Sal Rei, 21 Nov (Inforpress) – Associação Cabo-verdiana da Luta Contra o Cancro (ACLCC) e núcleo da Boa Vista lamentaram a fraca adesão de homens na caminhada Novembro Azul que aconteceu hoje num percurso pelas artérias da cidade de Sal Rei.
Os dirigentes da ACLCC e do seu órgão local bem como os participantes na caminhada Novembro Azul fizeram esta observação à comunicação social à margem da actividade organizada pela quarta vez na ilha da Boa Vista, para sensibilizar os homens sobre o cancro de próstata.
A presidente da ACLCC, Cornélia Pereira, sublinhou a importância deste género de caminhadas, que a seu ver ajudam a levar informação a toda a comunidade sobre a preocupação de se prevenir a doença com rastreio.
“Esperávamos ter mais homens, isto porque continuamos a ter cada vez mais mulheres do que homens nas marchas”, observou, indicando que há que continuar a trabalhar na sensibilização para com a camada do sexo masculino.
Daí lançou o repto às esposas, mães, filhas e companheiras para levarem esta mensagem e ajudem no aumento de adesão de homens a este tipo de acção de sensibilização.
A dirigente da ALCC alertou para que o cancro de próstata é uma das maiores causas de morte a nível nacional, pelo que reiterou a importância das marchas, sobretudo quando realizadas pelas artérias e ruas da cidade de Sal Rei, onde as informações por vezes chegam em menor escala.
“É um prazer estar aqui nesta marcha na sequência da posse ontem do núcleo da ACLCC da Boa Vista, um grupo dinâmico que com certeza vai continuar esta acção de sensibilização e socialização dos problemas relacionados com câncer de mama, útero e próstata”, pontuou.
A recém-empossada a presidência do ALCC na Boa Vista, Raquel Lima, fez observações positivas sobre o número de participantes na caminhada, quando comparadas com o ano passado, em que, conforme relembrou, a adesão ficou aquém das expectativas.
Entretanto, a enfermeira lamentou a fraca adesão de homens ao evento, que registou participação na maioria de mulheres, pelo que assegurou que há trabalho a fazer no terreno para, no próximo ano, inverter e mudar este cenário.
“Os elementos deste grupo recentemente empossado pedem o engajamento de toda a população da Boa Vista, porque este núcleo não é somente da direcção, mas sim de todos os boavistenses e dos que vivem na ilha”, propôs.
Pela segunda vez, a participante, Ernestina Lima, que se fez acompanhar do marido, considerou que o companheiro está consciente sobre a luta contra cancro da próstata, e que por isso sempre têm vindo a incentivá-lo e a outras pessoas para este tipo de actividades sobre estas doenças que têm surgido no seu meio familiar.
“Tenho hábito de fazer os meus controlos, inclusive já fiz exames de despiste de cancro de próstata”, confirmou o marido António Lima, alegando que se deve procurar saber sempre sobre o estado de saúde, porque, conforme acautelou, “quanto mais cedo melhor porque às vezes poderá ser tarde de mais”.
“O que me trouxe à caminhada é que acho que a luta contra o câncer deve ser jogada por todos na prevenção”, afirmou o participante Emídio Vieira, que lamentou a fraca adesão de pessoas na ilha a este tipo de iniciativas.
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