Covid-19: Dez mil funcionários do sector do turismo deverão ser contemplados com vacina na primeira fase (c/áudio)

Espargos, 18 Jan (Inforpress) – O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, assegurou, este fim-de-semana, no Sal, que cerca de dez mil funcionários ligados ao sector turístico vão ser beneficiados com a vacina, numa primeira fase, visando proteger os turistas que visitam Cabo Verde.

Olavo Correia, também titular da pasta das Finanças, fez essas declarações durante um encontro com os empresários locais, de diferentes áreas de actuação, micro, média e pequenas empresas, num dos hotéis da cidade turística de Santa Maria.

Segundo o governante, enquanto a vacina não chega a Cabo Verde, o que importa, é fazer “um bom combate” em relação à gestão da pandemia, já que, conforme referiu, os dados recebidos são contraditórios, mas a vacina desperta uma “nova esperança”.

“Temos um plano de vacinação em curso, que numa primeira fase vai beneficiar e priorizar cerca de dez mil funcionários que estão na área do turismo, precisamente para protegermos os turistas da infecção”, reiterou, destacando todo o trabalho diplomático com “todos” os países europeus, isto é, os 27 países da União Europeia, também conseguido com o apoio da operadora TUI.

“Mas, como sabemos, este quadro não depende apenas de Cabo Verde, mas da evolução internacional, e os últimos dados têm sido de elevada preocupação”, ponderou.

Olavo Correia apontou, ainda, que o Governo lançou programas de capacitação de profissionais do turismo, tendo abrangido cerca de 2500 laboriosos da área, estando também a trabalhar no lançamento de novos produtos turísticos, para novos nichos de mercado.

“Estamos também a preparar um pacote muito forte de promoção do turismo, quer interno quer internacional”, revelou, avançando, por outro lado, as novas medidas tomadas no quadro do Orçamento de Estado para 2021, de ideias que o Governo tem de medidas adicionais, em relação à retoma económica.

Neste particular, Olavo Correia falou do ‘lay-off’ praticamente na terceira fase, previsto para se estender até Março de 2021, as moratórias de crédito que também devem ir a até Setembro deste ano.

“É um desafio para a economia cabo-verdiana. Não vale a pena estarmos aqui a fingir, porque muitos destes empréstimos tratados hoje como moratórias para Setembro ou Dezembro de 2021…vamos chegar o momento em que esses empréstimos têm que ser pagos”, acautelou.

“E, se as empresas estiverem numa situação periclitante do ponto de vista da tesouraria e a retoma for lenta, dificilmente as empresas terão condições para fazer face a essas obrigações.

Portanto, é um desafio que tem que ser antecipado – que estamos a trabalhar -, para que possamos encontrar as melhores condições para que as empresas possam continuar vivas”, alertou.

Isto porque, conforme o governante, “o pior” que poderia acontecer seria o “falecimento ou desmoronamento” do tecido económico cabo-verdiano.

“Se as empresas morrerem pós esta pandemia (…), não haverá condições para a retoma” analisou, observando que, neste contexto, “é quase inevitável”, o aumento da dívida pública cabo-verdiana.

“Não será possível gerir esse contexto pandémico, com esses efeitos sobre as receitas do Estado, a necessidade do Estado intervir para apoiar a retoma, sem que a dívida pública aumente”, concluiu.

SC/CP

Inforpress/Fim

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