Cidade da Praia, 31 Mar (Inforpress)- Cerca de 40 profissionais afectos à comunicação social receberam hoje, na Cidade da Praia, os certificados após concluírem o curso em “Captação e Edição de Imagem”, que teve por objetivo optimizar a capacidade desses formandos em torno da matéria.
Trata-se de uma área fundamental para desenvolver o jornalismo actual, na visão do formador Rui Rocha, defendendo ainda que todos os jornalistas deveriam saber “captar e editar as próprias imagens”, considerando uma mais-valia na construção de uma narrativa audiovisual, no geral.
Conforme avançou, a formação de aproximadamente duas semanas correspondeu às expectativas da organização, isto porque, disse, os profissionais já apresentavam conhecimento na matéria, muito embora conseguiram assimilar novos conceitos.
“Isto é uma área que é preciso muito trabalho, para além dos conceitos teóricos, é preciso experimentar, mexer, e só demos o primeiro passo, é importantíssimo que os profissionais envolvidos não parem, isto é, se pararem de trabalhar rapidamente vão perder os conceitos”, alertou, lamentando não ter havido uma adesão forte dos jovens.
No entender de Rui Rocha, é necessário “mudar de paradigma”, visto que há “uma série de conceitos já enraizados na edição de imagens”, introduzidos principalmente por aprendizagens individuais.
“Ou seja, não há um rigor naquilo que se faz, a edição de imagem não é isso, é contar histórias, colocar as pessoas para que se sinta realmente dentro da história, portanto, essa mudança de paradigma entre contar uma história e simplesmente ilustrar um áudio foi o que trabalhamos aqui”, precisou.
O presidente da AJOC, Geremias Furtado, ao presidir ao acto de encerramento da formação, disse estar satisfeito com o interesse demonstrado pelos profissionais, porém, esperava uma adesão maior dos colegas.
“Esta foi uma das formações em que tivemos a sala mais composta, embora estejamos tristes, porque deveríamos ter mais colegas a manifestarem interesse e a participar nesta formação” descreveu.
Geremias Furtado aproveitou a ocasião e reforçou o apelo aos órgãos público e privado da comunicação social a “apostarem na formação dos seus profissionais”.
Para a jornalista da Rádio Educativa Samira Furtado, este curso veio em boa hora, uma vez que pretendem implementar um projecto televisivo.
Entretanto, pede o alargamento de duas semanas para dois ou três meses, sendo que “não é tempo suficiente para aprender os programas complexos leccionados na formação”.
“Esta formação vai nos ajudar, através da captação e edição de imagens, a montar os nossos programas, servindo para aperfeiçoar os nossos conhecimentos em jornalismo”, frisou.
Já para Gilson Varela, um profissional da área de multimédia, foi uma formação “interessante” porque permitiu interagir com os profissionais mais experientes da área.
A formação foi promovida pela Associação Sindical dos Jornalistas (AJOC) em parceria com o Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (Cenjor).
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