Brava: Psicóloga defende que a prevenção é a “melhor arma” para lutar contra o abuso e exploração sexual de menores

Nova Sintra, 23 Mai (Inforpress) – A psicóloga do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) defendeu hoje em Nova Sintra, que a prevenção é a “melhor arma” para combater o abuso e a exploração sexual de menores, alertando que é “preciso denunciar”.

Mileida Cabral fez este alerta em declarações à Inforpress, após uma conversa aberta com alunos da Escola Secundária Eugénio Tavares sobre o abuso e a exploração sexual, com enfoque na prevenção.

Segundo a mesma fonte, a intenção e o objectivo foi mostrar aos alunos e adolescentes as estratégias que devem ter sempre presentes, assim como as noções dos toques e como devem agir em caso de terem conhecimento de algum caso de abuso ou exploração sexual, e os procedimentos que os levam a um profissional.

A psicóloga deixou claro que toda a sociedade de A a Z possui a sua quota-parte e deve dar o seu contributo para combater este “mal social” que está a afectar a sociedade bravense e o país em geral.

“Todos devemos trabalhar na prevenção, sobretudo os pais”, disse a mesma fonte, destacando que estes devem ter “cuidados redobrados” para com os seus filhos, estabelecer uma comunicação clara com eles, estabelecer regras e limites “principalmente” nesta era da tecnologia, estabelecendo limites de tempo para o uso de telefone e internet, assim como o controlo dos conteúdos que estão a ter acesso.

E quando depararem com alguma mensagem ou conteúdo inconveniente para a idade destes, Mileida Cabral aconselha aos pais ou encarregados de educação ou quem quer que seja a denunciar estas situações de forma a pôr um fim e servir de alerta para outros possíveis casos.

Mas, para iniciar este trabalho, a psicóloga realçou que é preciso dotar as crianças de estratégias, incentivá-las a conhecerem o seu próprio corpo, delimitar onde podem ser tocadas ou não, os pais devem vigiar as crianças e adolescentes onde brincam/estudam ou com quem, mas também comunicar com os filhos para estes poderem ter confiança e abrir com eles sempre que necessário.

Para as crianças e adolescentes pede-lhes que prestem atenção neles mesmos, para não deixar ninguém lhes tocar, não aceitar ofertas, e aos adolescentes que fiquem atentos, principalmente na questão das redes sociais, nos conteúdos que partilham e para não exporem tantas informações pessoais na internet.

Este tema suscitou bastante interesse no seio dos estudantes que saíram “mais informados” sobre a questão dos toques, as formas de prevenção e como agir em caso de algum alerta.

Nayara Ramos, uma aluna do grupo que participou nesta conversa, afirmou que é um tema que deve ser trabalhado e divulgado com mais frequência, principalmente para incentivar e encorajar alguns adolescentes que possam estar a sofrer abusos a denunciare tais situações ou a procurar apoio em pessoas de confiança. Segundo esta aluna, saíram com conceitos “mais esclarecidos”, assim como aprofundaram os seus conhecimentos em algumas áreas.

MC/JMV
Inforpress/Fim

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