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Futebol/FIFA Series: Selecção de futebol já está a caminho da Arábia Saudita

São Filipe: Desempenho da câmara em 2023 considerado positivo no contexto local, regional e nacional

São Filipe: Assembleia Municipal aprecia proposta de concessão de Sentina de Lém de Cima a ADB

Fogo: Segundo furo em Chã das Caldeiras visa aumentar o grau de segurança no fornecimento de água a população - Águabrava

Fogo: Estrada circular da ilha será reiniciada no quadro do Orçamento do Estado para 2025 – Olavo Correia  

São Filipe: Desempenho da câmara em 2023 considerado positivo no contexto local, regional e nacional

São Filipe, 19 Mar (Inforpress) – O nível de desempenho e de realização da Câmara Municipal de São Filipe em 2023 “foi e é bastante positivo” no contexto local, regional e nacional, refere o relatório de actividades que hoje é discutido pelos eleitos locais.

As actividades referentes ao ano económico de 2023, na óptica da edilidade, apesar dos condicionalismos impostos pela crise vivenciada com impactos brutais na “fraca” recuperação da economia global, dos elevados riscos de fragmentação no mercado nacional, tiveram um desempenho “positivo”.

O relatório alista outros constrangimentos como a incerteza na cadeia logística e do sistema de transporte aéreo e marítimo, com consequências perniciosas na economia nacional, mas também local.

A conjuntura de governação a nível nacional provocou reflexões profundas e cautelosas em todos os contextos da governação local, quer político, social e económica, uma vez que as dinâmicas nacionais, de alguma instabilidade, sobretudo no sector dos transportes, aéreo e marítimo, influenciaram directa ou indirectamente no cabal cumprimento dos objectivos traçados pelos municípios, obrigando as câmaras a redefinirem as suas estratégias.

“Tendo em conta que as perspectivas nacionais em 2023 trouxeram uma base de elevada incerteza, tivemos que definir claramente as estratégias e as áreas que deveriam ser priorizadas e potencializadas, quais sejam a melhoria das condições de vida dos munícipes, a redução da pobreza, a segurança alimentar, a protecção e valorização do ambiente, como forma de acelerar o desenvolvimento local (…) sem esquecer o pilar da infra-estruturação”, destaca o documento.

Além destas adversidades e complexos desafios, registou-se ainda as situações de força maior como foi o caso da declaração da situação de calamidade, devido aos estragos provocados pelas chuvas de Setembro de 2023.

“O ano de 2023 foi um ano complexo e crítico, obrigando a câmara a realizar um exercício de governação extraordinário para, por um lado, repor a normalidade municipal (…) e por outro lado a materializar o plano de actividades”, lê-se no documento que enumera um conjunto de realizações, obras, eventos e investimentos nos diversos sectores de actividades.

Para responder aos grandes desafios e face à situação extraordinariamente contingencial, parte dos recursos mobilizados para o ano de 2023 foram alocados para as medidas e políticas de modernização dos serviços administrativos do município, para aproximar os serviços públicos dos munícipes e assegurar a celeridade no andamento dos processos administrativos, reduzir a burocracia e simplificar o atendimento e os procedimentos.

Com a estruturação, a edilidade conseguiu aproximar-se do objectivo da transformação e de dinamização da economia local, ora dependente, em grande medida, dos investimentos emigrantes e do aparecimento de novos empreendedores.

O documento está a ser “julgado” pelos eleitos municipais das duas forças com representação na Assembleia Municipal, nomeadamente o PAICV que suporta a câmara e o MpD que é oposição em São Filipe.

JR/ZS

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São Domingos: BCV ensina jovens a proteger o seu dinheiro para "garantir o futuro"

Cidade da Praia, 18 Mar (Inforpress) – O Banco de Cabo Verde promoveu hoje, na Escola Secundária Fulgêncio Tavares, em São Domingos, uma palestra que visa destacar a relevância da gestão segura das finanças pessoais e conscientização dos jovens sobre os riscos no sector financeiro.
 
Em declarações à imprensa, José Júlio Dias, coordenador do Gabinete de Supervisão do BCV, adiantou que evento tem ainda por objectivo capacitar os mais jovens a administrar suas finanças de forma consciente, assim como ajudar crianças e jovens a compartilharem seus conhecimentos com suas famílias.

“Nesta 12ª edição da Global Money Week (GMW) trouxemos como tema de debate o lema internacional lançado este ano e que visa proteger o dinheiro para que possamos ter um futuro digno. Nesta temática temos colocado tónica no uso dos canais digitais de pagamento e instituições financeiras”, disse.

José Júlio Dias afirmou ainda que para uma melhor prática e consumo, as instituições financeiras têm possibilitado aos jovens, através de contas juniores, acesso a canais digitais de pagamento, pelo que têm procurado transmitir às crianças e jovens a necessidade de uma “atenção redobrada” que devem ter com os canais de pagamento.

A BCV, sublinhou, tem abraçado esta causa desde 2016, e tem levado educação financeira a nível nacional, pautando a que as crianças que cheguem às instituições financeiras tenham algum conhecimento.

Admite, no entanto, que a formação e informação sobre a matéria devem ser continuado, por se tratar de um processo que deve incutir nas crianças o “bichinho” de pensar no dinheiro e na sua poupança.

“Apesar disso, avisámos que nem tudo é para se dizer nos canais digitais”, acrescentou.

César Andrade, aluno do 12º ano, vê esta palestra como forma de aprender algumas coisas sobre economizar e de usar o dinheiro de forma mais correcta.

 “Tudo isso para construção de um futuro diferente, e para sermos um adulto mais responsável. O que precisamos dos jovens de hoje é que tenham mais responsabilidade, já que temos conhecimento”, enfatizou.

Para Cilene, aluna do 10º ano, foi interessante ter tomado parte da palestra que considerou “bastante interessante” por ter aprendido como economizar o dinheiro.

“O evento nos ajuda a ter mais conhecimento sobre como guardar o dinheiro”, concluiu.

No âmbito da 12ª edição da Global Money Week (GMW), o Gabinete de Supervisão Comportamental do Banco de Cabo Verde realiza, de 18 a 24, várias actividades sob o lema “Proteja o seu dinheiro, garanta o seu futuro”.

O objectivo é estimular os jovens a olhar para o futuro e a ter uma visão ampla sobre o ecossistema financeiro, com realce para o manuseamento e cuidados a ter com o dinheiro, e a lidar com as poupanças e reflectir sobre as suas decisões financeiras.

PC/JMV
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Metereologia

VÍDEOS

Fogo: Segundo furo em Chã das Caldeiras visa aumentar o grau de segurança no fornecimento de água a população - Águabrava

São Filipe, 19 Mar (Inforpress) – A realização de um segundo furo de prospecção de água subterrânea em Chã das Caldeiras visa aumentar o grau de segurança no fornecimento de água à população, não só para consumo humano, mas para outras actividades de rendimento.

O furo de Chã das Caldeiras está em execução e com mais de 70 por cento (%) trabalho realizado e a previsão é para estar concluído durante o mês de Maio e está enquadrado na campanha de perfuração da Empresa Intermunicipal de Águas, Águabrava, para aumentar o volume de água para o consumo domiciliar.

Na comunidade de Chã das Caldeiras existe um único furo e há pouco tempo registou-se um problema técnico que levou a empresa a fazer o levantamento e a reposição da eletrobomba, salientou o administrador/delegado da Águabrava, Rui Évora.

A mesma fonte sublinhou que com isso a empresa melhorou as condições técnicas de exploração do furo e aumentou o volume diária de exploração.

Durante o período em que se registou a avaria, a empresa assegurou o fornecimento de água para o consumo humano com recurso a camião-cisterna com os encargos assumidos pela empresa.

“Neste momento estamos a explorar em Chã das Caldeiras entre 18 e 20 metros cúbicos/dia de água, que é suficiente para cobrir a demandas de água para o consumo humano”, destacou Rui Évora.

Antes, continuou, havia algumas restrições na venda de água em Chã das Caldeiras, mas após as últimas intervenções fez-se o levantamento desta restrição e mesmo com o único furo há condições para fazer a venda de água para outros fins que não seja só para consumo humano.

Segundo o mesmo, a empresa tem assegurado uma “monitorização apertada” da água de furo e todos os parâmetros de qualidade de água encontram-se dentro dos padrões admissíveis para o consumo humano.

A empresa espera que a água do segundo furo tenha a mesma ou melhor qualidade que água do furo em exploração, acrescentando que com dois furos em Chã das Caldeiras em operação a empresa vai poder diminuir a pressão de exploração do furo existente neste momento.

O administrador/delegado da Águabrava disse que para 2024 não há previsão de grandes investimentos devido ao facto de ter de assumir a gestão de água de rega, que representa um “grande esforço” financeiro para a empresa, que fica com pouca margem para investimento com recursos próprios.

Mesmo assim, para 2024, tem em pauta a substituição de algumas adutoras gravíticas para melhoria de condições de abastecimento de água a algumas localidades na ilha do Fogo, sobretudo de Inhuco de Meio, Lagariça, Coxo e Lapa Cavalo, assim como a substituição de três quilómetros adutoras que se estende de São Pedro a Brandão para melhorar as condições técnicas.

JR/AA

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Candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal a património mundial será entregue em 2025 - IPC

Cidade da Praia, 18 Mar (Inforpress) - A candidatura do Campo de Concentração de Tarrafal a património da humanidade da Unesco vai ser entregue em 2025, anunciou hoje a presidente do Instituto do Património Cultural (IPC), Ana Samira Baessa.

O anúncio foi feito em conferência de imprensa, realizada para apresentação do programa de celebração dos 50 anos do 25 de Abril e do encerramento do Campo de Concentração do Tarrafal.

“Como é do conhecimento público, há vários anos se discute a questão da candidatura do Campo de Concentração de Tarrafal como património da humanidade. O campo tem sido valorizado ao longo dos anos, com a expectativa de avançar para este título”, disse a presidente do IPC quando instada sobre o andamento do processo.

Desde 2006, o espaço está classificado como património nacional, e está na lista indicativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) desde 2003.

Conforme explicou Ana Samira Baessa, a lista indicativa é um dos pré-requisitos estabelecidos pela UNESCO para a classificação dos sítios como património mundial. E, a candidatura do Tarrafal ainda não foi submetida devido a uma directiva do Centro do Património Mundial que limitava as candidaturas de sítios de memória até 2022.

“Isso porque nas considerações feitas pelos peritos do património mundial em algumas situações a classificação destes sítios poderia reacender os conflitos, naturalmente não é o caso do Campo de Concentração do Tarrafal, mas a convenção e as orientações técnicas para a sua aplicação são um instrumento bastante abrangente, portanto não há excepções”, enfatizou.

Em 2022, o Centro do Património Mundial foi aberto para a inclusão desses sítios na lista de património mundial, e, desde então, o IPC vem trabalhando para isso, sendo que, entre outros investimentos, o Campo de Concentração do Tarrafal foi totalmente reabilitado e musealizado em 2021, já pensando na sua candidatura.

“Estamos agora trabalhando na preparação do dossiê técnico, que deverá ser submetido à UNESCO em 2025. Todos os especialistas da UNESCO consultados até o momento estão fortemente encorajando a conclusão deste trabalho técnico e a submissão desta candidatura”, anunciou, Ana Samira Baessa.

TC/CP

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Futebol/FIFA Series: Selecção de futebol já está a caminho da Arábia Saudita

Cidade da Praia, 19 Mar. (Inforpress) - A selecção cabo-verdiana de futebol já se encontra a caminho da Arábia Saudita, onde vai participar no torneio FIFA Series, a ser disputado de 21 a 26 deste mês naquele país asiático.

A comitiva crioula conta com 24 convocados, que esta segunda-feira treinaram no mítico Estádio da Várzea para esta prova na Arábia Saudita, na qual Cabo Verde partilha o grupo com os combinados nacionais da Guyana, da Guiné Equatorial e Camboja. 

De acordo com a calendarização, Cabo Verde estreia-se na quinta-feira, 21, ante a Guyana, representante da Zona CONCACAF e no dia 25 defronta a Guiné Equatorial, da CAF.

FIFA Series, segundo a Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) “é uma estratégia global da FIFA, no seu horizonte 2023-2027, onde a fase piloto arranca na janela de jogos internacionais, em Março de 2024”.

Com este intuito, a FIFA pretende apoiar as federações na organização de jogos amigáveis, envolvendo selecções nacionais de diferentes confederações, num único país, visando proporcionar às federações oportunidade de enfrentar selecções nacionais de outros continentes e oportunidades comerciais.

Lista dos 24 convocados

Guarda-redes: Vozinha (AS Trencin – Eslováquia), Dylan Silva (Sintrense – Portugal) e Tiago Gomes (Union Gilloise – Bélgica)

Defesas: Pico Lopes (Shamrock Rovers – Irlanda), João Paulo Fernandes (Sheriff- Moldávia), Cristopher da Graça (KuPS – Finlândia), Logan Costa (Toulouse- França), Jojo (Paços de Ferreira - Portugal), Djack (SJK - Finlândia), Lela (Académica do Mindelo - Cabo Verde) e Wagner Pina (Estoril - Portugal).

Médios: Patrick Andrade (Qarabag - Azerbaijão), Kevin Pina (Krasnodar- Rússia) Deroy Duarte (Fortuna Sittard – Países Baixos) e Diogo Mendes (Marítimo - Portugal).

Avançados: Ryan Mendes (Karagumruk – Turquia), Jovane Cabral (Olympiacos - Grécia), Bebé (Raya Vallecano – Espanha),

 Gilson Tavares (Benfica – B – Portugal), Euclides Andrade “Clé” ( AEZ - Chipre), Lisandro Semedo ( Rodomiak - Polónia),

Hélio Varela (Portimonense – Portugal), Hildeberto Pereira (Portimonense- Portugal) e Dailon Livramento (MVV - Holanda)

SR/ZS

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Comissão aponta que 32 % do projecto Desplastificar Boa Vista orçado em 26 mil contos já foi mobilizado e executado

Sal Rei, 19 Mar (Inforpress) – O orçamento global do projecto Desplastificar Boa Vista é de 26 mil contos, com 32 por cento (%) já mobilizado e executado, mas ainda encontra-se em actualização, visto a dinamização e abertura do próprio projecto.

Esta informação foi avançada pelo membro da Comissão Instaladora do projecto Desplastificar Boa Vista, Carlos Morais, após apresentação aos parceiros e instituições dos resultados deste projecto que vem sendo materializado desde 2020, seguida de uma visita ao espaço do mesmo que foi inaugurado no ano passado.

Sobre o projeto, Carlos Morais relembrou que surgiu de uma iniciativa da sociedade civil, organizações e instituições preocupadas com a situação ambiental de Boa Vista, que interpela a todos para ação.

Assim, recordou, o projecto surgiu em 2020 no âmbito do programa do desenvolvimento local e objectivos 2020/2030 implementado pelo Governo e PNUD, e financiamento da Cooperação Luxemburguesa.

Na altura, disse, lançou-se um desafio também na sequência de implementação de Plano de Desenvolvimento Sustentável do Município da Boa Vista no sentido de escolher um projecto considerado como prioritário para a ilha, recaindo a escolha por unanimidade na área ambiental devido à complexidade dos problemas do sector. 

“Dai que surgiu o projecto Desplastificar visto o grande problema de produção de resíduos e devido a ilha ser vítima em termos de poluição marítima, com grande quantidade de lixo a dar à costa na ilha e era necessário dar uma resposta neste sentido”, justificou Carlos Morais. 

Do orçamento actual executado consta aquisição de equipamentos e construção do espaço com o financiamento do Programa de Desenvolvimento Local e Objectivos 2020/2030, e com recursos da câmara municipal que abraçou o projecto desde o início. 

Ainda sobre o que já foi mobilizado e materializado, Carlos Morais disse que se conseguiu mobilizar um parceiro internacional, a empresa Alemã NoClimate, que financiou a instalação de equipamentos fotovoltaicos no espaço e alguns equipamentos básicos para iniciar a reciclagem. 

No entanto, a mesma fonte sublinhou a necessidade de mais recursos humanos, materiais e equipamentos com melhor e maior potência para se poder dar resposta a uma grande quantidade de resíduos, nomeadamente aos plásticos do tipo PED.

Para isso indicou que serão necessárias mais máquinas para transformar e ter os produtos na unidade de produção. 

O “Desplastificar Boa Vista”, segundo a mesma fonte, é um projecto comunitário aberto e participativo para todos, como as entidades privadas, da sociedade civil, pessoas e instituições que quiserem participar e colaborar.

VD/AA

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Câmara e parceiros procuram modelo de gestão para projecto Desplastificar Boa Vista  

Sal Rei, 19 Mar (Inforpress) – A Câmara Municipal da Boa Vista tem em estudo o modelo de gestão para projecto Desplastificar Boa Vista e já existe uma comissão instaladora que durante seis meses vai trabalhar na procura do modelo de gestão mais adequado.

Esta informação foi avançada pelo presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, Cláudio Mendonça, que falava à comunicação social após a apresentação aos parceiros dos resultados do "Desplastificar Boa Vista", que vem sendo materializado desde 2020, e visita ao espaço que sede do projecto inaugurado no ano passado.

Claúdio Mendonça considerou que depois de um “intenso trabalho” de materializar o projecto que vem desde 2020, com vários parceiros, a câmara entende que se deve ser ambicioso com este projecto visto o impacto ambiental que tem para Boa Vista, ilha que não poderá ficar de fora das questões ambientais actuais.

O edil adiantou que se chegou a entendimento que é preciso iniciar o processo de criar, escolher e ajudar no saneamento e ambiente da Boa Vista, e, neste caso, precisou sobre a necessidade de criar um modelo de gestão que passa por, “necessariamente”, saber quem é que vai gerir o espaço do projecto.

A mesma fonte adiantou que se está a ponderar e em analise se será a câmara municipal, a equipa ou se a direção ou equipa do ambiente e saneamento da edilidade local tem valência, capacidade e competência de gerir o espaço, ao mesmo que se questiona qual o perfil adequado para gerir o espaço para ter uma política adequada relativamente gestão ambiental almejado por todos.

“O modelo possível encontrado até este momento é uma comissão organizadora ou instaladora que trabalhará num processo de mais ou menos seis meses para identificar qual o melhor caminho de viabilizar este projecto, sendo certo que neste momento não temos um modelo ideal”, precisou Claúdio Mendonça.

O presidente da Câmara Municipal da Boa Vista disse acreditar que daqui a seis meses se terá “um caminho, uma luz”, no sentido de ver se será uma microempresa, cooperativa, ONG ou outra forma de gestão, sem fins lucrativos, sempre com foco na componente social e ambiental.

“Tudo isso numa perspetiva de dar maior visibilidade ao Plástico Zero na Boa Vista e quanto mais limpo tivermos as nossas praias, o nosso ambiente e sociedade melhor será para todos”, finalizou Claúdio Mendonça

VD/AA

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Autobiografia do Papa Francisco aponta renúncia como “hipótese distante”

Lisboa, 19 Mar (Inforpress) – O Papa Francisco classifica uma eventual renúncia ao papado como uma "hipótese distante", que só ocorreria devido a "grave impedimento físico", garantindo não ter qualquer problema de saúde que o exija e ter ainda "muitos projetos para realizar".

Aos 87 anos, e na sua primeira autobiografia – “Vida: A minha história através da História” -, escrita em colaboração com o jornalista italiano Fabio Marchese Ragona, o Papa admite que, quando esteve hospitalizado no Vaticano, alguns estavam "mais interessados em política, em campanha eleitoral, quase pensando num novo conclave".

Neste livro, hoje lançado em dezenas de países e que chega a Portugal em abril, Francisco sublinha que o papado é um trabalho para toda a vida, mas que, "se ocorrer um impedimento físico grave", já redigiu uma carta de demissão que está guardada na Secretaria de Estado.

O Papa adianta que, se algum dia se visse obrigado a renunciar, não se chamaria Papa Emérito, mas bispo emérito de Roma, dedicando-se a ser confessor.

Na obra, o pontífice aproveita, também, para garantir que não tenciona mudar as regras do conclave para eleger o seu sucessor, considerando informações publicadas nesse sentido por alguns meios de comunicação católicos norte-americanos ligados à área conservadora como "fabricações" para "criar agitação na Igreja".

“No que diz respeito ao conclave, alguns meios de comunicação social americanos difundiram a notícia de que tenho em mente mudar as regras, admitindo freiras e leigos na votação para a eleição do novo Papa: tudo isso é fantasia, fabricações postas em circulação evidentemente para criar agitação na Igreja e desorientação entre os fiéis”, aponta Francisco no livro.

“É verdade que o Vaticano é a última monarquia absoluta da Europa e que aqui se fazem frequentemente raciocínios e manobras corteses, mas estes padrões devem ser definitivamente abandonados”, acrescenta o pontífice no livro, de que o jornal italiano Corriere dela Sera antecipou alguns excertos.

A sua decisão de permitir que os padres católicos abençoem casais do mesmo sexo, bem como o seu apoio às uniões civis, embora excluindo o casamento homossexual, são também objeto de referência na autobiografia do antigo arcebispo de Buenos Aires, para quem Jesus passou algum tempo com pessoas que viviam à margem da sociedade "e é isso que a Igreja deveria estar a fazer hoje com os membros da comunidade LGBTQ+".

Aditindo ter ficado magoado com a ideia de que estava a “destruir o papado”, Francisco pronuncia-se sobre questões como o aborto, a barriga de aluguer, a sua relação com Bento XVI, ou o futebol, uma sua paixão, referindo-se nomeadamente aos seus compatriotas Diego Maradona e Messi.

Recorda também a sua vida antes de ser ordenado padre, como a namorada que teve na adolescência, ou o que considera ter sido um "pequeno deslize" quando, ainda seminarista, ficou "deslumbrado" com uma rapariga que "lhe deu a volta à cabeça com a sua beleza e inteligência".

"Durante uma semana, fiquei com a imagem dela na cabeça e tive dificuldade em rezar! Felizmente, isso passou e dediquei-me de corpo e alma à minha vocação", confessa Jorge Mário Bergoglio no livro.

Neste volume de cerca de 350 páginas, há ainda espaço para o seu papel durante a ditadura militar argentina de Jorge Videla (1976-1981).

Os detratores de Francisco criticam a forma como lidou com o desaparecimento de dois missionários jesuítas que foram presos, torturados e depois libertados, na altura em que era chefe da ordem dos jesuítas na Argentina.

"As acusações contra mim continuaram até há pouco tempo, uma forma de vingança de certos esquerdistas que sabiam que eu me opunha a essas atrocidades", lamenta o antigo arcebispo de Buenos Aires, que sempre negou qualquer responsabilidade.

"Mais tarde, algumas pessoas disseram-me que o Governo argentino da altura tinha tentado tudo para me enforcar, mas que não tinham encontrado provas: obviamente, eu estava inocente", afirma na sua autobiografia.

Inforpress/Lusa

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