Cidade da Praia, 18 Mai (Inforpress) – O ministro adjunto para a Integração Regional disse, hoje, que Cabo Verde deve trabalhar mais para se destacar na “família” francófona em África, de forma “mais sistémico” e segundo o olhar que o arquipélago quer ter no futuro do continente.
Júlio Herbert fez estas considerações no acto de apresentação, esta manhã, do painel “Francofonia: Uma ponte para a integração económica em África”, no 26ª Assembleia Parlamentar Regional de África da Francofonia (APF), a decorrer na Cidade da Praia.
“Cabo Verde se quiser destacar na família da francofonia em África deverá destacar-se de forma mais sistémico e segundo o olhar que o arquipélago quer ter no futuro do continente africano e no contexto internacional”, precisou.
Para isso, salientou, o país tem de melhorar e estabelecer bases para o destaque que quer ter a nível da África, começando por melhorar a visão estratégica com mecanismos virados para uma presença e utilidade multidirecional e polo oceânica.
Ainda Júlio Herbert, é preciso que os africanos assumam de forma séria e concreta a regionalização e a integração.
“A ideia de uma África unida é antiga, desde os Panafricanistas cujo objectivo era a solidariedade e unidade africana através de um projecto de desenvolvimento económico e social que permitisse a reconquista dos recursos do continente e as capacidades humanas para o bem-estar das suas populações”, frisou.
No seu discurso, o governante cabo-verdiano lembrou ainda que o processo de integração da África iniciou há já alguns anos com o plano de Acção de Lagos que aprovou a planificação Económica do continente, o Tratado de Abuja que estabeleceu a Comunidade Económica de África, a criação de Organizações Económicas Regionais e a União Africana tem dado passos no sentido de uma verdadeira Governação da União Africana.
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