Cidade da Praia, 13 Mai (Inforpress) – O Estado cabo-verdiano gastou mais 13,6% com benefícios sociais até Fevereiro, a única despesa pública a crescer face a 2020, e com redução nos gastos com a função pública ou na aquisição de bens e serviços, segundo dados oficiais.
De acordo com dados de um relatório do Ministério das Finanças com a execução das contas públicas, compilados hoje pela Lusa, a despesa com os benefícios sociais passou de 1.196 milhões de escudos (10,8 milhões de euros) nos dois primeiros meses de 2020, ainda antes dos efeitos da pandemia de covid-19, para 1.358 milhões de escudos (12,2 milhões de euros) este ano.
Para colmatar os efeitos da crise económica decorrente da pandemia de covid-19, que nomeadamente afectou o turismo no arquipélago, actividade que garante 25% do Produto Interno cabo-verdiano, o Governo lançou desde Abril de 2020 várias medidas de apoio às camadas mais desfavorecidas, incluindo o pagamento de um rendimento social às famílias sem acesso ao sistema de segurança social, além de um regime de ‘lay-off’, facilitação do acesso ao subsídio de desemprego ou a atribuição de subsídios para quarentena, entre outros.
Em contrapartida, segundo o mesmo relatório governamental, as despesas com pessoal da função pública em Cabo Verde caíram 3,9% até Fevereiro, para 3.216 milhões de escudos (29 milhões de euros), quando em igual período de 2020 tiveram um peso de 3.347 milhões de escudos (30,2 milhões de euros).
O Estado também comprou menos bens e serviços desde o arranque de 2021, que caíram 2,2%, para 743 milhões de escudos (6,7 milhões de euros), enquanto o custo dos juros correntes recuou no espaço de um ano 26,5%, para 580 milhões de escudos (5,2 milhões de euros).
Globalmente, as despesas do Estado cabo-verdiano na soma de Janeiro e Fevereiro caíram 2,2% face ao valor gasto no mesmo período de 2020, para 7.272 milhões de escudos (65,6 milhões de euros), enquanto as receitas, devido à crise provocada pela pandemia, afundaram 33,1% no mesmo período, para 5.046 milhões de escudos (45,5 milhões de euros).
Inforpress/Lusa
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