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Tarrafal: Activista defende a necessidade de os jovens conhecerem história do Campo de Concentração para se ter a real noção das raízes

São Nicolau: Câmara Municipal do Tarrafal felicita Ultramarina pela conquista do campeonato regional de futebol

Brava: População mostra-se satisfeita com o início das obras de calcetamento na Rua da Cultura

Sociedade Médica Cabo-verdiana dos EUA apresenta relatório preliminar das patologias da comunidade em Massachusetts

25 de Abril: Osvaldo Lopes da Silva e Cristina Fontes Lima compartilharam relatos de opressão e liberdade

25 de Abril: Osvaldo Lopes da Silva e Cristina Fontes Lima compartilharam relatos de opressão e liberdade

Cidade da Praia, 24 Abr (Inforpress) – Osvaldo Lopes da Silva e Cristina Fontes Lima recordaram hoje, na cidade da Praia, suas experiências durante os eventos históricos que culminaram no 25 de Abril de 1974, um marco importante na história de Portugal e suas ex-colônias.
 
Na véspera dos 50 anos do 25 de Abril, Osvaldo Lopes da Silva e Cristina Lima foram os convidados da segunda sessão do Encontros com História, uma conversa aberta e informal, com a qual se pretende um fim de tarde de encontros com a memória e com o futuro. Trata-se de uma rubrica do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) IILP que vai ocorrer mensalmente.

Osvaldo Lopes da Silva, figura conhecida e reconhecida na sociedade cabo-verdiana pelos contributos que conferiu à luta de libertação e em diversos cargos públicos no pós-independência, tendo integrado o núcleo de deputados à primeira Assembleia Nacional, que aprovou a declaração da independência de Cabo Verde.

Em declarações à imprensa, Osvaldo Lopes da Silva destacou a importância do 25 de Abril no contexto internacional mais amplo, ressaltando sua origem na Guiné e a ruptura dos equilíbrios militares e políticos que levaram à queda do regime autoritário em Portugal.

“Após uma série de reveses enfrentados pelo general Spínola em meados de 1973, durante seu primeiro mandato, ele se viu diante de uma encruzilhada. Ao se reunir com o então primeiro-ministro, Marcelo Caetano, Spínola apresentou duas opções: o reforço substancial das forças militares ou uma solução política que envolveria negociações com o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde)”, lembrou.

No entanto, Caetano rejeitou ambas as alternativas, alegando não ter possibilidade de fornecer mais efectivos para Guiné.
“Essa recusa por parte do governo português levou a uma quebra no relacionamento entre os militares e o poder político. Os militares sentiram-se compelidos a desobedecer ao comando civil, e foi assim que nasceu o movimento que culminou no 25 de Abril”, afirmou Osvaldo Lopes da Silva.

 “No 25 de Abril encontrava-me no workshop em representação diplomática e nessa altura quando ocorreu 25 de Abril, a luta na Guiné pode-se dizer que tinha sido transferida de plano militar para o plano diplomático, a situação estava suficientemente madura do ponto de vista militar para a grande ofensiva depois da proclamação do Estado da Guiné”, recordou.

“E a minha função na altura era justamente junto das autoridades mauritanas garantir o reconhecimento dos países árabes ao novo Estado que tinha sido declarado na Guiné”, completou Osvaldo Lopes da Silva.
O mesmo enfatizou ainda que esse momento histórico não apenas marcou uma virada na história de Portugal, mas também representou uma luta conjunta dos povos das colônias portuguesas, incluindo a Guiné, e do próprio povo português, em busca de liberdade, justiça e igualdade.

Cristina Fontes Lima, por sua vez, que vivia em Angola na época, descreveu uma juventude marcada pela inquietação diante das injustiças e opressões que testemunhava, inspirada por sua educação cristã a acreditar na igualdade e dignidade para todos.

 Para ela, o 25 de Abril trouxe respostas esperadas, ecoando a voz da liberdade e apontando para um mundo onde a opressão não teria lugar.
 
TC/JMV
Inforpress/Fim

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São Vicente: Zona infra-estruturada de Quinta de Sant´Anna inaugurada na quinta-feira

Mindelo, 24 Abr (Inforpress) - A Zona Infra-estruturada da Quinta de Sant'Anna vai ser inaugurada nesta quinta-feira, dotando São Vicente de uma zona com aproximadamente oito hectares, 202 lotes de terreno “totalmente equipados” dos serviços básicos e áreas de lazer.

De acordo com nota do Governo, o acto está marcado para o final da tarde e será presidido pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, contando com a presença da ministra das Infra-estruturas, Eunice Silva, e do presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves.

A Urbanização Quinta de Sant'Anna, na zona de Ribeira de Julião, representa um investimento de mais de 290 milhões de escudos e abrange uma área aproximada de oito hectares (equivalente a oito campos de futebol), com 202 lotes de terreno infra-estruturados, com áreas entre 146 a 384 metros quadrados.

A quinta, segundo o executivo, está “totalmente equipada” com redes de água, saneamento/esgotos e electricidade, e negativos para a rede de telecomunicações e apresenta também iluminação pública com lâmpadas LED.

Está também equipada com passeios em pavês, vias de circulação em betão betuminoso, sinalização horizontal e vertical, parque infantil, placa desportiva multi-uso, estacionamentos públicos e espaços verdes.

Entretanto, antes da inauguração, o chefe do Governo cumpre outros pontos do seu programa de deslocação a São Vicente para tomar pulso dos investimentos em andamento na ilha, a começar pelo descerramento da placa para a obra de construção de moradias sociais na zona do Iraque, também na Ribeira de Julião.

A zona, conforme a nota do Governo, receberá um projecto habitacional numa área total de 6.720 metros quadrados, que abrigará 54 habitações geminadas de tipologia T2 (em blocos de 4 e blocos de 2 moradias), com varanda e quintal, além de uma área interna destinada a actividades de convivência e lazer, com um parque infantil e uma praça.

A infra-estrutura, segundo a mesma fonte, “prioriza o conforto, a funcionalidade e, sobretudo, os aspectos ambientais”.

Na mesma zona, Ulisses Correia e Silva e sua comitiva também visitará as obras das 236 habitações sociais.

Já na sexta-feira, o primeiro-ministro visita as obras em Alto Bomba, e as obras na Baía das Gatas, que se encontram em fase final.

LN/CP

Inforpress/Fim

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Metereologia

VÍDEOS

Sociedade Médica Cabo-verdiana dos EUA apresenta relatório preliminar das patologias da comunidade em Massachusetts

Cidade da Praia, 24 Abr. (Inforpress) - Hipertensão, obesidade, diabetes, anemia e depressão são as patologias mais detectadas na comunidade cabo-verdiana em Massachusetts (Estados Unidos da América), segundo o resultado do estudo preliminar divulgado hoje no Palácio do Governo pela Sociedade Médica Cabo-verdiana dos EUA.

O estudo sobre a análise descritiva da Saúde das comunidades cabo-verdianas em Massachusetts, que envolveu cerca de 12 mil pacientes dos 18 aos 75 ou mais anos, foi tornado público hoje no âmbito da missão dos médicos especialistas da Sociedade Médica Cabo-verdiana dos Estados Unidos da América, que se encontram em Cabo Verde.

O presidente da Sociedade Médica Cabo-verdiana dos EUA, Júlio Teixeira, enalteceu a importância do estudo, ressalvando que a organização que dirige desempenha um papel importante na advocacia da comunidade cabo-verdiana nos EUA de forma que se torne um bom consumidor da saúde e compreender melhor os problemas da saúde da população, enquanto espelho em Cabo Verde.

“Há vários factores importantes para serem feitos estudos e a nossa sociedade tem esta vertente e esta missão de promover a pesquisa”, explicou, afirmando que a missão a Cabo Verde permite a promoção e a elevação da saúde, mediante o diálogo com os colegas residentes.

Ao apresentar o estudo, submetido ao Conselho Ético e aprovado, reconheceu que muita gente procura soluções de saúde nos EUA através da evacuação informal, razão pela qual a sociedade pretende fazer o diagnóstico do impacto das evacuações informais, sobretudo para países como Portugal, França e Senegal.

Já a médica internista integrante desta sociedade, Leny Dias Cunha, residente em Boston, explicou que no âmbito deste estudo, foi levado em conta diferentes sectores desde a ambulatórios na obtenção de cuidados primários de saúde, passando pelo internamento/hospitalização e visitas aos serviços de urgência.

Sublinhou que a comunidade cabo-verdiana em Massachusetts se serve de clínicas comunitárias, na sua grande maioria, por causa de um seguro público, enquanto outra pequena parte recorre às clínicas privadas.  

Com o seu escritório principal localizado em Massachusetts, nos EUA, a Sociedade Médica Cabo-verdiana dos EUA, fundada em 2022, pretende manter e promover o património cabo-verdiano e expandi-lo de uma forma progressiva, profissional e científica.

Tem ainda a missão de promover a investigação relativa às questões médicas e científicas, encorajar, assistir, apoiar e contribuir para estudos de ideias científicas, bem como actualizar os novos métodos científicos, elevar os padrões de formação e fazer progredir a prevenção de doenças, de modo a preservar a saúde.

A Sociedade Médica Cabo-verdiana dos EUA tem realizado algumas missões em Cabo Verde, com participação de médicos especialistas em diferentes áreas para prestação de consultas gratuitas à população em Cabo Verde e tem realizado anualmente conferências no sector.

O estudo foi presenciado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que aproveitou o momento para enaltecer a importância deste estudo, desta missão médica e o papel da diáspora na Nação cabo-verdiana, ao mesmo tempo que manifestou o engajamento do Governo neste processo em busca de uma boa parceria.

SR/JMV
Inforpress/Fim
 

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Tarrafal: Activista defende a necessidade de os jovens conhecerem história do Campo de Concentração para se ter a real noção das raízes

Tarrafal, 24 Abr (Inforpress) – Cláudio Sousa, jovem tarrafalense, defensor, militante, historiador, activista político e social no município, defende que os jovens cabo-verdianos e não só devem conhecer a história do Campo de Concentração para entender as raízes.

O jovem falava em entrevista à Inforpress nas vésperas da comemoração dos 50 anos da Revolução de 25 de Abril, conhecida também como Revolução dos Cravos, considerando que é preciso ter conhecimento desta parte da história para se saber como foi o sacrifício para a liberdade de Cabo verde, reforçando que essa história não abrange somente Cabo Verde, mas também outros países africanos e Portugal.

“O Campo de Concentração tem grandes histórias que deveriam ser divulgadas e preservadas, para que as novas gerações possam saber que as pessoas morreram na luta, sofreram, para que hoje fossemos livres”, disse, sublinhando que a luta deve continuar.

A prisão, segundo este jovem, “simboliza barreiras ultrapassadas” para a liberdade vivenciada hoje, sem riscos de represálias por divergências de pensamentos.

Para manter esta história viva, sugere que se poderiam ser realizadas algumas actividades, programas e projectos, junto das escolas, nomeadamente palestras, oficinas com recriação de imagens de ex-combatentes que passaram pelo Campo de Concentração para mostrar às gerações vindouras as “grandezas históricas do município do Tarrafal”.

A nível pessoal referiu que está a desenvolver um projecto junto da UNESCO, WHV – Tarrafal Freedom Camp, que tem como objectivo mostrar aos munícipes tarrafalenses e ao mundo inteiro o que é realmente Tarrafal.

“Se for analisado e valorizado bem poderia acrescentar um valor na história e transformado num espaço de referência, de pesquisa, retiro espiritual como em outros lugares do mundo, onde as pessoas vão ao  encontro  da verdade do passado”, indicou, considerando que o Campo de Concentração possui “todas as condições para ser uma grande escola internacional de promoção da liberdade”.

Conforme disse, antes foi utilizado para “proibir homens de sonhar com a liberdade”, mas que actualmente pode ser utilizado num sentido inverso, onde poderiam ser realizados intercâmbios com jovens de diferentes países, com temas diversos, para divulgar as informações em diferentes partes do mundo, acreditando que “só se pode ter paz no mundo se raça humana se unir”.

50 anos depois, Cláudio Sousa é da opinião que “ainda não se pode gritar a liberdade, porque a liberdade é um processo e a luta continua, pois, tem de se continuar no processo de educação, política, cultura, pesca, agricultura, entre outras áreas.

Aliás, em diversos aspectos considera que os cabo-verdianos “continuam presos, com muitas barreiras invisíveis”.

MC/JMV
Inforpress/Fim

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São Nicolau: Câmara Municipal do Tarrafal felicita Ultramarina pela conquista do campeonato regional de futebol

Ribeira Brava, 24 Abr (Inforpress) – A Câmara Municipal do Tarrafal felicitou hoje a equipa da Ultramarina pela conquista do campeonato regional de futebol de São Nicolau referente a época desportiva 2023/2024.

A equipa campeã regional sénior masculino de futebol foi recebida no Salão Nobre dos Paços do Concelho, onde o edil, José Martins, felicitou a equipa pelo feito e reafirmando ainda a disponibilidade da autarquia em continuar a apoiar o clube.

O vereador do Desporto, Adir Cruz, que tem no seu currículo cinco títulos de Campeão de Cabo Verde, augurou sucessos ao clube no campeonato nacional, deixando ainda alguns conselhos para a prova.

A equipa da Ultramarina recebeu ainda da Câmara Municipal do Tarrafal um cheque no valor de 150 mil escudos.

Por sua vez, o presidente do clube, Louzano Rodrigues, agradeceu o “forte engajamento” da Câmara Municipal em prol do desporto no concelho, garantindo que a equipa vai fazer de tudo para dignificar da melhor forma a ilha de São Nicolau no Campeonato Nacional.

Ultramarina está no grupo C do Campeonato Nacional, juntamente com o Boavista (Santiago Sul) Derby ou Mindelense (São Vicente) e Sanjoanenses ou Marítimo (Santo Antão Sul).

Na primeira jornada os encarnados do Tarrafal recebem o campeão de Santo Antão Sul.

WM/JMV
Inforpress/fim

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Brava: População mostra-se satisfeita com o início das obras de calcetamento na Rua da Cultura

Nova Sintra,24, Abr (Inforpress)- Os moradores e condutores mostraram-se hoje satisfeitos    com o início das obras de calcetamento na Rua da Cultura, em Nova Sintra, mas querem mais agilidade nos trabalhos.

Em declarações à Inforpress, o funcionário de um estabelecimento comercial dessa rua, Jorge da Lomba, considerou que o inicio do calcetamento é uma boa iniciativa, mas salientou que a obra já deveria ter iniciado há muito tempo atrás.

“Já deveriam ter calcetado esta rua, porque nós estamos bastante prejudicados, tendo em conta que existem vários comércios e a rua é bastante frequentada, por automóveis e pedestres. O excesso de poeira tem causado muita complicação nos nossos negócios”, declarou

Conforme disse, a Rua da Cultura é uma das principais vias da cidade de Nova Sintra, sendo que é onde ficam localizados vários estabelecimentos comerciais. 

“Espero que avancem e concluam o mais rapidamente o calcetamento, isso, para o bem-estar de todos”, desejou.

Já a moradora Patrícia Duarte disse que nos últimos três meses tem estado bastante prejudicada, por causa das fortes poeiras que tem incomodado todos os moradores desta zona, todavia disse estar aliviada com o início do calcetamento.

“Nós últimos dias, a empresa responsável pela obra  tem estado a regar a rua pelo menos uma vez por dia, nos locais onde estão descalcetados e causando poeiras, sendo que esta medida tem baixado a intensidade do pó. Mas agora já iniciaram o calcetamento espero que o façam rapidamente”, frisou.

Por seu turno, o condutor Gabriel Barros, que também partilha da mesma opinião, apelou à agilidade nos trabalhos, isso porque, segundo o mesmo, a circulação nesta via está a causar bastantes constrangimentos nos condutores e passageiros que ali circulam.

“Os  condutores são obrigados a frequentar essa via todos os dias, visto que existem vários estabelecimentos comerciais e é a única via que dá  acesso ao liceu, o que nos obriga a frequentar a rua constantemente, por isso, apelo a uma rápida intervenção dos responsáveis, para a resolução deste constrangimento, que temos estado a passar há meses”, finalizou.

É de realçar que o projecto da Estação de Dessalinização de Água do Mar – Brava (EDAM-BR) iniciou no passado mês de Fevereiro os trabalhos de instalação da conduta de água a partir do reservatório de Cabeça Avenida até Santa Bárbara, sendo que, desde então, a circulação de pessoas e automóveis encontra-se condicionada na Rua da Cultura.

DM/JMV
Inforpress/fim
 

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Praia: Directores de energia da CEDEAO avaliam iniciativas de implementação do hidrogénio verde nos Estado-membros

Cidade da Praia, 24 Abr (Inforpress) – Os directores de energia da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) encontram-se reunidos na cidade da Praia, num workshop para avaliar as iniciativas em matéria de implementação do hidrogénio verde nos Estados-membros.

Este encontro, que acontece durante dois dias, é organizado pelo Centro para as Energias Renováveis e Eficiência Energética (Cereec) e o Centro de Serviços Científicos da África Ocidental sobre Alterações Climáticas e Utilização Adaptada dos Solos (Wascal).

O hidrogénio verde é reconhecido como uma fonte de energia capaz de descarbonizar os sectores industrial, de transportes, agrícola e de energia.

A Estratégia Regional de Hidrogénio Verde da CEDEAO e os Planos de Acção 2023-2030 e 2031-2050, aprovado em 2013, apontam para o incremento da introdução do hidrogénio nos respectivos Estados.

Em nota de imprensa, o Cereec precisa que esses objectivos passam por alcançar uma produção regional de, pelo menos, 0,5 milhões de toneladas de hidrogénio verde por ano, até 2023, e 10 milhões de toneladas até 2050.

Para atingir esses objectivos, aponta a mesma fonte, será necessária a instalação de quatro a cinco Gigawatts (GW) de capacidade de electrolisadores até 2030, com um investimento cumulativo de cerca de três a cinco mil milhões de dólares, o que gerará receitas anuais estimadas em 1,25 mil milhões de dólares.

Entretanto, no discurso de abertura do workshop, o director executivo do Cereec, Francis Senporé, disse acreditar que com a acção concertada dos Estados-membros e dos seus parceiros estes objectivos serão alcançados, desde que sejam em conformidade com a política regional para energias renováveis adoptada em 2013 pelos Chefe de Estado e de Governo Membros da CEDEAO”.

Para ilustrar este facto, apontou que em 2010 os países da comunidade tinham a capacidade de cinco megawatts (MW) de centrais fotovoltaicas ligadas à rede, sendo que, actualmente, essa cobertura é de 750 MW e com uma capacidade prevista de cinco GW em 2025.

Por sua vez, Carlos Monteiro, em representação do Ministério da Economia, disse que a implementação do hidrogénio verde emerge como uma solução crucial para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e impulsionar o desenvolvimento sustentável dos países da África Ocidental.

 “Não obstante os desafios que enfrentam a África e a nossa sub-região temos de aproveitar as oportunidades e as potencialidades dos nossos países a nível das energias renováveis” apontou.

Este workshop tem ainda como objectivo transmitir uma melhor compreensão da produção e tecnologias de hidrogénio verde e amoníaco verde, os desafios e oportunidades da indústria, economia e riscos para as principais partes interessadas na sua produção.

Em 2010, o Cereec foi oficialmente inaugurado na Praia e, desde a sua criação, tornou-se a instituição de referência em Energias Renováveis e Eficiência Energética na região da CEDEAO, coordenando esforços, reforçando capacidades e mobilizando recursos globais em prol das energias sustentáveis.

Com 13 anos de actividade, o Cereec consagrou-se como elemento-chave no Quadro Estratégico Comunitário (QEC) da CEDEAO, contribuindo para a sua vertente de Integração Económica e Interconectividade, promovendo o desenvolvimento de infra-estruturas e conectividade, garantindo assim maior acesso a serviços energéticos a custos competitivos.

OM/HF

Inforpress/Fim 

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Von der Leyen alerta que Rússia é “ameaça existencial também para a Europa”

Estrasburgo, França, 24 Abr (Inforpress) – A presidente da Comissão Europeia defendeu hoje que a Rússia representa “uma ameaça existencial não só para a Ucrânia, mas também para a Europa” e alertou que uma vitória russa na Ucrânia “mudaria o curso da História europeia”.

Ursula Von der Leyen intervinha numa cerimónia festiva no Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo, para assinalar o 20.º aniversário do maior alargamento da história da União Europeia, concretizado a 01 de maio de 2004 com a entrada em simultâneo no bloco de 10 novos Estados-membros.

Saudando o grande alargamento de há 20 anos e considerando que “é natural que se aguarde com expectativa novos alargamentos”, a presidente do executivo comunitário considerou, contudo, ser seu “dever transmitir hoje uma mensagem muito clara sobre o futuro” da União Europeia (UE), à luz da guerra em curso na Ucrânia iniciada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, há mais de dois anos.

“O que acontecer na Ucrânia irá moldar o futuro da nossa União para sempre. Não podemos ignorar e não podemos subestimar o facto de a Rússia representar uma ameaça existencial não só para a Ucrânia, mas também para a Europa. Uma vitória de [Vladimir] Putin não só mudaria o mapa, não só mascararia o rosto da nação ucraniana, como mudaria o curso da história europeia. A nossa União nunca mais seria a mesma”, declarou.

Observando que “a Ucrânia está a carregar esse pesado fardo nos ombros” por toda a Europa e “está a pagar o preço mais alto todos os dias por isso”, Von der Leyen defendeu que “só há uma maneira de enfrentar” a atual situação, pois “só há uma linguagem que Putin entende, e essa é dotar a Ucrânia de meios para se defender”.

“Putin acreditava que nós não defenderíamos a democracia e a independência da Ucrânia. Estava enganado. Putin acreditava que o apoio militar dos Estados Unidos não passaria no Congresso norte-americano. Enganou-se, mais uma vez. A assistência militar dos Estados Unidos e a nossa assistência, da União Europeia, é um incentivo para fazermos ainda mais. E temos de ser muito claros a este respeito. Porque para que a Europa vença no futuro, tal como aconteceu há 20 anos, a Ucrânia tem de vencer”, afirmou.

Enfatizando que “a Ucrânia fez a sua escolha europeia” ao candidatar-se à adesão ao bloco comunitário, Von der Leyen disse que também a UE fez a sua “escolha ucraniana”, ao lançar o processo para a adesão, tal como fez uma escolha “há tantos anos” quando decidiu acolher “tantos países”.

“E as decisões que tomaremos nas próximas semanas, meses e anos decidirão quem ganhará o futuro da Europa. Por isso, juntos, vamos manter-nos unidos. Mantenhamo-nos fortes em relação à Ucrânia. E mantenhamo-nos ambiciosos no que respeita ao alargamento e às reformas. É assim que cumpriremos mais uma vez a promessa europeia, tal como fizemos há 20 anos”, concluiu.

Inforpress/Lusa

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