Abuja, 13 Dez (Inforpress) – A Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) não está a aplicar a tarifa comum a Cabo Verde, tendo em conta a situação que atravessa neste momento, por ser um país insular e turístico.
A informação foi avançada pelo presidente da Comissão da CEDEAO, Jean-Claude Kassi Brou, em declarações aos jornalistas, em Abuja, Nigéria, à margem da 60ª sessão ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, que aconteceu no domingo.
“Os países da CEDEAO têm uma tarifa extremamente comum, mas tendo em conta a especificidade de Cabo Verde, essa tarifa não é implementada, para que o país, gradualmente, possa ajustar, por ser insular e com a principal actividade, o turismo”, explicou.
Conforme explicou, Cabo Verde pode desenvolver o turismo não só nas ilhas do Sal e da Boa Vista, mas também nas outras, avançando que o país irá ter investimentos para receber o fluxo do turismo da CEDEAO, nomeadamente em épocas baixas, ou seja, que não recebe os turistas dos países da Europa.
Em relação aos projectos que a CEDEAO tem para Cabo Verde, Jean-Claude Kassi Brou apontou a infra-estarutura portuária para a ligação entre Cabo Verde e os países da sub-região, através de Dakar, Senegal.
Segundo ele, este projecto atrasou-se por causa da pandemia da covid-19, mas garantiu que será retomado em breve.
“Muito mais importante que as infra-estruturas é a relação económica entre os empresários cabo-verdianos e o resto da CEDEAO que tem cerca de 400 milhões de pessoas”, considerou.
Jean-Claude Kassi Brou assegurou que os empresários cabo-verdianos podem ter oportunidades nos outros países da CEDEAO e que o comércio entre as partes [Cabo Verde e os restantes países da CEDEAO] é “muito importante”.
Os Estados-membros da CEDEAO são Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
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