Cabo Verde alinhado com a visão da OMS de integrar a medicina tradicional em todas as áreas dos serviços de saúde – ministro

Cidade da Praia, 18 Jul (Inforpress) – O ministro da Saúde, Arlindo Rosário, disse hoje que Cabo Verde está alinhado com a visão da OMS de integrar a medicina tradicional em todas as áreas dos serviços de saúde, baseada na sua segurança, eficácia e qualidade.

Arlindo do Rosário fez esta consideração, durante o seu discurso de encerramento da formação de terapias características de medicina tradicional chinesa, acto que teve lugar na Cidade da Praia.

Na ocasião, o governante explicou que o arquipélago está a dar os primeiros passos nesta matéria, a definir o caminho a percorrer e trabalhar para seja com garantias e a conhecer as experiências dos países que já integraram a medicina tradicional nos seus sistemas de saúde.

Com vista a introdução da medicina tradicional chinesa no sistema nacional de saúde, Arlindo do Rosário apontou várias etapas a serem ultrapassadas, nomeadamente a definição de uma politica nacional de medicina tradicional, a criação de um quadro jurídico para a prática da medicina tradicional e a elaboração do plano estratégico, de implementação do código de ética para os praticantes.

Além disso, constatou também a necessidade da criação na orgânica do Ministério da Saúde, de um gabinete nacional de medicina tradicional, nomeação de uma comissão de peritos, legislação e regulamentação sobre a sua prática, implementação de um sistema de registo, autorização de comercialização de medicamentos.

“Há vontade política, há engajamento dos profissionais e há interesse manifestado pela sociedade cabo-verdiana, para que ele seja percorrido e bem”, sublinhou.

O ministro fez referência ainda que nos últimos anos, a nível mundial, tem vindo a alargar-se a lista de países que legislaram e definiram uma política nacional sobre a medicina tradicional e que integraram a sua prática, em regime de complementaridade com a medicina convencional nos seus serviços nacionais de saúde.

Conforme indicou, a medicina tradicional de qualidade comprovada contribui para assegurar o acesso de todas as pessoas aos cuidados de saúde e é uma ferramenta que se integra nos cuidados universais de saúde, uma das três componentes do XIII programa de trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Revelou também que no continente africano, de 2000 a 2017, o número de países com políticas de medicina tradicional aumentou de oito para 40 e o número de países com programas de medicina tradicional elevou de dez para 36.

A formação de terapias características de medicina tradicional chinesa teve início na semana passada e terminou hoje. Nela participaram 31 formandos, dos quais um representante de Guiné-Bissau, dois de Angola e os restantes de nacionalidade cabo-verdiana.

HR/CP

Inforpress/Fim

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