Sal Rei, 02 Dez (Inforpress) – A delegada de Educação da Boa Vista desdramatizou hoje os alegados casos de ataque de pânico e desmaios de alunos no liceu e pediu para se evitar criar histórias e alarmismos à volta da situação que garantiu será resolvida.
Risandra Gabriel fez esta observação aos meios de comunicação social quando abordada para falar sobre registos de supostos casos de pânico e desmaio de alunos no liceu da ilha da Boa Vista.
Segundo denúncias de alguns pais e encarregados de educação o cenário “é crítico”, mas negam prestar declarações alegando preservação da imagem dos filhos.
Antes de qualquer tipo de abordagem sobre o assunto, a responsável de educação na Boa Vista considera que se deve ter serenidade e evitar alarmismos que, ao seu ver, podem trazer uma outra dimensão ao que está a acontecer e que, não merece ser dada.
“Primeiramente pedimos à comunidade educativa para estar calma e serena”, solicitou, garantindo que a escola tem dentro das suas competências tomado algumas medidas para tentar trazer a tranquilidade para o estabelecimento de ensino.
E para tentar ultrapassar este problema, explicou que, há no liceu três psicólogos que identificam os alunos que têm sido alvo dos ataques para que deem seguimento em acompanhamento na Delegacia de Saúde da ilha.
“Acima de tudo, pedimos serenidade (…). A mente dos adolescentes como da população tem sido fértil em que a cada hora ouvimos histórias que, na verdade, não estão acontecendo”, advertiu, reiterando para se precaver de criar um clima de alarme nos próprios alunos e adolescentes.
Risandra Gabriel informou que têm agendado na segunda-feira, um encontro com a Delegacia de Saúde e os psicólogos para tratar um plano de acção para resolver esta questão, e ajudar a comunidade educativa a retomar a tranquilidade dentro do recinto escolar.
Questionado sobre o envolvimento de pais na resolução da situação, Risandra Gabriel lamentou o “desinteresse” de alguns pais nestes casos.
Explicou que quando qualquer aluno tem sinal de má disposição, a escola entra em contato com os responsáveis dos alunos, mas muitas vezes estes alegam falta de tempo para se inteirar do assunto, acompanhá-los para casa, e ou para a Delegacia de Saúde.
“A escola não pode trabalhar sozinha, é preciso que todos façam as suas partes. Isto é uma responsabilidade que não é somente da escola, o cuidado da saúde de um aluno passa primeiramente pela família, dos pais e encarregados de educação”, notou.
A delegada de Educação da Boa Vista fez saber que vão reunir-se também com os pais e encarregados de educação dos alunos para ver o que é necessário fazer para travar os casos de ataque de pânico e desmaios de alunos no liceu da Boa Vista.
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