ACACV defende introdução do ensino de cinema nas escolas básicas do país (c/áudio)

Cidade da Praia, 22 Out (Inforpress) – O presidente da Associação de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde quer ver as crianças a criarem gosto pelo cinema e neste sentido defende a inserção do ensino de cinema nas escolas básicas do país.

Mário Benvindo Cabral falava em entrevista à Inforpress no âmbito da preparação de uma formação para as crianças, dominada de programa DOC For Kids, que acontece de 13 a 19 de Novembro, na Cidade da Praia, em parceria com a Associação Portuguesa para Documentário (APORDOC).

Conforme explicou, trata-se de um programa de oficinas que promovem a aproximação do documentário às crianças e aos jovens, através do visionamento de filmes acompanhados com reflexão e debate, em paralelo com propostas que materializem algumas das ideias suscitadas pelos mesmos.

A associação quer formar o público para que as salas de cinema do país estejam cheias, mas para isso defendeu que há que criar um “bichinho de curiosidade” nas crianças, pois só assim poderão alcançar essa meta.

“A nossa ideia é também inserir o cinema nas escolas e de alguma forma há que começar e pensamos que uma das formas de se começar é introduzir conteúdos que têm a ver com o audiovisual nas escolas. Este é um primeiro passo e acredito que (…) teremos pessoas com gosto e crianças com vontade de fazer algo ligado ao cinema”, acrescentou.

Esta oficina, que está inserida dentro na programação do “Plateau – Festival Internacional de Cinema” e destinada às crianças dos 07 aos 16 anos, será orientada pela formadora Sara Marques, mas caberá à Câmara Municipal da Praia seleccionar as escolas e as crianças que vão participar.

Explicou ainda que a formação tem uma duração de cinco dias e abrangerá 12 crianças por dia, em que terão a oportunidade de fazer alguns trabalhos com câmara fotográfica, câmara de vídeo e alguns materiais de captação do som.

Ainda no âmbito de um protocolo assinado entre a ACACV e a APORDOC, numa segunda fase, especialistas de Portugal vão estar, no próximo ano, em Cabo Verde para ministrarem uma formação sobre a programação de festivais.

“Para se fazer festival é preciso ter programadores, e isto é uma das dificuldades que notamos em Cabo Verde. Sendo eles organizadores de festivais e de outras actividades têm esse know how (saber fazer) e queremos aproveitar essa capacidade técnica para fazermos andar as coisas em Cabo Verde”, disse, informado que a APORDOC é uma entidade portuguesa responsável pelo maior festival internacional de cinema de Portugal, o DocLisboa,

Mário Benvindo Cabral informou ainda que este protocolo tem a duração de dois anos e que ainda há oportunidades de serem contemplados com workshop mais técnicos ligados a área do som e organização de projectos, edição de vídeo e operação de câmara.

AM/ZS

Inforpress/Fim

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