Nova Sintra, 03 Jul (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, disse hoje que a sua equipa lamenta os atrasos no início das obras de requalificação do centro histórico da cidade de Nova Sintra, provocados pela pandemia da covid-19.
Segundo Francisco Tavares, a sua equipa já fez uma análise do adiamento da abertura das ligações marítimas que tem uma “implicação enorme” no atraso dessas obras.
Segundo o autarca, o responsável da empresa vencedora do concurso devia chegar à ilha no passado mês de Março, acompanhado do representante do Ministério das Infra-estruturas e Ordenamento do Território para, conjuntamente com a câmara municipal, fazerem a adjudicação da obra e dar início às mesmas.
Francisco Tavares realçou que com a pandemia “tudo mudou” mas caso o País não tivesse passado por esta situação a obra já estaria com três meses de execução.
“É uma obra muito aguardada pela população, principalmente na rua da Cultura, na rua Almirante Reis e na rua direita onde a calçada merece uma intervenção profunda e seria esta a solução”, disse o edil, lamentando a situação por que passa o País e o “não avanço das obras”.
Sobre as viagens, Francisco Tavares diz esperar não haver mais prolongamento desta situação para que no final deste mês possam reabrir as ligações inter-ilhas e, consequentemente, darem início às obras que estão paralisadas com a pandemia da covid-19.
O centro histórico será requalificado no âmbito do Eixo III do Programa de Reabilitação, Requalificação e Acessibilidades (PRRA), que visa a reabilitação de centros históricos.
Por ocasião do lançamento do concurso público da obra, em Setembro de 2019, o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas lembrou a elevação do centro histórico da cidade de Nova Sintra à categoria de Património Cultural Nacional, constituindo um “exemplo excepcional de assentamento tradicional numa simbiose perfeita entre o meio físico, o homem e a sobrevivência”.
Pelas suas “características peculiares”, passou a integrar a lista indicativa de Cabo Verde na UNESCO, em Março de 2016, e foi declarado Património Nacional pela resolução nº 35/2012, de 21 de Junho, cujo objectivo consistiu na “promoção de uma gestão que enfatiza a preservação e valorização do seu legado patrimonial”.
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