Cidade da Praia, 11 Nov (Inforpress) – A Associação Comunitária Amigos de Safende almeja que daqui há dois anos o bairro de Safende, arredores da Cidade da Praia, esteja livre de todos os problemas que o rodeiam e ainda pretende transformar as dificuldades em oportunidades.
A informação foi avançada hoje à Inforpress, pela presidente da associação, Elisângela Silva, no âmbito da realização do 5º Fórum Pensar Safende, que visa preparar esta comunidade para celebrar o 50º aniversário, em 2020, livre de problemas.
Com os problemas identificados desde 2010, nomeadamente desemprego, acesso fácil álcool e outras drogas, habitação precária, falta de infra-estruturas sociais e a pobreza, a organização quer agora durante este fórum encontrar formas de combate-los de uma vez por todas.
Segundo essa líder comunitária, o bairro de Safende tem potencialidades e tem jovens capacitados e capazes de eliminar ou diminuir essas dificuldades, mas para isso, assegurou, é necessário um “djunta mó” de toda a comunidade.
“No bairro temos recursos próprios, e é só aproveitar esses recursos e transforma-los em oportunidades, onde podemos fintar, principalmente, o desemprego. Podemos criar projectos em que chefes de famílias desempregadas podem ser beneficiados e a própria comunidade pode financiar as famílias na criação dos seus negócios” indicou.
Um dos temas em debate neste fórum é a “Segurança e Coesão Social -Tornar Safende num bairro realmente seguro: Desafios e Oportunidades”.
Para Elisângela Silva, quem conhece Safende de há dois anos “vê, claramente”, que hoje este bairro está cada vez mais seguro, mas a intenção é que ao celebrar o 50º aniversário da sua existência, haja pessoas à circularem sem medo e a viverem em plena segurança.
“Governança comunitária – que modelo para alargar e aprofundar a colaboração na comunidade?” foi outro tema em discussão, e, segundo a conferencista Hermen Freire, já é chegado o momento de introduzir novos padrões comunitários, para que haja mais desenvolvimento comunitário.
A mesma fonte defendeu que uma das mudanças deve passar por profissionalizar os recursos humanos das associações que têm vindo a trabalhar como voluntariado, isto é capitalizar os recursos humanos de forma profissionalizada.
Outra perspectiva é que as organizações comunitárias devem acompanhar as mudanças tecnológicas, apostar em empoderamento para orientação, isto é, um líder comunitário deve ter a capacidade de extrair todo as potencialidades e talentos dos jovens para o bem da comunidade e deve empoderá-lo, mas para servir a comunidade.
Apontou ainda que outros modelos que devem ser agregados pelos líderes passam por formar novos lideres, fazer o trabalho de proximidade com a comunidade e trabalhar em rede com outras comunidades.
“Se os problemas são os mesmos devem juntos atacar um determinado problema numa zona e depois reaplicar em outras zonas, com isso estaremos a canalizar recursos e tempo. No trabalho de proximidade, a própria comunidade deve levar para o seu líder os problemas que acontecem nas suas ruas”, advogou.
AM/CP
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