Nova Sintra, 04 Set (Inforpress) – A organização do festival da garoupa realizado hoje em Fajã d´Água fez um balanço “extremamente positivo” do evento, realçando que conseguiu cumprir os objectivos traçados e o público contribuiu para o resultado.
Em declarações à Inforpress, Cátia Delgado, cheff e gerente do restaurante Espaço 7, um dos promotores do evento contou que deram início às actividades por volta das 13:00 e mesmo com chuva houve uma “grande participação” da população bravense, e os pratos confeccionados esgotaram por volta das 18:00.
Conforme a mesma fonte, quando deram início ao evento, começaram por apresentar as garoupas, onde o pessoal da Biflores, outra parceira promotora do evento, fez uma pequena apresentação sobre o pescado que seria utilizado, como foi feito a pesca, o tamanho e as outras questões relacionadas com a legislação sobre a pesca da garoupa.
Segundo a cheff do restaurante Espaço 7, foram também apresentados os pratos que seriam confeccionados e os pedidos não paravam até que a quantidade de peixe que tinham disponível para este evento esgotou.
“Mesmo com chuva o local está lotado e já não temos quase nada de pratos disponíveis porque tudo caiu no agrado do público”, disse Cátia Delgado, reforçando que agora este será um festival que vai ser organizado anualmente nesta localidade, para “promover” esta aldeia turística da ilha.
Igualmente, Gelson Monteiro, biólogo da associação Biflores demonstrou a sua satisfação pelo “sucesso” do evento, acrescentando que conseguiram passar a mensagem sobre a importância da preservação da vida marinha e do eco-sistema, mas também falar sobre outras acções da Biflores no mundo terrestre.
Do mesmo modo, explicou que a associação é uma Organização não Governamental, sem fins lucrativos, e o que foi arrecadado com este festival será utilizado para a realização de algumas actividades e a outra parte será guardada para a próxima edição do festival.
Explicou ainda que o trabalho de sensibilização se encontra enquadrado no projecto pesca sustentável, que surgiu com o financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), em parceria com a Biosfera de São Vicente, onde também estão a ser realizadas outras actividades dentro do projecto, elencando a monitorização da vida marinha, guardiões do mar já que o festival vai chegar mais perto de todos.
Os pescadores que participaram desta acção destacaram que “aprenderam muito”, considerando que foi uma “mais-valia” para a profissão, uma vez que o pescado utilizado para este festival lhes mostrou que “a prática de uma pesca sustentável não é tão difícil e até contribui para mais riquezas no mar”, pois, não poderiam pescar garoupas com menos de 27 centímetros e só era permitido a utilização de linha para esta pesca.
Da parte dos participantes, a opinião foi unânime de que acções do tipo “devem ser realizadas mais vezes, não sendo somente numa época específica”, até porque, como evidenciou Sónia Baptista, participante e moradora da localidade de Fajã d´Água, esta actividade serviu não só para mostrar a quantidade de riqueza em termos de garoupa que a localidade possui, mas também para mostrar aos bravenses a importância de ter um eco-sistema saudável.
MC/ZS
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