Cabo Verde vai contar com 900 mil dólares para o reforço da segurança alimentar em Santo Antão e Santiago

Cidade da Praia, 12 Ago (Inforpress) – Cabo Verde e a FAO assinaram hoje, na Cidade da Praia, um acordo de financiamento que disponibiliza ao País 900 mil dólares para o reforço da segurança alimentar e nutricional nas ilhas de Santo Antão e Santiago.

Esse montante é disponibilizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o governo da Bélgica, em decorrência da “tripla crise” que o País vem enfrentando, e financia projectos de emergência e segurança alimentar em Cabo Verde, como um plano de respostas e protecção às famílias pobres e do sector informal.

Na ocasião, o ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, reiterou que essa iniciativa se insere na estratégia do Governo para a mitigação dos efeitos da “tripla crise” na segurança alimentar e nutricional em Cabo Verde.

De acordo com o ministro, o objectivo é reforçar a resiliência e acudir às demandas e às necessidades da população que mais sofre com os efeitos dos quatro anos de seca, da pandemia da covid-19 e da guerra na Ucrânia.

“Cabo Verde é um país que espelha muito bem aquilo que são os efeitos das mudanças climáticas no mundo, a covid-19 ainda tem os seus efeitos (…)  assim como a guerra na Ucrânia, que fez subir os preços dos combustíveis, dos cereais e dos fertilizantes” precisou.

Por isso, apontou que esse projecto vem ajudar a dar respostas no reforço da resiliência e permitir uma intervenção mais directa nas ilhas mais afectadas pela crise, ajudando as famílias com possibilidades de poderem trabalhar e ganhar mais rendimentos.

Por sua vez, a representante da FAO em Cabo Verde, Ana Touza, disse que a segurança alimentar é uma das prioridades das Nações Unidas e lembrou que um dos objectivos do desenvolvimento sustentável é acabar com a fome e promover uma agricultura sustentável.

Ana Touza constatou que Cabo Verde vive um momento “delicado” em matéria de segurança alimentar e que poderá deteriorar ainda mais nos próximos tempos, “caso não sejam tomadas medidas preventivas e urgentes para salvaguardar a acessibilidade alimentar”.

“Face à avaliação conjunta realizada em Abril de 2022 (…)  foi elaborado um plano de dois anos para prevenir uma maior deterioração e responder às necessidades urgentes”, apontou a responsável.

Por isso, avançou, surgiram esses dois projectos, sendo o primeiro com o fundo dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), no valor 250 mil dólares, e o segundo, financiado pelo governo da Bélgica no valor de 400 mil dólares.

“Há ainda um terceiro projecto com o fundo da FAO, no valor de 250 mil dólares, que será assinado em breve, totalizando 900 mil dólares, dos quais 750 mil serão disponibilizados pela FAO, conjuntamente com o Ministério da Agricultura”, acrescentou.

OM/HF

Inforpress/Fim

 

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