona.

Entretanto, o Governo italiano já está a pensar no programa nacional de vacinação anti-covid-19, programa esse que será concretizado assim que exista “luz verde” para a comercialização das vacinas em desenvolvimento e da parte da Comissão Europeia para a respectiva distribuição.

O ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, deverá apresentar o plano nacional no próximo dia 02 de Dezembro e já foi lançado, entretanto, um concurso público para fornecer ao Estado 100 milhões de seringas e agulhas.

O executivo italiano está ainda a elaborar um novo decreto com as medidas que serão aplicadas durante o mês de Dezembro, uma vez que as actuais disposições deixam de estar em vigor a partir do dia 03.

Na semana passada, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, avisou que o país terá de celebrar a época natalícia de maneira “contida” e com distanciamento social, porque uma intensa actividade social poderá representar, já em Janeiro, um aumento da curva de contágios.

A pandemia da doença covid-19 já provocou pelo menos 1.410.829 mortos resultantes de mais de 59,7 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detectado no final de Dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Inforpress/Lusa/Fim

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