Nova Sintra, 12 Ago (Inforpress) – A vereadora responsável pela área do Saneamento, Domingas Coelho, avançou hoje que a autarquia, em parceria com alguns pastores da ilha, iniciam ainda esta semana uma operação para capturar cães vadios que têm causado diversos transtornos e prejuízos.
Em declarações à Inforpress, a responsável sublinhou que já passaram aviso em todas as comunidades, tendo sido colocado comunicados em alguns locais estratégicos em cada comunidade, para além de avisos que estão a ser difundidos com carro de som.
Domingas Coelho acentuou que “todas as pessoas já têm conhecimento que todos os cães devem estar em casa e amarrados”.
Após o início dos avisos, salientou que algumas pessoas que não tinham aderido à campanha de registo de cães já procuraram os serviços para tal, mas reforçou que a informação que têm vindo a passar é que mesmo que os cães estejam registados, se forem apanhados sem nenhuma identificação ou coleira são considerados “cães selvagens”.
Avançou ainda que os materiais já estão praticamente todos preparados e estão a contar com o apoio de um grupo de pastores que já se demonstrou disponível para apoiar na captura.
Aliás, realçou que foi uma reivindicação da classe, tendo em conta os elevados prejuízos causados pelos cães vadios que lhes têm dizimado o gado.
Ao recolher os cães, disser que vão colocá-los num local já preparado e estabelecem um prazo de 48 horas caso alguém quiser resgatar o seu cão que foi apanhado na rua, mediante pagamento de uma multa que varia entre os 1000$00 e os 10.000$00.
A decisão da captura dos cães saiu de um último encontro entre o presidente da Câmara Municipal da Brava com os pastores de Cachaço, onde num período de 15 dias já tinham procurado a Câmara por duas vezes, demonstrando-se “desespero” ao verem o gado ser dizimado por cães vadios.
Na altura, em declarações à Inforpress, o edil bravense, Francisco Tavares, considerou que dava para entender o desespero do grupo, daí a necessidade de passar para uma nova fase para solucionar o problema.
“Temos de ser claros. A câmara da Brava não possui condições para alimentar todos os cães vadios da ilha por mais do que dois dias e neste período, os donos dos cães que desejarem tirar os seus animais do espaço devem dirigir-se à câmara, para o reconhecimento dos cães para poder levá-los para casa”, explicou Francisco Tavares na altura.
O autarca sublinhou que caso não forem recolhidos terão de ser “abatidos”, justificando que nem na ilha nem no País “há outra solução”.
“Por mais que seja uma solução dolorosa, mas ver o desespero dos jovens que passam meses de seca a labutarem com os seus animais para depois verem o gado a ser dizimado por cães vadios é doloroso”, finalizou o autarca.
MC/JMV
Saneamento do meio, Inforpress/Fim