Cidade da Praia, 19 Jan (Inforpress) – O edil boa-vistense estabeleceu quarta-feira, 23, como prazo para resolver o realojamento de cerca de 30 famílias que se encontram abrigadas no polidesportivo de Seixal, por causa do incêndio que deflagrou quarta-feira, no bairro da Boa Esperança.
À imprensa, José Luís Santos disse que a alternativa passa por realojar as pessoas socorridas em casas alugadas ou colocá-las nas habitações do “Casa para Todos”, de classe A, alegando “que já pertencem a câmara municipal, transferidas pelo Governo, recentemente”.
O autarca fez saber que estas habitações ainda não foram habitadas porque a Estação de Tratamentos de Águas Residuais (ETAR) construída pela autarquia, ainda não se encontra em funcionamento, reafirmando que desde a primeira hora a autarquia tem estado a acompanhar de perto a situação.
Os realojados, na sua maioria jovens e chefes de famílias, dizem estar mais preocupados com alternativa a ser encontrada para habitarem do que com os pertences perdidos durante o incêndio que consumiu nove habitações, deixando sem acomodação cerca de 30 familiares, de forma a retomarem as suas actividades laborais.
José Luís Santos informou que o incêndio consumiu nove barracas, uma criança teve de receber tratamento no Centro de Saúde, por inalação de fumo e queimaduras consideradas ligeiras, mas assegurou à Inforpress que a situação esteve controlada, com as pessoas a serem assistidas “em tempo real”.
O bairro da Boa Esperança, outrora denominado bairro da Barraca, é neste momento o maior centro populacional da “ilha das Dunas”, albergando a grande maioria da população proveniente da ilha de Santiago e da costa ocidental africana, que trabalha na construção civil e nas unidades hoteleiras da ilha.
Este bairro tinha sido vitima de outros incendiados nos anos 2000 e 2004.
SR/CP
Inforpress/Fim