Nova Sintra, 18 Out (Inforpress) – O artesão Beto Diogo desafiou o grupo de 21 jovens formados em “técnica produtiva de artes em cabedal” a se auto capacitarem e auto afirmarem-se no mercado artesanal através da prática e produção de peças.
Em declarações à Inforpress após a exposição das peças produzidas durante os 13 dias de formação, Beto Diogo realçou que a formação foi de 75 horas e, do que seu ponto de vista, “teve um bom impacto”.
Segundo o artesão os jovens “não saíram capacitados, mas sim formados para se irem auto-capacitando”, pois, conforme explicou estes já estão formados e agora, cabe a cada um dos formandos encará-lo da sua forma e levá-lo adiante, porque “dentro de 75 horas não se pode dizer que ficaram capacitados”.
E assim, diz esperar que cada um destes recém-formados consiga auto-afirmar-se e que em breve possam ser bons artesãos, de acordo com as suas capacidades, reforçando que com a exposição feita no final do dia de hoje foi possível ver a satisfação destes jovens e o interesse em continuar para que a Brava possa ter um artesanato local.
À Câmara Municipal, Beto Diogo pede para continuar com esta dinâmica, apostando na formação dos jovens porque, justificou, é somente assim que se pode combater o desemprego e outros males sociais, através de acções concretas.
Helena Pina, uma das formandas considerou que esta formação foi “muito boa”, enfatizando que sempre teve o desejo de participar em algo do tipo.
Aproveitou para agradecer o artesão que disponibilizou o seu tempo para trabalhar e ensinar-lhes, assim como as entidades que lutaram para que esta acção de formação saísse do papel, comprometendo-se a continuar a trabalhar em casa ou onde surgir oportunidade.
Igualmente, Daviny Pires, uma outra jovem formanda disse que esta formação foi “muito vantajosa”, realçando que já se sente capacitada e capaz de começar a praticar, andando com seus próprios pés, desafiando os outros colegas a se unirem para trabalharem juntos como uma forma de apresentarem uma marca só.
Questionada sobre esta iniciativa de se unirem, explicou que é uma forma de valorizar a formação e de trabalharem unidos para apresentarem um trabalho único e conjunto aos bravenses e aos que visitam a ilha, confiante que é um produto que terá o seu espaço, valor e saída no mercado local, nacional e quiçá no exterior.
A formação iniciou no passado dia 05 de Outubro, financiado pelo PNUD.
MC/HF
Inforpress/Fim