Cidade da Praia, 18 Mai (Inforpress)- As Associações Acarinhar e Colmeia passam a beneficiar de Centros de Cuidados e Reabilitação das Pessoas com Deficiência, com a assinatura hoje da adenda ao protocolo de cedência e utilização dos espaços com o Governo.
Considerando o papel das organizações da sociedade civil na materialização das políticas públicas ao sector da Inclusão Social das pessoas com deficiência, através da celebração desta adenda ao protocolo, o Governo, através do Ministério da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, decidiu ceder mais dois espaços comerciais em Cidadela a estas Associações.
Os espaços devem funcionar como Centros Nacional de Cuidados e Reabilitação das Pessoas com Deficiência, visando dar resposta adequada e eficiente às crianças e jovens com necessidades especiais e suas famílias.
Para a presidente da Associação de Pais e Amigos de Crianças e Jovens com Necessidades Especiais (Colmeia), Isabel Moniz, é uma satisfação enorme receber este novo espaço, uma vez que, afirmou, vai permitir alargar um trabalho em desenvolvimento com os jovens na condição de deficiência.
“Nós pretendemos trabalhar o conteúdo reabilitação funcional desses jovens como oficinas e este trabalho exige um espaço maior, condigno, também trabalhar com algum sigilo em relação às respostas”, disse, frisando que o espaço onde trabalham com estas crianças e jovens com deficiência já não vasão a todas as demandas.
Segundo asseverou, o objectivo da Colmeia é que as crianças, os jovens e as respectivas famílias tenham acompanhamento, salientando que o novo espaço vai permitir reforçar um trabalho com o qual estão a preparar os jovens a nível do despiste vocacional.
A presidente da Associação das Famílias e Amigos das Crianças com Paralisia Cerebral, Teresa Mascarenhas, considerou que se trata de um momento que vai marcar a nova etapa para a Acarinhar, que apesar de completar há poucos dias 16 anos de existência, nunca teve um espaço próprio para executar as suas actividades.
“Passamos por vários momentos nómadas, e para nós cada mudança de espaço significa um retrocesso para as nossas crianças. Mas, com o novo espaço, para nós será um passo de extrema importância, porque vamos ter a oportunidade de trabalhar com um grupo de jovens num projecto em que estamos na fase de mobilização de parcerias”, sustentou.
Congratulou-se com a cedência do mesmo, prometendo tudo fazer que que seja bem utilizado, da mesma forma que se mostrou aberta a dividi-lo com outras associações que possam precisar também para realizar as suas actividades.
Por sua vez, a secretária de Estado de Inclusão Social, Lídia Lima, assegurou que o Governo gostaria de estar a apoiar muito mais associações, de modo que tem feito de tudo para cada vez mais reforçar as suas actuações naquilo que tem estado a desenvolver, em termos de projectos de intervenção na área de deficiência, direcionada sobretudo à infância.
“O Ministério da Família tem vindo a reforçar também em termos financeiros todo o montante financeiro que é transferido às associações. A subvenção financeira foi praticamente duplicada de 2015 a 2022, de maneira que estamos a fazer um esforço”, afiançou, reconhecendo as dificuldades que as associações enfrentam.
ET/JMV
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