Mindelo, 19 Fev (Inforpress) – A Guarda Costeira cabo-verdiana vai coordenar a zona do Golfo denominada “Zona G” do exercício multinacional “Obangame Express 2019 “ em que, além de Cabo Verde, participam Gâmbia, Senegal e Guiné-Bissau.
Conforme informou o director de Operações, capitão de patrulha da Guarda Costeira, Silvino Chantre, a coordenação será feita pelo Centro de Operações de Segurança Marítima (COSMAR), na Cidade da Praia e pelo Centro Conjunto de Coordenação de busca e salvamento, no Mindelo, responsáveis pelos exercícios realizados na “Zona G”, em que participam Senegal, Guiné-Bissau, Gâmbia e Cabo Verde.
A “Zona G”, segundo a mesma fonte, representa uma das partes envolvidas no exercício multinacional “Obangame Express 2019”, que decorre de 08 a 23 de Março, na costa oeste africana, com participação de marinhas e guardas costeiras de 29 países de África, da América do Norte e do Sul.
“São sempre oportunidades para proporcionar capacidade treino e para os militares ganharem proficiência e em casos reais estarem aptos para actuar”, explicou o capitão de patrulha, adiantando que, além da coordenação, Cabo Verde participa com o navio patrulha Guardião e um pelotão de abordagem composto por oito efectivos.
Durante o exercício, vai-se promover, ajuntou, uma “troca de dados e de experiências” para combater ilícitos como a pesca ilegal, não autorizada e não declarada, tráfico de armamento, migração clandestina, tráfico humano e de drogas, pirataria e ainda busca e salvamento.
Da parte de Cabo Verde, como disse Silvino Chantre, estas experiências têm sido adquiridas em “grande parte” de operações e exercícios feitos em conjunto com “marinhas amigas”, como por exemplo a do Brasil, que cooperou, na última semana com o Guardião e proporcionou várias oficinas a bordo do navio-patrulha oceânico brasileiro “Araguari”.
“Não se faz segurança de uma forma isolada, então é preciso desenvolver na base da segurança cooperativa, tendo outras marinhas amigas e parceiras a aproximarem-se de Cabo Verde”, lançou o responsável, acrescentando que a Guarda Costeira serve destes exercícios para “corrigir” as falhas e estabelecer “melhores padrões” de conhecimento na área da segurança marítima.
Recentemente a Guarda Costeira participou em actividades de treinamento com Portugal, no mês passado, e agora está prevista, segundo a mesma fonte, uma acção semelhante com a marinha dos Estados Unidos da América, em meados do mês de Março.
“Estes exercícios têm o objectivo de desenvolver as rotinas e perícias operações por parte do pelotão de abordagem e proporcionar oportunidades de treino à Guarda Costeira e guarnição do navio patrulha Guardião”, reiterou, adiantando que nestes anos toda a guarnição da Guarda Costeira, composta por cerca de 200 militares, já foi envolvida.
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