Cabo Verde tem consciência de que deve e pode contribuir para o desenvolvimento da CEDEAO

Cidade da Praia, 09 Mai (Inforpress) – A ministra da Justiça, Joana Rosa, disse hoje que Cabo Verde tem consciência de que, mesmo numa pequena dimensão, deve e pode contribuir para o desenvolvimento da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

“Temos consciência que, mesmo numa pequena dimensão, também podemos e devemos contribuir para o desenvolvimento de uma região que é nossa, que nos pode valorizar muito e que certamente também sairá reforçada com o contributo desta nação pequena em dimensão, mas grande de carácter, de cultura e de ambição”, afirmou.

Joana Rosa discursava na abertura da Conferência Internacional “Modelo de Integração na CEDEAO”, que está sendo realizada pelo Tribunal de Justiça da CEDEAO na cidade da Praia.

Ainda nas suas declarações, a governante realçou que o caminho da integração do arquipélago tem sido, várias vezes, dificultado pelas especificidades de Cabo Verde e pela circunstância de, não raras vezes, o País não ter os conhecimentos suficientes e bastantes para agir assertivamente.

“Devemos, contudo, reconhecer que há uma vontade genuína de acertar passos, um engajamento político mais intenso e uma representação institucional mais bem enquadrada. Temos procurado uma aproximação mais intensa com as instituições da CEDEAO e esta Conferência Internacional, que está a ter lugar aqui na Praia é um exemplo disso”, ressaltou.

Joana Rosa frisou ainda que para Cabo Verde, a integração regional desejada é a “mais ampla” possível e deve realizar-se sempre considerando as especificidades territoriais, populacionais, económicas e culturais do País.

Para a governante, a integração política e institucional é um desafio imediato.  Entende ainda que a presença assídua e sistemática do arquipélago em todos os órgãos e organizações da CEDEAO, a participação efectiva nos processos de tomada de decisão, o preenchimento dos postos políticos e administrativos que lhe cabem, aliados ao fortalecimento de relações bilaterais e de interesses são factores que melhorarão o desempenho de Cabo Verde, neste quesito.

Na integração económica, disse, as acções de Cabo Verde devem ser orientadas por “uma postura mais actuante, melhor clarificada e mais exigente em questões” como a união aduaneira, a moeda comum, o desenvolvimento dos transportes aéreos e marítimos, a livre circulação, a aproximação legislativa, o comércio e as novas tecnologias.

“Para potenciar a integração económica, é preciso ainda promover a integração a nível de desenvolvimento do capital humano, na educação e formação, na investigação e desenvolvimento tecnológico e na promoção e capacitação dos nossos empresários”, afirmou Joana Rosa, completando que neste particular “é fundamental” promover e incentivar iniciativas que integrem os homens de negócios cabo-verdianos nos grandes projectos empresariais, actuais e futuros, à escala da sub-região.

Joana Rosa afirmou também que será igualmente necessário dar uma “atenção especial” à integração de sectores como a cultura e o desporto que, com visão clara, podem e devem ser considerados factores de desenvolvimento económico.

A ministra da Justiça advogou ainda que numa região tão rica e diversificada do ponto de vista histórico e cultural, com grandes potencialidades humanas a nível desportivo, torna-se imperativo o aproveitamento desses sectores como oportunidades económicas de grande alcance; que podem aproximar os povos, as instituições e os agentes e constituir-se em pilares fundamentais de integração regional e um forte instrumento de afirmação africana.

GSF/ZS

Inforpress/Fim

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