Cidade da Praia, 26 Jan (Inforpress) – A Comissão Executiva Nacional (CEN), estrutura pastoral e administrativa para a execução e coordenação do Projeto da Celebração dos 500 Anos da Diocese de Santiago de Cabo Verde, promoveu hoje uma conversa aberta sobre a “Igreja, Fé e a Cultura”.
O evento, cujo objectivo é promover o diálogo entre a igreja, fé cristã, a cultura e a sociedade, aconteceu hoje, no salão de Banquetes da Assembleia Nacional, no âmbito das actividades alusivas ao programa de abertura do Decénio Jubilar 2023 -2032, incorporado no projeto da celebração dos 500 Anos da Diocese de Santiago de Cabo Verde.
O conferencista, o padre e vigário-geral da Diocese do Algarve, Portugal, Carlos Chantre, afirmou que esta conferência e conversa aberta serve para a troca de impressões entre Cabo Verde e Portugal sobre o papel da igreja no meio da cultura e da comunhão em que se vive actualmente, caminhando para um futuro “melhor”.
Carlos Chantre frisou também que este momento de diálogo é “importante” para a igreja de Santiago porque acontece numa altura em que se inicia o decénio de comemoração de 500 anos da sua criação, servindo para reflectir um pouco a igreja, juntamente com a fé e cultura na comunidade.
Por seu lado, o padre e presidente da Comissão Executiva Nacional do projecto da celebração dos 500 Anos da Diocese de Santiago de Cabo Verde, padre António Manuel Ferreira, assegurou que é um momento de reflexão, ocasião para os cristãos tomarem consciência do que é a igreja e depois transmitir aos outros e às suas comunidades, convidando-as a fazerem um juízo certo do que é a igreja, porque citando a Bíblia, “a igreja do Cristo é Una Santa, Católica e Apostólica” e é isso que “tem que se construir”.
Entretanto, afiançou igualmente que esta conferência serve para uma reflexão sobre a igreja, com o intuito de mostrar às pessoas o que é a igreja, a fé e entre outras coisas dentro da igreja.
“Com este projecto, pretende-se também preparar esta celebração em 2030, com objectivo de trabalhar para fortalecer uma igreja de discípulos e missionários que conhecem e vivem a sua história, sob o lema “Estarei sempre convosco e Diocese de Santiago 500 anos de uma igreja consciente e missionária”, explicou.
Por outro lado, a mesma fonte considerou que actualmente se vive uma cultura de “achismo”, em que todas as pessoas agem e dão a sua opinião e muitas das vezes incorrecta sobre a igreja. Por isso, explicou que com esta conversa pode-se dar um “mote” de que a igreja é Corpo de Cristo e que cada cristão pertence à igreja.
O programa da Celebração dos 500 Anos da Diocese de Santiago de Cabo Verde teve início no dia 22 do corrente e culmina no dia 29, com a celebração solene pontifical da Abertura do Decénio Jubilar.
DG/JMV
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