Nova Sintra, 24 Jun (Inforpress) – A Fundação para o Desenvolvimento Sustentável da Brava e a Câmara Municipal da Brava rubricaram um protocolo de reforço das parcerias para trabalharem de “mãos juntas” e com um único objectivo.
O documento foi rubricado pelo presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, e pelo presidente da Fundação para o Desenvolvimento Sustentável da Brava, José Gonçalves.
Em declarações à Inforpress, Francisco Tavares disse que este protocolo vai “balizar as relações” entre a autarquia e a Fundação, que têm muitos objectivos em comum, o principal dos quais, assinalou, o desenvolvimento sustentável da ilha.
“A câmara municipal reconhece todos os méritos nos objectivos da Fundação, na forma como quer implementar o seu plano de acção que fará a Brava ganhar”, apontou o autarca, salientando que a câmara tinha que “abraçar” uma Fundação deste género e que traz consigo, enquanto membros, bravenses residentes, bravenses em outras ilhas e na diáspora.
Considerou ainda que á uma Fundação com projectos “estruturantes e grandes” para o desenvolvimento da Brava, daí a “satisfação” enquanto presidente da Brava ter assinado este protocolo em função do desenvolvimento da ilha.
José Gonçalves, por seu lado, indicou que se trata de um protocolo transversal, em que se comprometeram institucionalmente a colaborar nas várias vertentes, sublinhando que a Brava possui “muitas necessidades” e as vias do desenvolvimento passam pelo Governo, a administração local, privados e também a sociedade civil.
Daí, explicou, a Fundação é “um instrumento, uma voz da sociedade civil, residente e na diáspora”, e também uma forma de angariar recursos, traçar planos de acção e oportunidades para resolver os problemas que a Brava tem.
“Se o Governo tem acesso a mais recursos internos e externos, a câmara municipal também tem, uma Fundação da parte da sociedade civil também terá acesso a outras fontes de recursos que complementam aquilo que faz as outras partes”, sustentou a mesma fonte, que anunciou que assim, todos juntos, vão colaborar para o desenvolvimento e grandeza da ilha.
José Gonçalves, que foi ministro da Economia Marítima e ministro do Turismo e Transportes na anterior legislatura, realçou que a ilha Brava possui potencial, e a Fundação acredita nisso, embora tenha estado numa trajectoria “infelizmente de diminuição”, basta ver como está a regredir a nível populacional, em que o último censo contou 5.600 habitantes.
Perante este cenário, avançou que é preciso inverter a marcha, e a forma de o fazer é colaborar junto com os poderes centrais e autárquicos e a sociedade civil, de forma a fazer a Brava desenvolver o seu potencial e melhorar o bem-estar, não só da ilha, mas para a sua gente residente e na diáspora.
Garantiu ainda que a Brava vai ser “o modelo de ilha sustentável” para Cabo Verde e servirá para outras ilhas “e quiçá outros países”.
O acto de assinatura teve como principais testemunhas o ministro das Comunidades, Jorge Santos, e o ex-presidente da República Jorge Carlos Fonseca, que é um dos membros fundadores da Fundação para o Desenvolvimento Sustentável da Brava.
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