Cidade da Praia, 17 Jun (Inforpress) – O ministro da Saúde anunciou hoje que Cabo Verde está a trabalhar para definir uma política nacional para os laboratórios, criar laboratórios de referência e de controlo de qualidade e elaboração de planos estratégicos como instrumentos orientadores.
Arlindo do Rosário fez este anúncio na cerimónia de abertura do IV Congresso de Controlo da Qualidade Laboratorial para os Países de Língua Portuguesa que decorre, na Cidade da Praia, de 17 a 18 de Junho sob o tema “laboratórios da CPLP na melhoria da qualidade laboratorial”.
Entretanto, na sua intervenção, o governante lembrou que os passos que estão a ser dados para a melhoria laboratorial em Cabo Verde vem também responder às recomendações da Organização Mundial da Saúde no sentido de os países formularem políticas nacionais laboratoriais e garantir o funcionamento adequado dos mesmos.
“O Congresso de Controlo da Qualidade Laboratorial dos países da nossa comunidade está a decorrer, este ano, sob o signo da pandemia do Sars-coV-2 e num formato em que nem todos desejariam”, disse o ministro agradecendo a Portugal pela cooperação exemplar durante esta pandemia e ao Instituto Ricardo Jorge que, apesar da pressão do seu país, não deixou de apoiar Cabo Verde.
A representante do Secretário de Estado da Saúde de Portugal, Ana Correia, que considerou o momento como “importante” e elogiou a cooperação entre o Instituto Ricardo Jorge de Portugal com o Instituto Nacional da Saúde Pública em Cabo Verde, afirmou que a colaboração entre os dois países tem sido centrada em três pontos chaves: capacitação técnica de recursos humanos, a cooperação técnico-científica e a investigação.
“Esta é uma cooperação que já vem de longos tempos, mas que tem sido fortemente construído e solidificado com os anos em vários sectores e no apoio material com vacinas e outros”, realçou reafirmando o apoio de Portugal em continuar a ajudar e cooperar no combate à covid-19.
Por seu turno, o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Cabo Verde, Hernando Agudelo, lembrou que o peso de doenças prioritária de surtos epidemiológicos e outras continuam a desafiar o sistema existente na sub-região, e sublinhou que a OMS tem feito recomendações no sentido da criação de normas nacionais para a qualidade laboratorial e a implementação de programas relevantes para sistemas de qualidade referentes a laboratórios.
“Foi acordado um processo gradual assente em normas com vista a uma acreditação reconhecida internacionalmente e recomendou-se aos países, com recursos limitados, que sigam numa abordagem por etapas, enquanto os laboratórios de referência continuam a trabalhar para melhor garantia”, disse.
O Congresso, que decorre em formato presencial e online, tem como objectivo contribuir para a harmonização de procedimentos e metodologias de controlo da qualidade na área do diagnóstico laboratorial.
O programa do congresso prevê a realização de minicursos pré-congresso por via on-line sobre noções básicas de estatística, validação e verificação de métodos, controlo da qualidade interna, avaliação externa da qualidade, cálculo do erro total e de incertezas, avaliação do seis sigma, legislação aplicada a laboratórios clínicos, referenciais normativos, gestão de não conformidades e indicadores da qualidade e gestão de risco.
PC/HF
Inforpress/Fim