Cidade da Praia, 04 Out (Inforpress) – A Associação de Pais e Amigos de Crianças e Jovens com Necessidades Especiais (Colmeia) assina esta quarta-feira, 05, um protocolo de cooperação que visa dotar profissionais de competências teóricas e práticas para trabalharem com jovens com deficiência.
O protocolo, que será rubricado entre a Associação Colmeia, a APPACDM de Coimbra e o IEFP, propõe, segundo Isabel Moniz, a capacitação de profissionais das instituições cabo-verdianas referenciadas em exercício na área da deficiência, no sentido de os dotar de competências teórico e práticas, que os possibilitem intervir em articulação com a problemática da qualificação e o emprego de pessoas com deficiência/incapacidade.
“Queremos empoderar as instituições por forma a vir a trabalhar com estes na inserção dos jovens com deficiência no mercado de trabalho, uma forma de dar oportunidade a estes no mercado de trabalho”, disse à Inforpress.
Isabel Moniz, explicou ainda que ter um emprego ou trabalho, que permita alguma independência económica e social às pessoas com deficiência, é um dos melhores indicadores da qualidade de vida de qualquer pessoa.
“Quando se fala de deficiência e trabalho é difícil não pensar em desemprego e exclusão social. A verdade é que nem sempre o grau ou amplitude das deficiências e limitações físicas ou mentais apresentadas pelas pessoas com deficiência permitem a sua integração socioprofissional no emprego em mercado regular de trabalho”, indica.
Ainda a presidente da Colmeia, em Cabo Verde acrescem como constrangimentos as carências ao nível das respostas de avaliação e orientação vocacional dirigidas a pessoas com deficiência e incapacidade, no fim da escolaridade obrigatória, e as parcas respostas especializadas no apoio à qualificação profissional e emprego.
É neste contexto, sublinhou, que surge a ideia da assinatura deste protocolo tripartido, que, além de dotar profissionais das instituições cabo-verdianas referenciadas e em exercício na área da deficiência de competências teóricas e práticas, trabalhará também a deficiência intelectual, a incapacidade e o emprego.
A acção de formação deverá trabalhar ainda, temáticas sobre estratégias de avaliação, informação e orientação vocacional e laboral, ferramentas de intervenção no que concerne à promoção de percursos de inserção das pessoas com deficiência tem em consideração o seu perfil de funcionalidade e de competências, interesses e motivações, meios e recursos a mobilizar, adaptações e apoios a activar, assim como a abordagem ao tema central ferramentas a nível da qualificação e intermediação pessoa/empresa.
PC/HF
Inforpress/Fim