Cabo Verde quer montar “sistema robusto” de prevenção e combate à ciber-criminalidade – Olavo Correia

Cidade da Praia, 22 Nov (Inforpress) – O vice-primeiro ministro, Olavo Correia, disse hoje que Cabo Verde quer edificar um “sistema robusto” de prevenção e de combate à ciber-criminalidade,  com investimentos a nível das instituições judiciais,  visando garantir “capacidade interna”.

O também ministro das Finanças e do Fomento Empresarial e ministro da Economia Digital fez esta afirmação à imprensa, à margem do workshop de implementação de uma equipa de resposta à Incidentes de Segurança Informática (CSIRT), organizado pela Agência Reguladora Multissectorial da Economia (ARME), em parceria com a Resposta da África Ocidental sobre Ciber-segurança e Luta contra o Ciber-crime (OCWAR-C).

Segundo o governante, Cabo Verde está a “fazer muito” em matéria da promoção da ciber-segurança e também do combate ao ciber-crime.

Conforme informou, o País tem “instituições sólidas”, quer a nível da Polícia Judiciária (PJ), da Polícia Nacional (PN) e de todo o sistema judicial, mas também uma política de aposta nas tecnologias de informação e comunicação.

“Visam garantir uma capacidade interna, a nível dos equipamentos, recursos humanos e de um quadro legal, para que Cabo Verde possa dar o seu contributo à escala regional e global”, assinalou, frisando a necessidade de um sistema informático “mais seguro e mais previsível”.

Acrescentou que o País está a trabalhar com parceiros internacionais, nomeadamente a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América, entre outros, para edificar um ”sistema robusto”, de “prevenção, repressão e combate” à ciber-criminalidade em Cabo Verde.  

“Temos estado a fazer progressos importantes no combate ao ciber-crime, mas ainda há um caminho a percorrer, por isso é que estamos no quadro da cooperação a adquirir mais equipamentos, a formar recursos humanos, a investir nas instituições em termos de soluções tecnológicas”, precisou Olavo Correia.

Nesta linha, afiançou, há toda uma infra-estrutura institucional legal criada, mas que precisa ser “mais solidificada”.

“Nos próximos tempos teremos as melhores condições, pois estamos a fazer um forte investimento financeiro para que tenhamos um sistema forte de combate à ciber-criminalidade”, reiterou.

O presidente da ARME, Isaías Barreto, por sue lado, afirmou que a ciber-segurança é hoje “fundamental” e requer “o engajamento de todos”, tratando-se da “maior ameaça à escala mundial” para as empresas.

Conforme os dados que apresentou, só em 2021, a nível mundial, os custos relacionados com incidentes de segurança informática e ciber-criminalidade atingiram os seis triliões de dólares, enquanto a África subsariana perde anualmente dois mil milhões de dólares.  

“Mesmo em Cabo Verde, recentemente, tivemos um ataque à rede do Estado com impactos bastante negativos para todos”, salientou.

Esta iniciativa conjunta entre ARME e OCWAR-C, resulta do facto de Cabo Verde integrar esta equipa para a Resposta da África Ocidental sobre a Cibersegurança e Luta contra o Cibercrime, um projecto implementado pela Agência Francesa de Cooperação Técnica Internacional – Expertise France, ao abrigo de um acordo de financiamento entre a UE e a CEDEAO.

Assim, Cabo Verde foi escolhido como País-piloto, para implementar este projecto que visa, justamente, dar respostas rápidas à problemática de segurança cibernética e luta contra a criminalidade, através da sensibilização das pessoas para questões de segurança informática e criação de um centro de monitorização e combate ao ciber-crime.

HR/AA

Inforpress/Fim

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