Cidade da Praia, 19 Set (Inforpress) – O Governo decidiu instalar um destacamento militar e colocar “de forma permanente” uma embarcação da Guarda Costeira na ilha da Brava para cobrir a zona oeste (Fogo e Brava), conforme anunciou hoje a ministra da Defesa, Janine Lélis.
Janine Lélis, que falava hoje em conferência de imprensa para anunciar o início do processo de reforma das Forças Armadas, frisou que esta acção resulta da implementação do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Guarda Costeira (2017-2027) aprovado e em vigor.
“Sem dúvida que as circunstâncias recentes determinaram que precisássemos de esta planificação. Neste sentido, uma delegação da Guarda Costeira esteve na ilha Brava a fazer um estudo que suportou esta decisão. Já temos orçamento garantido para o efeito e vamos iniciar a sua implementação brevemente”, disse.
Tudo isto, avançou, tem o intuito de garantir maior vigilância e fiscalização marítima, de realizar mais operações de busca e salvamento, fazer maior controlo e repressão de actividades ilícitas no mar, e de apoiar na protecção civil, bem como nas evacuações médicas para melhor responder às necessidades e exigências sociais de um país arquipelágico como é Cabo Verde.
“A garantia da operacionalidade e prontidão dos meios da Guarda Costeira demonstram ser fundamentais. Assim, será dada uma particular atenção ao planeamento dos ciclos de manutenção dos navios deste ramo”, acrescentou.
Janine Lélis disse ainda que, neste momento, já existe um imóvel, que está sendo disponibilizado por um particular para receber um grupo de militares que compõem o destacamento, precisa-se, entretanto, fazer o equipamento dessas instalações.
A governante afirmou que já se fez, inclusive, a avaliação daquilo que seriam as condições do próprio cais de Furna e que já há a garantia do orçamento, bem como também uma embarcação identificada.
“É uma das embarcações que fazem parte da Guarda Costeira e que está destinada à busca e salvamento”, informou.
Janine Lélis reiterou, entretanto, que as decisões de transferência de doentes sempre partirão e serão decididas pelos serviços competentes de saúde e a nova estrutura estará ali para apoiar.
“Numa lógica de rede integrada e aglutinadora, esse destacamento é ali colocado para garantir o cumprimento das missões da Guarda Costeira que são de vigilância, busca e salvamento e protecção cível, por isso que, necessariamente, terá que haver essa conjugação de esforços com todas as entidades que têm responsabilidade, seja a nível da protecção civil, salvamento, evacuação médica para que a resposta possa ser sistemática, aglutinada e que realmente traga mais valia”, explicou.
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