CENORF realiza rastreio de cancro aos amputados e pede mais acesso às consultas médicas especializadas

Cidade da Praia, 25 Dez (Inforpress) – O presidente do Centro Nacional Ortopédico e de Reabilitação Funcional (CENORF) quer que os amputados tenham mais acesso aos serviços médicos especializados e chama a atenção para os custos da marcação e atendimentos das consultas nas estruturas de saúde.

Alberto Afonso fez este apelo hoje durante o lançamento de um projecto de rastreio do cancro na cidade da Praia, dirigido a 28 homens e 26 mulheres amputados, oriundos de várias localidades da ilha de Santiago, no âmbito das actividades promovidas pelo CENORF, que visa prevenir e combater o cancro nas pessoas com deficiência.

O presidente do CENFOR pediu que se revejam as políticas de marcações de consultas e tratamento da doença que, segundo assegurou, tem um custo elevado, dada as condições em que vivem essas pessoas.

“Nós sabemos as condições de Cabo Verde e muitas vezes chegar às consultas de especialidade tem o seu custo, desde o acesso às estruturas, passando pela marcação” enfatizou, parabenizando o trabalho da Associação Cabo-verdiana de Luta Contra Cancro, na luta e combate desta doença nas pessoas com deficiência.

“Eu acho que isto vai trazer à tona o que nós precisamos perceber, dar uma atenção especial às pessoas com deficiência”, ressaltou.

Segundo este responsável, as dificuldades no acesso às consultas têm afectado o diagnóstico e tratamento precoce da doença, apesar da existência “gratuita” de algumas consultas e isenção de taxas moderadoras nos centros de saúde, defendendo a necessidade de facilitar o acesso às marcações de consultas de especialidade.

“Porque muitas vezes essas pessoas são oriundas de famílias desprovidas de condições para o fazer, quer em conhecimentos, condição financeira, caso for necessário pagar os exames complementares”, realçou, sublinhando que as consultas de especialidade vão melhorar a vida desses amputados.

O presidente do CENORF destacou as várias actividades que vem sendo realizadas pelo Centro em parceria com a Associação Cabo-verdiana de Luta Contra o Cancro, como a recente palestra sobre testes e consultas precoces do cancro de próstata realizada na sede da instituição.

LT/JMV
Inforpress/fim

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