Cidade da Praia, 14 Jun (Inforpress) – A directora nacional de Saúde, Maria Luz Lima, disse hoje que em África Cabo Verde está “bem classificado” em termos de indicadores de saúde e que há a necessidade de se fazer mais trabalhos para os melhorar.
Aquela responsável fez estas revelações à imprensa à margem da conferência “As políticas de saúde e a evolução dos indicadores de saúde em Cabo Verde”, que está a decorrer na cidade da Praia.
Instada sobre a criação da junta das evacuações de doentes para Portugal, esclareceu que se está a criar uma equipa médica conjunta que terá as funções de avaliar os doentes enviados a Portugal para o tratamento.
“Havendo lá uma junta permanente, as pessoas podem ser retornadas para continuarem o tratamento aqui e, caso haja necessidade, regressam a Portugal” , precisou Maria da Luz Lima, para quem o protocolo assinado entre a Direcção Nacional de Saúde e a sua congénere portuguesa visa “facilitar a gestão da evacuação externa dos doentes”.
Por sua vez, a directora-geral de Saúde de Portugal, Graça Freitas, avançou que, neste momento, o que se pretende é constituir junta médica mista, em que clínicos cabo-verdianos, que trabalham e residem em Portugal, juntamente com os seus colegas lusos, analisam os processos das pessoas que já foram vistas e tratadas para decidirem a sua integração em Cabo Verde “o mais precocemente possível”.
Segundo Graça Freitas, estas juntas mistas vão permitir que os doentes possam voltar ao país de origem e serem acompanhados e, se a situação clínica deles agravar, voltarão a Portugal.
“Estamos a trabalhar juntos para agilizar um processo que vai ser bom para os cidadãos de Cabo Verde”, indicou a directora-geral de Saúde de Portugal, para quem este sistema não só reduz custos, como também evita o “afastamento demasiado grande do paciente da família e do seu próprio meio”.
Na sua perspectiva, Cabo Verde tem uma “capacidade instalada muito boa” em termos de médicos e enfermeiros.
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