António Pedro Costa Delgado enumera em obra literária desafios para educação médica em Cabo Verde

Cidade da Praia, 02 Dez (Inforpress) – O médico reformado e professor universitário no curso de Medicina da Universidade de Cabo Verde, António Pedro Costa Delgado, lançou hoje, na cidade da Praia, um livro onde enumera desafios para a educação médica no arquipélago.

Em declarações à Inforpess, o autor frisou que o livro “Educação Médica em Cabo Verde: Desafios” mostra que há desafios que se prendem com o contexto do país, uma vez que Cabo Verde é dividido em ilhas, com muito mar, que une, mas que separa também.

“Então, desde logo não se pode pensar numa política de educação médica e de colocação dos médicos de uma forma uniforme. É preciso ter em conta as especificidades de cada ilha neste processo todo”, defendeu.

Conforme disse, não se consegue ter em cada ilha todos os serviços necessários, por isso, acredita que é preciso atravessar o mar, que tem coisas boas, mas também aspectos negativos.

“Hoje, Cabo Verde é considerado como um dos grandes países oceânicos, pela quantidade de mar que tem à volta dessas ilhas e, portanto, isto cria algumas dificuldades”, completou.

António Pedro Costa Delgado afirmou ainda que há desafios ligados à prestação de cuidados de saúde.

“Nós temos que também considerar estas questões para podermos encontrar uma solução condizente para que cada pessoa tenha acesso aos serviços de saúde no sentido de se chegar à cobertura universal”, advogou.

Questionado se a obra é uma crítica ao sistema de saúde cabo-verdiano, o autor responde que é uma análise crítica que mostra pontos positivos, pontos menos positivos e pontos negativos.

“Eu faço a análise da realidade e aponto os desafio que se precisa vencer”, vincou.

Finalizando, frisou que o ensino da Medicina em Cabo Verde “começou e começou bem”, mas que é um processo que está em curso.

“Agora o que eu digo é que este processo precisa a cada ano ser revisto por quem de direito para nós não cairmos na facilidade das rotinas, procurando retirar ensinamentos e ir corrigindo o que precisa ser corrigido”, concluiu.

GSF/JMV
Inforpress/Fim

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