Covid-19/Ilha do Sal: Câmara Municipal ameaça fechar estabelecimentos comerciais que não cumprirem com medidas de restrições (c/áudio)

Espargos, 19 Jun (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal do Sal avisou hoje que os estabelecimentos comerciais que não cumprirem com as medidas de restrições para fazer face à covid-19, na ilha, poderão correr o risco de verem as portas fechadas.

Júlio Lopes falava à Inforpress, a propósito da alteração do quadro de desconfinamento no Sal, mediante resolução do Conselho de Ministros publicada esta quinta-feira.

O prolongamento das medidas de restrição na ilha do Sal deve-se à situação de transmissão comunitária da covid-19, em crescimento, onde já se registam 72 casos activos, dois recuperados e mais de 300 pessoas em quarentena.

Essa resolução proíbe visitas aos estabelecimentos prisionais, aos doentes internados nos hospitais, centro de idosos, frequência aos ginásios, enquanto os estabelecimentos comerciais, bares, deverão funcionar até às 21:00, perante reforço da fiscalização por parte da Polícia Nacional e IGAE.

“Todos os estabelecimentos deverão cumprir as medidas de restrições, caso contrário correrão o risco de verem o seu espaço comercial fechado”, avisou o autarca Júlio Lopes, para quem há um segmento grande de pessoas que está cautelosa face à prevenção da doença, mas outras nem por isso, particularmente a “malta jovem”.

“Os jovens, não só não estão a cumprir como estão a colocar em risco a saúde de todos, a saúde pública. Por isso, há que

combater as aglomerações. Se um dono de um bar permitir jogos de carta, uril, pessoas juntas, sem máscaras, sem protecção, vamos fechar este estabelecimento”, preveniu, mencionando que neste combate cada indivíduo tem que funcionar como um polícia.

Por outro lado, considerando a quantidade de jovens no desemprego, Júlio Lopes pondera que para a ilha voltar à normalidade, em termos de economia, há que atingir níveis muito baixos de infecção do coronavírus.

“Daí que, os jovens, ao prevenirem a saúde das pessoas, também estão a defender a economia, o seu próprio interesse, já que a maioria está no desemprego, não está a trabalhar, por causa desta pandemia”, analisou.

“Por conseguinte, o interesse é geral. Todos têm que cumprir as regras para proteger a saúde das pessoas e a economia do país”, frisou.

A ilha do Sal soma neste momento 72 casos positivos de covid-19 e mais de 300 pessoas em quarentena.

Cabo Verde registou o seu primeiro caso positivo de covid-19 a 19 de Março e até hoje contabiliza um total de 849 acumulados e oito óbitos, conforme dados actualizados na página covid-19.

Em África, há 7.395 mortos confirmados em mais de 275 mil infectados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 454 mil mortos e infectou mais de 8,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

SC/JMV

Inforpress/Fim

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