Mindelo, 08 Jun (Inforpress) – O secretário de Estado da Economia Marítima, Paulo Veiga, considerou hoje, no Mindelo, que a reutilização do plástico deve ser visto como “desígnio” nacional, ainda mais para um país oceanográfico como Cabo Verde.
O governante, que falava na abertura do ciclo de conferências realizado hoje, no Mindelo, pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas (INDP).para assinalar o Dia Mundial dos Oceano, começou por lembrar que o oceano afigura-se como “o pulmão do planeta, fornece mais de metade do oxigénio que respiramos” e consome cerca de “um quarto do dióxido de carbono”.
Por isso, sintetizou, há que “mimá-lo”, especialmente para um estado oceânico como Cabo Verde, recordou aquele governante.
Assim, numa alusão ao tema da comemoração, “Prevenir a poluição por plástico e encorajar soluções para o oceano”, Paulo Veiga considerou ser importante a participação de todos nessa protecção.
“O que é preciso é sensibilizar cada um de nós, cada um de nós pode fazer a diferença, isso é um facto. Se deixarmos de utilizar o plástico da forma que estamos a utilizá-lo, ajudamos a proteger os oceanos”, afirmou o secretário de Estado, quer se baseia em dados disponibilizados pela Nações Unidas, segundo os quais um milhão de toneladas de plástico vai parar aos oceanos num ano.
“O problema não é o plástico, o problema somos nós que o utilizamos uma vez e depois deitámos fora “, concretizou.
Por isso, o Governo mostra-se, segundo a mesma fonte, “empenhado” em sensibilizar a sociedade cabo-verdiana nesse aspecto.
“Também estamos a trabalhar com o Ministério do Ambiente o reforço da legislação para a importação e reutilização de plásticos para irmos para os biodegradáveis”, adiantou o secretário de Estado, que disse estar em fase de estudo a forma de o pôr em prática, mas também a fiscalização.
Nesta senda, conta-se apostar em campanhas, conferências, workshops e “muitas outras formas de sensibilização”, já que, como enfatizou Paulo Veiga, a reutilização do plástico tem que se afigurar como “um desígnio nacional”, uma vez que Cabo Verde é ” um grande país oceânico e depende muito dos oceanos”.
O ciclo de conferências organizado pelo INDP, contou ainda com painéis que versaram sobre a oceanografia, e pesca, a problemática dos plásticos nos oceanos e os desafios que o país tem pela frente nessa matéria.
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