Cidade da Praia, 12 Fev (Inforpress) – O Inquérito de Conjuntura no Consumidor destaca que, no 4º trimestre de 2018, o indicador de confiança no consumidor inverteu a tendência descendente do último trimestre, registando o valor mais alto dos últimos dezasseis trimestres sucessivos.
O documento que acaba de ser divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística, revela esta tendência do aumento da confiança das famílias cabo-verdianas e uma evolução positiva face ao mesmo período do ano 2017.
“Observa-se uma evolução positiva comparativamente ao trimestre homólogo. Este resultado explica-se basicamente pela apreciação positiva das famílias sobre a sua situação financeira, a situação económica do país e o desemprego para os próximos 12 meses relativamente ao trimestre homólogo”, lê-se no documento.
Entretanto, o mesmo inquérito revela que no 4º trimestre 2018, constatou-se que tanto a situação económica das famílias como a do país “evoluíram negativamente” face ao trimestre homólogo.
Os inquiridos também afirmaram que tanto os preços de bens e serviços como o desemprego no país aumentaram face ao trimestre homólogo.
Relativamente ao item poupança, 63,8 por cento (%) dos inquiridos no quarto trimestre do ano de 2018 consideraram ainda, que a actual situação económica do país não permite poupar dinheiro.
“No trimestre homólogo, esse percentual foi de 69,2%, o que representa uma diferença de 5,4 pontos percentuais entre os dois períodos”, destaca o inquérito da INE, que, por outro lado, acrescenta que 23,8% dos inquiridos afirmam ser possível poupar algum dinheiro com a actual situação económica do país, sendo que no trimestre homólogo era de 24,8%.
O documento revela também que para os próximos 12 meses, tanto a situação financeira das famílias como a situação económica do país, deverão evoluir positivamente face ao trimestre homólogo.
Para as famílias inquiridas, os preços de bens e serviços deverão aumentar enquanto, o desemprego deverá diminuir face ao trimestre homólogo.
Dos inquiridos, cerca de 79,7% dos afirmam ter a certeza absoluta que não tencionam comprar um carro nos próximos dois anos, 61,9% são de opinião que não pretendem comprar nem construir uma casa, contra 62,6% registado no período homólogo.
Enquanto isso, 1,1% dos inquiridos afirmaram com certeza absoluta que têm o propósito de construir ou comprar uma casa, contra 0,1% no período homólogo. 14,0% asseguraram que provavelmente poderão construir ou comprar uma casa nos próximos dois anos, contra 4,8% no período homólogo e 23,0% responderam “provavelmente não”, face aos 31,9% no período homólogo.
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