Cabo Verde tem “condições intangíveis importantes” para acomodar e se impulsionar como um país líder digital – primeiro-ministro

Cidade da Praia, 23 Mar (Inforpress) – O primeiro-ministro considerou hoje que Cabo Verde tem “condições intangíveis importantes” para acomodar e se impulsionar como um país líder digital, justificando factores como estabilidade, boa governação e confiança do País.

Ulisses Correia e Silva fez estas afirmações hoje, quando discursava na abertura da primeira edição da ‘Leadership Summit’ Cabo Verde, na Assembleia Nacional, na Cidade da Praia, iniciativa que já percorreu os palcos de Portugal e Brasil, sob o lema “Nova liderança digital”.

Segundo considerou, a estabilidade, a boa governação e a confiança do País são “factores importantes” para qualquer decisão de crescimento, quer pelo investidor nacional, quer pelo investidor estrangeiro, pois traduz-se na confiança enquanto “elemento fundamental” da decisão de quem investe e de quem quer continuar o seu investimento.

“A nível da educação, da formação, talento dos jovens, do cosmopolitismo dessa abertura”, indicou, tendo argumentado que o facto de o arquipélago ter uma “vasta diáspora” por si diz tudo, pois significa um conjunto de competências que são importantes para o desenvolvimento de qualquer actividade, particularmente da área do digital.

Durante a sua intervenção, Ulisses Correia e Silva apontou que Cabo Verde tem uma estratégia para o digital, um ecossistema favorável, infraestruturas de telecomunicações, Internet de dados em desenvolvimento, assim como um “bom funcionamento” a nível da África no que se refere à economia e à governança digital.

Daí reconhecer a pertinência deste tema “Nova liderança digital”, para quem a economia e a transformação digital são para o Governo “a alta prioridade”, de modo que, completou, está a refletido no programa do Governo e no Plano Estratégico do Desenvolvimento Sustentável (PEDS).

Em nome do Governo disse estar ciente de que a conectividade digital é “um factor transformador” da realidade das ilhas, pela condição arquipelágica, podendo “ganhar muito” como o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação.

Entretanto, reconheceu que é preciso criar condições para se garantir a redução das assimetrias, levando qualidade de serviço para todo o território nacional.

“Ainda ontem tivemos um debate sobre a transferência, de como é que a transformação digital pode contribuir para isso, disponibilizar à distância de um clique informações que os cidadãos precisam, até para avaliar, fiscalizar e ter informação”, lembrou.

Avançou ainda que apesar de algumas dessas informações serem disponibilizadas pelo Ministério das Finanças, o Governo está a trabalhar um portal de transparência, “que é mais global”, para que todas as operações do Estado, que são de interesse público, possam ter dados abertos e disponíveis aos cidadãos.

A Cimeira aberta hoje pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e encerrado, neste primeiro dia, pelo Presidente da República, José Maria Neves, decorrerá hoje e sexta-feira, 24, na Assembleia Nacional e no Campus Universitário de Cabo Verde, numa iniciativa entre a empresa Tema Central de Portugal e o The Office de Cabo Verde.

ET/AA

Inforpress/Fim

Facebook
Twitter
  • Galeria de Fotos